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PROVA E GABARITO: Analista Municipal I – Professor de Educação Infantil PDF

PROVA: Analista Municipal I – Professor de Educação Infantil PDF

 

 

GABARITO: Analista Municipal I – Professor de Educação Infantil PDF

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CONCURSO PÚBLICO UNIFICADO PARA PROVIMENTO DE CARGOS EFETIVOS DAS PREFEITURAS MUNICIPAIS AGREGADAS NO POLO 3

 

PROVAS DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS (DIDÁTICA) E LÍNGUA PORTUGUESA
 
 

NOME:

 

 

Nº DO PRÉDIO:                                          SALA:

 

 

ASSINATURA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ORIENTAÇÕES IMPORTANTES

 

  • – Este caderno contém questões do tipo múltipla

 

  • – Verifique se o caderno contém falhas: folhas em branco, má impressão, páginas trocadas, numeração errada, etc. Encontrando falhas, levante a mão. O Fiscal o atenderá e trocará o seu

 

  • – Cada questão tem 4 (quatro) alternativas (A – B – C – D). Apenas 1 (uma) resposta é correta. Não marque mais de uma resposta para a mesma questão, nem deixe nenhuma delas sem Se isso acontecer, a questão será anulada.

 

  • – Para marcar as respostas, use preferencialmente caneta esferográfica com tinta azul ou NÃO

utilize caneta com tinta vermelha. Assinale a resposta certa, preenchendo toda a área da bolinha  .

  • – Tenha cuidado na marcação da Folha de Respostas, pois ela não será substituída em hipótese alguma. 06 – Confira e assine a Folha de Respostas, antes de entregá-la ao NA FALTA DA ASSINATURA, A

SUA PROVA SERÁ ANULADA.

 

  • – Não se esqueça de assinar a Lista de Presenças.

 

  • Após UMA HORA, a partir do início das provas, você poderá retirar-se da sala, SEM levar este caderno. 09 – Após DUAS HORAS, a partir do início das provas, você poderá retirar-se da sala, levando este

 

DURAÇÃO DESTAS PROVAS: TRÊS HORAS

 

OBS.: Candidatos com cabelos longos deverão deixar as orelhas totalmente descobertas durante a realização das provas. É proibido o uso de boné.

 

PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS (DIDÁTICA)

Questões numeradas de 01 a 15

 

QUESTÃO 01

Nos Termos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9.394/96, é INCORRETO afirmar:

  1. A escola poderá reclassificar os alunos, inclusive quando se tratar de transferências entre estabelecimentos situados no país e no exterior, tendo como base as normas curriculares
  2. Nos níveis fundamental e médio, a carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando
  3. Ao tratar da verificação do rendimento escolar, o regimento deverá prever possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar.
  • Poderão organizar-se classes, ou turmas, com alunos de séries distintas, com níveis equivalentes de adiantamento na matéria, somente para o ensino de línguas estrangeiras ou

QUESTÃO 02

Observados os termos da Lei 8.069/90, Estatuto da Criança e do Adolescente, é INCORRETO afirmar:

  1. Os municípios, com apoio dos estados e da União, estimularão e facilitarão a destinação de recursos e espaços para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a infância e a
  2. No processo educacional, respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e históricos próprios do contexto social da criança e do adolescente, garantindo-se que esses valores não sejam motivo de qualquer discussão em sala de
  3. Considera-se criança, para os efeitos dessa Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente, aquela entre doze e dezoito anos de
  4. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais.

QUESTÃO 03

As ideias abaixo apresentam concepções de Paulo Freire, expressas em seu livro Pedagogia da autonomia, em relação ao processo ensino-aprendizagem, EXCETO

  1. Divinizar ou diabolizar a tecnologia ou a ciência é uma forma positiva e menos perigosa de pensar o processo ensino-aprendizagem.
  2. Nas condições de verdadeira aprendizagem, os educandos vão se transformando em reais sujeitos da construção e da reconstrução do saber ensinado, ao lado do educador, igualmente sujeito do
  3. As condições para se aprender criticamente implicam ou exigem a presença de educadores e de educandos criadores, instigadores, inquietos, rigorosamente curiosos, humildes e
  4. Ensinar exige compreender que a educação é uma forma de intervenção no

QUESTÃO 04

Observadas as orientações didáticas, “sequências didáticas” podem ser conceituadas como:

  1. Critérios para analisar nossa prática e, se for conveniente, para reorientá-la.
  2. Conjunto de métodos a serem utilizados conforme a necessidade imposta pelos conteúdos.
  3. Conjunto de atividades ordenadas, estruturadas e articuladas para a realização de certos objetivos educacionais, que têm um princípio e um fim conhecidos tanto pelos professores como pelos
  4. Método direcionador das ações pedagógicas.

 

 

QUESTÃO 05

“Se o objetivo é que o aluno aprenda a produzir e a interpretar textos, não é possível tomar como unidade básica de ensino nem a letra, nem a sílaba, nem a palavra, nem a frase que, descontextualizadas, pouco têm a ver com a competência discursiva, que é questão central. Dentro desse marco, a unidade básica de ensino só pode ser o texto, mas isso não significa que não se enfoquem palavras ou frases nas situações didáticas específicas que o exijam.”

Considerada essa afirmativa, é INCORRETO afirmar:

  1. Não se formam bons leitores oferecendo materiais de leitura empobrecidos, justamente no momento em que as crianças são iniciadas no mundo da
  2. Para desenvolvimento da competência discursiva, o ensino da produção de textos deve iniciar-se durante o processo de alfabetização, não importando o método
  3. A ênfase que se está dando ao conhecimento sobre as características discursivas da linguagem não significa que a aquisição da escrita alfabética deixa de ser
  • O autor está denunciando os erros contidos nos livros didáticos que adotam como método de alfabetização o processo fônico.

QUESTÃO 06

Ana Teberosky, no livro Compreensão da leitura: a língua como procedimento, apresenta um texto de Isabel Solé o qual afirma que “a leitura na escola precisa ser urgentemente repensada, pelo menos, em uma tripla dimensão”: São elas:

  • – Como instrumento para a aprendizagem – é necessário ensinar a ler para aprender.
  • – Como objeto de conhecimento – aprender a ler significa aprender a compreender o que se lê.
  • – Como poder representativo – quando se aprende a ler, pode-se desenvolver o poder de autorrepresentação.
  • – Provocar a capacidade de desfrutar mediante a

Conforme o texto, estão CORRETAS as alternativas contidas nos incisos:

  1. I, III e IV,
  2. I, II, III e IV.
  3. I, II e IV,
  • II e IV,

QUESTÃO 07

O texto Saberes e Práticas de Inclusão, publicado pelo Ministério da Educação, orienta que: “Necessidades educacionais podem ser identificadas em diversas situações representativas de dificuldades de aprendizagem, como decorrência de condições individuais, econômicas ou socioculturais dos alunos.”

O texto acima citado elenca os grupos que devem ser beneficiados com as políticas públicas de inclusão escolar, entre os quais NÃO se encontra:

  1. Crianças com condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais e sensoriais
  2. Crianças de populações rurais, ainda que não apresentem qualquer dificuldade pedagógica ou
  3. Crianças com deficiência ou bem
  4. Crianças trabalhadoras ou que vivem nas ruas ou de minorias linguísticas, étnicas ou

 

 

QUESTÃO 08

O Caderno de Introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais trata, entre outros, do tema Conteúdos e assim se expressa: A definição dos conteúdos a serem tratados deve considerar o desenvolvimento de capacidades adequadas às características sociais, culturais e econômicas particulares de cada localidade. Assim, a definição de conteúdos nos Parâmetros Curriculares Nacionais é uma referência suficientemente aberta para técnicos e professores analisarem, refletirem e tomarem decisões, resultando em ampliações ou reduções de certos aspectos, em função das necessidades de aprendizagem de seus alunos.

Nessa perspectiva, é CORRETO afirmar:

  1. A escolha dos conteúdos e a sua organização devem levar em consideração, tanto em sua seleção, quanto em sua extensão e, ainda, em sua profundidade, as particularidades do grupo de alunos a serem atendidos, de forma a propiciar um avanço contínuo na ampliação de
  2. A igualdade de direitos dos alunos requer que, no processo de aprendizagem, os conteúdos sejam tratados da mesma maneira, ainda que em diferentes
  3. A complexidade dos próprios conteúdos e as necessidades de aprendizagens compõem um todo dinâmico de difícil desarticulação para trabalho diferenciado em diferentes
  4. A consciência da importância dos conteúdos para o desenvolvimento de capacidades e a sua vinculação à função social da escola devem conduzir a ação de professores e pedagogos para que sigam, rigorosamente, as indicações curriculares contidas nas normas gerais do Estado e da Nação.

QUESTÃO 09

Nos termos dos    Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, Vol. 3, é CORRETO

afirmar:

  1. Na reflexão acerca das possibilidades posturais e motoras oferecidas no conjunto das atividades, é desnecessário planejar situações de trabalho voltadas para aspectos mais específicos do desenvolvimento corporal e motor, considerando que as crianças pequenas estão sempre mudando de
  2. O professor de crianças pequenas não precisa avaliar constantemente o tempo de contenção motora ou de manutenção de uma mesma A própria criança já o faz instintivamente.
  3. As diferentes atividades que ocorrem nas instituições requerem das crianças posturas corporais distintas. Cabe ao professor organizar o ambiente de forma a garantir a postura mais adequada para cada atividade, não as restringindo a modelos estereotipados.
  • Durante o processo de definição da lateralidade, o professor deve intervir, constantemente, corrigindo quando alguma criança manifestar a preferência pelo uso da mão esquerda, definindo-se como

QUESTÃO 10

Os Parâmetros Curriculares Nacionais para a Língua Portuguesa 1.º e 2.º ciclos do Ensino Fundamental, discutindo sobre tratamento didático em determinado momento, assim se expressam: No 2.º ciclo, “espera- se que o aluno já tenha aprendido a escrever alfabeticamente e já realize atividades de leitura e de escrita com maior independência. […]. Espera-se que os alunos consigam utilizar autonomamente estratégias de leitura, decifrar, antecipar, inferir, verificar e coordenar, mesmo que com ajuda, os diferentes papéis que precisam assumir ao produzir um texto: planejar, redigir rascunhos, revisar e cuidar da apresentação.”

Nesse sentido, conforme o documento citado, é INCORRETO afirmar:

  1. As propostas de análise e reflexão sobre a língua já podem buscar, a partir desse ciclo, uma maior explicitação de regras de ortografia, acentuação e sistematização de conteúdos de natureza gramatical.
  2. Os conteúdos desse ciclo devem continuar sendo selecionados em função das necessidades apresentadas pelos alunos no processo de produção e compreensão de
  3. De maneira geral, o segundo ciclo deve caracterizar-se por possibilitar ao aluno, de um lado, maior autonomia na realização de atividades que envolvam conteúdos desenvolvidos no ciclo anterior, e, de outro, introduzir o trabalho com novos e diferentes aspectos relacionados aos usos e formas da língua.
  4. Nesse ciclo, o grau de autonomia na realização das atividades já deve ser completo, de forma a dispensar a colaboração de outros ou o monitoramento do

 

 

QUESTÃO 11

Os Parâmetros Curriculares Nacionais para Matemática no Ensino Fundamental, falando da resolução de problemas, em determinado momento, assim se expressam: Ao colocar o foco na resolução de problemas, o que se defende é uma proposta que poderia ser resumida nos seguintes princípios:

Entre os princípios expressos no citado documento, NÃO se encontra:

  1. O problema, certamente, não é um exercício em que o aluno aplica, de forma quase mecânica, uma fórmula ou um processo operatório. Só há problema se o aluno for levado a interpretar o enunciado da questão que lhe é posta e a estruturar a situação que lhe é
  2. A resolução de problemas não é uma atividade para ser desenvolvida em paralelo ou como aplicação da aprendizagem, mas uma orientação para a aprendizagem, pois proporciona o contexto em que se apreendem conceitos, procedimentos e atitudes matemáticas.
  3. O ponto de partida da atividade matemática é a definição, não o problema, pois conceitos, ideias e métodos matemáticos devem ser abordados da forma mais segura para resolvê-las, ou seja, pela estratégia da memorização.
  • O aluno não constrói um conceito em resposta a um problema, mas constrói um campo de conceitos que tomam sentido num campo de problemas. Um conceito matemático se constrói articulado com outros conceitos, por meio de uma série de retificações e generalizações.

QUESTÃO 12

Observadas as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica – Resolução CEB/CNE n.º 02/2001, é CORRETO afirmar:

  1. Os alunos que apresentam necessidades educacionais especiais e requeiram atenção individualizada nas atividades da vida autônoma e social, recursos, ajudas e apoios intensos e contínuos, bem como adaptações curriculares tão significativas que a escola comum não consiga prover, podem ser atendidos, em caráter extraordinário, em escolas especiais, públicas ou privadas, atendimento esse complementado, sempre que necessário e de maneira articulada, por serviços das áreas de saúde, trabalho e assistência
  2. Por Educação Especial, modalidade da educação escolar, entende-se um processo educacional definido por uma proposta pedagógica que assegure, somente no Ensino Fundamental, recursos e serviços educacionais especiais, organizados institucionalmente para substituir os serviços educacionais comuns.
  3. O atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais deve ser realizado em escolas específicas de Educação Especial, em qualquer etapa ou modalidade da Educação Básica.
  4. Considerado o respeito à privacidade dos alunos, não é permitida a realização de pesquisas e estudos de caso relativos ao processo de ensino e aprendizagem de alunos com necessidades educacionais

 

 

QUESTÃO 13

César Coll, em seu livro Aprendizagem escolar e construção do conhecimento, ao falar sobre atividade autoestruturante, assim se expressa: “[…] como já havíamos assinalado, entendemos por tal aquela atividade que consiste em aceitar um objetivo, cuja origem pode se encontrar em si mesmo ou em outra pessoa, e em organizar as próprias ações com a finalidade de alcançá-lo. A atividade autoestruturante não se confunde com a atividade funcional.”

Caracterizando a atividade funcional e a atividade autoestruturante, pode-se afirmar:

  • – O critério da atividade funcional é o que responde ao interesse do aluno; o critério da atividade autoestruturante é aquele em que o aluno tem autonomia para organizar e estruturar as suas atuações.
  • – O critério da atividade funcional é aquele em que o aluno tem autonomia para organizar e estruturar as suas atuações; o critério da atividade autoestruturante é o que responde ao interesse do aluno.
  • – Simplificando ao extremo, podemos dizer que, na atividade funcional, o importante é que o aluno decida o que faz, enquanto, na atividade autoestruturante, decide como o faz.
  • – Nas atividades caracterizadas como autoestruturantes, as crianças têm de escutar as explicações verbais mais ou menos longas de seus professores e executar as tarefas que são por eles

Conforme o autor, estão CORRETAS as afirmativas contidas nos incisos:

  1. I, III e IV,
  2. I e III, apenas.
  3. II e IV,
  • II, III e IV,

QUESTÃO 14

Cipriano Carlos Luckesi, em seu livro Filosofia da Educação, ao falar dos conteúdos escolares, relacionando-os às tendências pedagógicas, assim se expressa: “Essa Pedagogia tem por objetivo contribuir, através da educação, para a formação da cidadania, ou seja, garantir a todos os educandos condições de criticidade, o que significa conhecimento e comprometimento político.”

Depreende-se dessa afirmativa que o autor está falando da Pedagogia:

  1. Libertária.
  2. Crítico-Social dos Conteúdos.

QUESTÃO 15

São ideias de Vigotsky, EXCETO

  1. O que provoca o desenvolvimento da criança é o fato de os conteúdos da aprendizagem exigirem dela, criança, a utilização de capacidades que ainda não estão formadas, que ainda estão na zona de desenvolvimento próximo.
  2. O pensamento e a palavra não estão ligados entre si por um vínculo primário. Este surge, modifica-se e amplia-se no processo do próprio desenvolvimento do pensamento e da
  3. Os significados das palavras se
  4. A criança vai se desenvolver com o tempo, pois esta tem, por si só, instrumentos para percorrer sozinha o caminho do desenvolvimento, que independerá das suas aprendizagens, mediante as experiências a que foi exposta.

 

PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA

Questões numeradas de 16 a 25

 

INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto a seguir para responder às questões propostas.

 

Somos mais de 160 milhões de vítimas

1             Há nove anos chegam a meu computador denúncias de um golpe típico de vigarista: quase 3 mil famílias de associados entraram na Justiça contra a administração da Cooperativa dos Bancários (Bancoop), fundada por Ricardo Berzoini, secretário da presidente Dilma Rousseff. Eles se queixam de ter pago prestações de apartamentos em que não puderam morar. O acusado é o ex-presidente da instituição João

5 Vaccari Neto, suspeito de haver desviado o dinheiro dos cooperados para beneficiar o Partido dos Trabalhadores (PT), de que foi tesoureiro.

Do grupo que mandou no Sindicato dos Bancários de São Paulo sob a égide de Luiz Gushiken, absolvido no mensalão pelo Supremo Tribunal Federal e saudado como herói, quase santo, pelo revisor do processo, Ricardo Lewandowski, Vaccari ficou livre, leve e solto até cair na rede da Operação Lava Jato. E,

10 aí, ser recolhido à prisão em Curitiba, onde cumpre penas. Aplaudido de pé em reuniões do partido, tratado pelo presidente nacional petista, Rui Falcão, e pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como companheiro prestimoso, Vaccari vê agora ressuscitarem nas mãos do promotor José Carlos Blat as queixas das vítimas da Bancoop, que têm complicado sua situação.

Nos processos há evidências que desfazem a aura de santidade que Lula se outorgou ao falar a 15 blogueiros fiéis: sem ter dado um dia de expediente em agência bancária na vida, o ex-presidente é acusado de ter adquirido a preço de banana um triplex de 294 metros quadrados com elevador privativo na praia do Guarujá. A revista VEJA circula com reportagem de capa que reproduz trechos de depoimentos ao Ministério Público de São Paulo com testemunhos de que o imóvel, cuja propriedade o ex nega, não pertence à empreiteira OAS, acusada de participar do propinoduto da Petrobras, mas à família Lula da Silva.

20 Outro promotor, Cássio Conserino, informou que “Lula e Marisa serão denunciados” pelo crime de ocultação de patrimônio, que caracteriza lavagem de dinheiro.

A bomba revelada pelo semanário causou controvérsias. O promotor não podia ter dado a entrevista e a revista não devia ter noticiado a perspectiva de denúncia não concretizada? Desde que Guttenberg decidiu imprimir sua Bíblia até nossos dias de internet, o debate sobre o direito à privacidade de homens

25 públicos e o dever dos meios de comunicação de noticiar o que lhes cai nas mãos foi aberto, repetido e dificilmente um dia se resolverá.

Mas há algo mais grave omitido na polêmica: os quase 3 mil chefes de família cuja poupança virou pó de calcário não têm direito a ver punidos o mau gestor que levou a cooperativa à falência e os que o protegeram tanto nela quanto no partido que dela tirou proveito?

30             Esse episódio pungente e revoltante retrata apenas um tijolo do muro das lamentações a cujas

proximidades as vítimas da desumana rapacidade das castas dirigentes sindical, política e burocrática nacionais nunca tiveram sequer acesso. É o caso do camponês diante da lei na fábula de Kafka que Orson Welles usou como prólogo do filme O Processo, lançado em DVD pela Versátil.

Outra evidência de que as vítimas de ignomínias similares são tratadas no Brasil como párias

35 destinadas à danação é a chicana mal disfarçada no desabafo de famosos causídicos na tentativa esdrúxula de configurar a ação da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e do juiz federal do Paraná Sergio Moro, que devassam as petrorroubalheiras, como caudatária de métodos neoinquisitoriais da ditadura militar. Em defesa de seus polpudos proventos, os “profissionais da lei” não invocaram um único fato para execrar o trabalho honesto e competente dos agentes do Estado, que cometem o pecado de introduzir na

40 história penal do país condenações de milionários e meliantes de colarinho branco flagrados em delito. A mistura cavilosa de alhos com bugalhos chega a ser um escárnio, de tão cínica.

Ao tratar acusados de rapina do patrimônio público como se fossem vítimas desse saque, os signatários escarram nos rostos honrados dos mais de 160 milhões de brasileiros que sabem que são espoliados sem dó por um desgoverno de desmandos, um Congresso com muitos representantes venais deles

45 próprios e um Judiciário cuja lerdeza é uma forma de opressão. O número citado não é aleatório, consta do furo de José Roberto de Toledo publicado neste jornal: segundo o Ibope, 82% dos entrevistados sabem que nunca podem contar com a gestão federal do PT, PMDB e aliados para nada.

 

Difícil é encontrar alguma razão para 14% ainda alimentarem a vã ilusão de que Dilma Rousseff e seus asseclas estejam levando o Brasil para um rumo qualquer. Na semana passada, Tania Monteiro, da 50 sucursal do Estadão em Brasília, informou que a presidente ainda não demitiu o ministro da Saúde, Marcelo de Castro, por não querer desagradar a seu candidato a líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani, e

assim evitar transtornos à condução de seu único projeto de governo: evitar o próprio impeachment.

Cem anos após Oswaldo Cruz ter combatido a febre amarela expulsando o mosquito Aedes aegypti do Brasil, esse senhor cometeu a insânia de dizer, entre risos de mofa, em entrevista, que torce para 55 as mulheres contraírem o vírus da zika antes da fertilidade, ficarem imunes e assim seu desgoverno sem caixa não ter de comprar vacinas caras. Dois séculos depois de José Bonifácio de Andrada e Silva ter articulado a nossa independência, contamos com um líder do pré-sal do baixíssimo clero da Câmara para garantir no posto um ministro que atua como se sua missão fosse disseminar a doença, e não proteger a

saúde das vítimas de sua incúria.

60             O pior é que combate essa súcia uma oposição que, limitada a atuar para pôr fim a um desgoverno desastrado, em vez de apresentar alternativa decente de poder, só propõe patacoadas como a extinção do partido adversário. Pobres de nós, vítimas dessa vil politicagem!

(NÊUMANNE, José. Somos mais de 160 milhões de vítimas. Jornal O Estado de São Paulo, 27 de janeiro de 2016.)

 

QUESTÃO 16

Considere o trecho: “Há nove anos chegam a meu computador denúncias de um golpe típico de vigarista”. (Linha 1)

Em relação aos praticantes do golpe, tendo em vista a palavra negritada, pode-se afirmar que

  1. são tidos pela sociedade como vigaristas, mas não agem como
  2. socialmente, não se colocam como vigaristas, mas agem como
  3. são considerados vigaristas e agem como
  • não são considerados vigaristas e não agem como

QUESTÃO 17

O texto apresenta-se como instrumento de, EXCETO

  1. Autocrítica.
  2. Denúncia.
  3. Crítica.
  4. Informação.

QUESTÃO 18

O autor expõe argumentos que defendem que houve um retrocesso no Brasil. Assinale a alternativa em que

NÃO se verifica a defesa dessa ideia.

  1. “Cem anos após Oswaldo Cruz ter combatido a febre amarela expulsando o mosquito Aedes aegypti do Brasil, esse senhor cometeu a insânia de dizer, entre risos de mofa, em entrevista, que torce para as mulheres contraírem o vírus da zika antes da fertilidade, ficarem imunes e assim seu desgoverno sem caixa não ter de comprar vacinas caras.” (Linhas 53-56)
  2. “Dois séculos depois de José Bonifácio de Andrada e Silva ter articulado a nossa independência, contamos com um líder do pré-sal do baixíssimo clero da Câmara para garantir no posto um ministro que atua como se sua missão fosse disseminar a doença, e não proteger a saúde das vítimas de sua incúria.” (Linhas 56-59)
  3. “A bomba revelada pelo semanário causou controvérsias. O promotor não podia ter dado a entrevista e a revista não devia ter noticiado a perspectiva de denúncia não concretizada? Desde que Guttenberg decidiu imprimir sua Bíblia até nossos dias de internet, o debate sobre o direito à privacidade de homens públicos e o dever dos meios de comunicação de noticiar o que lhes cai nas mãos foi aberto, repetido e dificilmente um dia se resolverá.” (Linhas 22-26)
  4. “Outra evidência de que as vítimas de ignomínias similares são tratadas no Brasil como párias destinadas à danação é a chicana mal disfarçada no desabafo de famosos causídicos na tentativa esdrúxula de configurar a ação da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e do juiz federal do Paraná Sergio Moro, que devassam as petrorroubalheiras, como caudatária de métodos neoinquisitoriais da ditadura ” (Linhas 34-38)

 

 

QUESTÃO 19

Nesse contexto de escândalos de corrupção no Brasil, vários termos têm surgido e se incorporado ao léxico brasileiro. São exemplos desses termos dos quais o autor lança mão no texto, EXCETO

  1. Ignomínias.
  2. Mensalão.

QUESTÃO 20

As novas palavras que se formam, revelando o dinamismo da língua, são denominadas:

  1. Homônimos.
  2. Parônimos.
  • Heterônimos.

QUESTÃO 21

Ao longo do texto, verificam-se muitas palavras que foram usadas em sentido negativo, com referência a políticos brasileiros e suas ações, entre as quais NÃO se encontra:

  1. A) “[…] súcia […]”. (Linha 60)
  2. B) “[…] pária […]”. (Linha 34)
  3. C) “[…] incúria […]”. (Linha 59)
  1. D) “[…] asseclas […]”. (Linha 49)

QUESTÃO 22

Considere o verbo negritado no trecho: “O pior é que combate essa súcia uma oposição que, limitada a atuar para pôr fim a um desgoverno desastrado, em vez de apresentar alternativa decente de poder […]”

(Linhas 60-61)

Assinale a alternativa que justifica a acentuação da palavra negritada acima.

  1. Os monossílabos tônicos terminados em “or” devem ser acentuados graficamente.
  2. As palavras oxítonas terminadas em “or” devem ser acentuadas graficamente.
  3. Os monossílabos tônicos terminados em “r” são acentuados graficamente.
  • O verbo “pôr” é grafado com o acento circunflexo para se diferenciar da preposição “por”.

QUESTÃO 23

Nas alternativas abaixo, os verbos negritados estão em concordância com o seu respectivo sujeito,

EXCETO em:

  1. “Há nove anos chegam a meu computador denúncias de um golpe típico de vigarista […]” (Linha 1)
  2. “[…] Vaccari vê agora ressuscitarem nas mãos do promotor José Carlos Blat as queixas das vítimas da Bancoop, que têm complicado sua situação.” (Linhas 12-13)
  3. “Mas há algo mais grave omitido na polêmica: os quase 3 mil chefes de família cuja poupança virou pó de calcário […]” (Linhas 27-28)
  4. “Difícil é encontrar alguma razão para 14% ainda alimentarem a vã ilusão de que Dilma Rousseff e seus asseclas estejam levando o Brasil para um rumo ” (Linhas 48-49)

QUESTÃO 24

Assinale a alternativa em que o uso do sinal indicativo de crase justifica-se pela presença de locução adverbial feminina.

  1. “[…] o imóvel, cuja propriedade o ex nega, não pertence à empreiteira OAS, acusada de participar do propinoduto da Petrobras, mas à família Lula da ” (Linhas 18-19)
  2. “[…] e assim evitar transtornos à condução de seu único projeto de governo […]” (Linhas 51-52)
  3. “E, aí, ser recolhido à prisão em Curitiba, onde cumpre ” (Linha 10)
  4. “[…] o debate sobre o direito à privacidade de homens públicos […]” (Linha 24-25)

 

 

QUESTÃO 25

Assinale a alternativa em que NÃO se verifica uso de nome próprio na função de aposto explicativo.

  1. Outro promotor, Cássio Conserino, informou que “Lula e Marisa serão denunciados” pelo crime de ocultação de patrimônio […]” (Linhas 20-21)
  2. “[…] por não querer desagradar a seu candidato a líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani, e assim evitar transtornos à condução de seu único projeto de governo […]” (Linhas 51-52)
  3. “Aplaudido de pé em reuniões do partido, tratado pelo presidente nacional petista, Rui Falcão, e pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como companheiro prestimoso […]” (Linhas 10-12)
  4. O número citado não é aleatório, consta do furo de José Roberto de Toledo publicado neste jornal […]” (Linhas 45-46)

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