O Jainismo é uma religião e filosofia originária da Índia, que enfatiza a importância da não-violência e da libertação do ciclo de nascimento, morte e renascimento (samsara). Acredita-se que tenha surgido no século VI a.C., contemporaneamente ao Budismo.
O Jainismo foi fundado por Mahavira, um asceta que abandonou sua vida de riqueza para buscar a verdadeira natureza da existência. Ele passou muitos anos meditando e estudando até atingir a iluminação e se tornar um “Jina”, ou conquistador. A partir de então, ele começou a ensinar suas descobertas a outros, desenvolvendo os princípios centrais do Jainismo.
Os fundamentos do Jainismo são baseados em três principais crenças: a não-violência, a multiplicidade de pontos de vista e o karma. A principal prática do Jainismo é a não-violência, que é vista como um princípio fundamental que deve ser aplicado em todos os aspectos da vida. Isso inclui não apenas a não-violência física, mas também a não-violência mental, emocional e espiritual.
Além disso, o Jainismo enfatiza a importância da multiplicidade de pontos de vista, reconhecendo que a verdade é multifacetada e que diferentes perspectivas podem coexistir sem conflito. O karma é outra crença central do Jainismo, que afirma que todas as ações têm consequências e que cada ser humano é responsável por seu próprio karma.
Os seguidores do Jainismo seguem um estilo de vida ascético e ético, baseado em cinco votos principais: não-violência, não-roubo, não-posse, castidade e não-apego. Eles também praticam a meditação e o estudo dos ensinamentos jainistas, bem como o cultivo de virtudes como a compaixão, a humildade e a generosidade.
O Jainismo é uma religião minoritária na Índia, mas tem uma forte presença em certas regiões do país, como Gujarat e Rajasthan. Também é praticado em países como o Nepal, Quênia, Tanzânia e Reino Unido. Os jainistas não têm um deus central, mas acreditam na existência de seres divinos chamados jinas, que são seres que alcançaram a iluminação e a libertação do ciclo de nascimento e morte.
