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Contabilidade Básica

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Contabilidade Básica

Ciro Bächtold

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Curitiba-PR

2011

 

 

Sumário

 

 

Aula 1 – Introdução à Contabilidade Básica                         161

  • Conceito de contabilidade 162
  • Usuários da contabilidade 162
  • Evolução histórica 164
  • O pai da contabilidade 167

 

Aula 2 – Definições de Contabilidade                                   169

  • Definindo contabilidade com grandes mestres 169
  • A Contabilidade e suas funções 170
  • Aspectos qualitativos e quantitativos do patrimônio 170

 

Aula 3 – Definição de patrimônio                                                             173

3.1 Patrimônio                                                              173

3.1.4 Patrimônio Líquido                                                              176

 

Aula 4 – Elementos de resultado e sua

influência no patrimônio                                                             179

4.1 Elementos de Resultado                                                              179

 

Aula 5 – Situações patrimoniais possíveis                           183

  • Situação líquida positiva ou superavitária 183
  • Situação líquida negativa ou deficitária 183
  • Situação líquida nula 184

 

Aula 6 – Organização das contas na contabilidade                                                             187

  • Organização previsão legal 187
  • Demonstrações financeiras 188

 

Aula 7 – Contas do ativo (bens + direitos)                                                             193

7.1 Classificação das contas do Ativo                                                              193

 

Aula 8 – Contas do passivo

(obrigações + patrimônio líquido)                                                             199

8.1 Classificação das contas do Passivo                                                              199

 

 

 

 

 

Aula 9 – Demonstração do Resultado

do Exercício (DRE)                                                  203

  • Demonstração de Resultado do Exercício 203
  • ARE – Apuração do Resultado do Exercício 204

 

Aula 10 – Plano de Contas                                                    207

10.1 Plano de contas                                                         207

 

Aula 11 – Noções de débito e crédito                                  215

11.1 Débito e Crédito                                                        215

 

Aula 12 – Entendendo o registro contábil                                                                            221

  • São elementos essenciais do registro contábil 221
  • Lançamento contábil 221
  • Escrituração 222

 

Aula 13 – Atos e fatos administrativos                                   225

13.1 Classificação dos Fatos Administrativos                           225

 

Aula 14 – Exercício de contabilização – I                               229

  • Contabilizando 229
  • Sistema de controle de estoque 230

 

Aula 15 – Exercício de contabilização – II                              235

15.1 Fatos administrativos para contabilização                        235

 

Aula 16 – Balancete de verificação                                      239

16.1 Balancete de verificação                                              239

 

Aula 17 – Regimes de apuração do resultado                     243

17.1 Competência                                                            243

 

Aula 18 – Os princípios fundamentais da contabilidade                                                                            249

18.1 Os Princípios Fundamentais da

Contabilidade – Resolução n. 750/93                                                             249

 

Aula 19 – Folha de Pagamento                                              257

19.1 Cálculo da Folha de Pagamento                                    257

 

 

 

 

 

Aula 20 – Contabilização da folha de pagamento                261

  • Dados para o cálculo da folha de

pagamento                                                            261

  • Encargos da Empresa 262
  • Contabilização 263
  • Tabela de Incidências 263
  • Desconto de vale-transporte 267

 

Referências                                             271 Atividades autoinstrutivas                                             273 Currículo do professor-autor                                             289

 

 

Palavra do professor-autor

 

A contabilidade constitui um dos conhecimentos mais antigos de que se tem notícia. Surgiu da necessidade de controle das posses e riquezas, ou seja, do patrimônio. Há a hipótese de que a contabilidade tenha surgido antes da escrita, dado a sua importância para o homem.

 

A importância deste ramo do conhecimento para o progresso dos negócios é indiscutível. Não se pode imaginar uma entidade, pública ou privada, de- tentora de patrimônio e desprovida de contabilidade. Pois através de apli- cação de técnicas próprias da contabilidade, é possível controlar o quanto a entidade tem para receber e a pagar, o valor dos seus bens, enfim todas as variações ocorridas nos elementos componentes do patrimônio durante um período determinado.

 

O programa foi distribuído em ordem sequencial e progressiva de assuntos, de forma a facilitar o aprendizado, sendo que cada assunto torna-se impor- tante para quem deseja administrar uma empresa.

 

A contabilidade apresenta termos técnicos que chamamos de terminologia ou nomenclatura, que são essenciais na linguagem comercial. É a linguagem que o administrador precisa conhecer e se familiarizar com ela.

 

Aproveite ao máximo os seus momentos de estudo, desfrutando deste livro didático de fácil explicação, exercícios de fixação dos conteúdos, sugestões de filmes e de sites pertinentes ao assunto estudado. E terá ainda a sua disposição para auxiliá-lo em seu estudo a tutoria e o ambiente virtual de aprendizagem (AVA).

 

Autor

Prof. Ciro Bächtold

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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A primeira pergunta que você, por ventura, pode já ter feito é: Por que es- tudar contabilidade se o curso é de administração?

 

Lembra das quatro funções básicas da administração? Exatamente! A famo- sa sigla: PODC (Planejamento, Organização, Direção e Controle). A conta- bilidade tem tudo a ver com as funções básicas da administração. Vamos, agora, relembrar cada uma das funções:

 

  • Planejamento – Como planejar se não sabemos ao certo avaliar os re- cursos que temos? A contabilidade permite registrar e mensurar os re- cursos da empresa. Sem os relatórios contábeis, qualquer planejamento é
  • Organização – A contabilidade responde pelo levantamento e organi- zação de cada elemento que pode ser mensurado monetariamente na
  • Direção – A tomada de decisões e a consequente execução, ou direção, será prejudicada se não tivermos os relatórios que serão extraídos da
  • Controle – Não existe ciência no mundo, que se dedique a registrar e controlar o patrimônio de uma empresa, do que a Ela nas- ceu com essa finalidade, e apresenta técnicas que são úteis inclusive para que se evitem fraudes nas empresas.

 

Prezado aluno aprender contabilidade é fundamental para qualquer pes- soa que deseja administrar uma empresa. A contabilidade apresenta termos técnicos que chamamos de terminologia ou nomenclatura, os quais são es- senciais na linguagem comercial, por ser a linguagem que o administrador precisa conhecer e se familiarizar com ela.

 

 

 

 

Aula 1 – Introdução à Contabilidade Básica                                                        161

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

  • Conceito de contabilidade

A Contabilidade é uma ciência social que através da execução de serviços técnicos, ou seja, controla, organiza, estuda e avalia o patrimônio de uma entidade (física ou jurídica) permanentemente.

 

Um dos objetivos da Contabilidade é gerar informações para a tomada de decisões, conhecida como Contabilidade Gerencial. Por isso, é fundamen- tal a existência de ferramentas que possibilitem conhecer a real situação e atender a esta missão. Compete à Contabilidade registrar os atos e fatos administrativos e produzir informações que possibilitem ao administrador planejar e controlar suas ações, para traçar os objetivos da entidade.

 

Todas as empresas nascem com uma finalidade. A grande maioria das em- presas visa resultados financeiros; outras buscam resultados sociais; outras buscam expansão. Mas no final, todas buscam atingir os objetivos traçados.

 

A contabilidade é indispensável para que a empresa realize negócios, por exemplo, com órgãos governamentais (por meio de contratos e licitações), ou com os bancos, com fornecedores, etc. Além desta necessidade con- vencional, observa-se a expansão do mercado de ações no Brasil. E neste aspecto a Contabilidade se apresenta como o grande pilar na veracidade da informação e, consequentemente, na credibilidade da companhia perante seus investidores. Nos últimos anos, o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) vem realizando pesquisas para detectar o índice de mortalidade (fechamento) das empresas no primeiro ano de vida (aber- tura). Na mais recente pesquisa, os números apontavam que cerca de 48% dos negócios são fechados antes de completar 12 meses de funcionamento. A principal causa desta mortalidade é a falta de planejamento e controle dos negócios. Em suma, é a falta de Contabilidade. (Fonte: Agnaldo Silva).

 

 

  • Usuários da contabilidade

Entre os usuários e interessados, podemos citar:

 

  • Sócios
  • Administradores
  • Fornecedores
  • Clientes
  • Empregados
  • Bancos

 

 

 

 

 

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Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

  • Investidores
  • Concorrentes
  • A comunidade (sociedade)
  • Governo
  • Outros (por diversos motivos, inclusive a curiosidade).

 

Geralmente, os usuários são classificados como:

 

  1. Internos: são as pessoas internas à entidade, como é o caso do gerente e do diretor. Os usuários internos usam a contabilidade para ajudar no processo de tomada de decisão. Entre as diferentes situações em que é possível utilizar a contabilidade, citamos a situação na qual o administra- dor está estudando a viabilidade de uma filial. Por meio da mensuração do resultado pela contabilidade, será possível determinar o fechamento (ou não) desta
  2. Externos: são pessoas que utilizam as informações contábeis para o pro- cesso decisório. Entretanto, ao contrário dos usuários internos, o acesso às informações é mais limitado, por possuir menor possibilidade de obter informações sobre a (SILVA, 2007)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Us

A análise interna é realizada dentro da entidade por seus próprios empre- gados, e visa informar administradores e diretores, auxiliando-os nas toma- das de decisões. Por pertencerem à própria entidade (objeto da análise), os analistas não encontram dificuldades para coletar os dados necessários a realizar suas tarefas, tendo inclusive acesso aos controles internos. Por isso, a análise interna é considerada a mais completa.

 

A análise externa é efetuada fora da entidade (objeto da análise), e seu objetivo é informar aos interessados acerca da situação econômica ou da estabilidade da entidade para concretização de negócios, concessões de cré-

 

 

 

 

Aula 1 – Introdução à Contabilidade Básica                                                        163

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ditos e financiamentos. É efetuada por profissional externo, normalmente pertencente às entidades interessadas na análise. Nesse caso, o analista tem em mãos somente as demonstrações financeiras publicadas pela entidade, além de alguns esclarecimentos adicionais, constantes dos relatórios ou das notas explicativas que acompanham as demonstrações. (RIBEIRO, 2004)

 

Pode-se dizer que o campo de aplicação da contabilidade abrange todas as pessoas físicas e jurídicas, inclusive órgãos públicos e empresas sem finalida- de lucrativa. Todos os responsáveis na gestão do patrimônio são potenciais interessados no aprendizado das técnicas contábeis, visando o registro, ges- tão e controle do patrimônio, de acordo com a legislação vigente. Resumin- do: a contabilidade é de interesse de pessoas físicas e jurídicas, independen- te da forma jurídica de constituição da empresa, sua composição societária, seu porte, ramo de atividade, seu enquadramento legal para recolhimento de impostos e até mesmo sua finalidade.

 

Acredito que você deve estar se perguntando: Qual é a origem desta ciên- cia tão importante? Como surgiu a contabilidade?

 

É comum surgir alguém respondendo que contabilidade é a habilidade de fazer contas. Porém, os alunos se surpreendem quando no decorrer das au- las descobrem que na contabilidade raramente se usa mais do que as opera- ções básicas da matemática: adição, subtração, multiplicação e divisão. Ou seja, muito mais que cálculo. A contabilidade é técnica, é procedimento, é conduta, é cumprimento de normas.

 

 

 

 

Sedentarização ou sedentarismo

É o processo pelo qual a humanidade deixou de ser nômade (pessoa que não tem habitação fixa;

permanentemente muda de lugar), e passou a fixar-se em grupos. O desenvolvimento do sedentarismo proporcionou

a aglomeração populacional e o seu aumento, levando à formação de vilas, cidades e outras formas de comunidades. A palavra sedentário é relativa a pessoa que não prática exercício físico, que está quase sempre sentado (no trabalho ou

em casa), e que não exercita o corpo e o conserva inativo.

Antes de respondermos a pergunta acima, é importante conhecermos um pouco mais sobre a história da contabilidade.

 

 

  • Evolução histórica

A contabilidade constitui um dos conhecimentos mais antigos da humanida- de, e surgiu em função da necessidade que o ser humano tem de controlar suas posses e riquezas, ou seja, o seu patrimônio. É tão antiga quanto à própria humanidade. Há inclusive, hipóteses de que a contabilidade tenha surgido antes mesmo da escrita e até que tenha sido base para o surgimento desta. (Ávila, 2006)

 

Em termos históricos, registros indicam que a ciência contábil praticamente surgiu com o advento da civilização. Com a sedentarização da humani-

 

 

 

 

 

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Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

dade e a descoberta da capacidade do homem de armazenar bens, nasceu a necessidade de controle desses bens. Há evidências históricas de registro contábeis nas civilizações dos sumérios, babilônios, assírios, egípcios, he- breus, gregos, etc. (Padoveze, 2008)

 

Já nos primeiros registros da escrita (aproximadamente em 3.000 a.C.), per- cebe-se a existência de um primitivo controle de riqueza e posses na civili- zação suméria, o mesmo povo a quem se credita a autoria do calendário e dos números decimais. Sendo a escrita uma sucessão de símbolos com significados, a probabilidade de registro de bens ser anterior ao surgimento da escrita é muito grande. Há quem defenda que os primeiros registros con- tábeis tenham ocorrido a mais de 6.000 anos atrás.

 

Antônio Lopes de Sá, um dos maiores escritores sobre a contabilidade, no livro História Geral e das Doutrinas da Contabilidade (1997), comenta que os primeiros registros foram feitos em tábuas de argila, na Suméria. Para saber o movimento de um dia, os registros eram anotados em uma tábua maior, surgindo o diário. Ao classificar as tábuas da mesma natureza, sur- giu o razão.

 

Admite-se que foram os sumérios e babilônios os autores do sistema de “débito” e “crédito”, baseado na identificação mental do que “é meu” e do que “é seu”. As contas, como instrumentos de registros, já haviam nascido como primeiras manifestações inteligentes do homem, mesmo antes que esse tivesse inventado a escrita ou soubesse calcular.

 

 

As provas de tais origens remotas, provenientes do Paleolítico Superior, existem em várias partes do mundo (inclusive nas grutas de Montalvânia, em Minas Gerais). Tais provas foram objetos de trabalho de Antônio Lopes de Sá apresentado na Itália em homenagem aos 450 anos da Universidade de Messina, em Convenção Internacional de História da Contabilidade realiza- do em Taormina, na Sicília.

 

Fonte: www.lopesdesa.com.br – (LOPES DE SÁ, 2004)

 

“Possuía sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois, e quinhentas jumentas; era também mui numeroso o pessoal ao seu ser- viço, de maneira que este homem era o maior de todos os do Oriente”.

Encontramos na Bíblia, mais especificamente no livro de Jó, capítulo 1, v. 3, a descrição do patrimônio do homem, chamado Jó:

Período Paleolítico

É a era histórica mais extensa da humanidade: abrange por volta de 3 milhões de anos atrás até cerca de 10.000 a.C. . Foi nesse período que os grupos humanos começaram a utilizar utensílios de chifres de animais ou de rochas para desenvolverem a caça e se protegerem de outros grupos nômades, formando objetos pontudos – ou lascas – que deu margem para que essa era também ficasse conhecida como Idade da Pedra Lascada. (Fonte: www.infoescola.com/pre- historia/periodo-paleolitico)

 

 

 

 

 

 

 

Aula 1 – Introdução à Contabilidade Básica                                                        165

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

 

Podemos resumir a evolução da ciência contábil da seguinte forma:

 

Contabilidade do mundo antigo – período que se inicia com a civilização do homem e vai até 1202 da Era Cristã, quando Leonardo Fibonacci publica o Liber Abaci, um compêndio sobre cálculo comercial.

 

 

Compêndio          Obra (livro) em que se encontra resumido o mais indispensável de um estudo.

Contabilidade do mundo medieval – período que vai de 1202 da Era Cristã até 1494, com o surgimento do Tratactus de Computis et Scripturis (Contabilidade por Partidas Dobradas), de Frei Luca Pacioli, publicado em 1494, enfatizando que a teoria contábil do débito e do crédito corresponde à teoria dos números positi- vos e negativos.

 

 

 

 

Figura 1.1 – Leonardo Fibonacci.

Fonte: www.alltomvetenskap.se

 

 

Esta obra representa o marco básico na evolução da contabilidade. Pacioli é considerado, portanto o “pai dos autores de contabilidade”.

Figura 1.2 – Retrato de Frei Luca Pacioli, obra de Jacopo De Barbari, 1495.

Fonte: http://tipografos.net/historia/lucapacioli.jpg

 

Contabilidade do mundo moderno – período que vai de 1494 até 1840, com o aparecimento da obra “La Contabilità Applicatta alle Amministrazioni Private e Pubbliche”, de Francesco Villa, premiada pelo governo da Áustria. Obra marcante na história da Contabilidade.

 

Contabilidade do mundo científico – período que se inicia em 1840 e continua até os dias de hoje. A obra de Francesco Villa, em 1840, é conside- rada o marco inicial da contabilidade como ciência.

Fonte: www.portaldacontabilidade.com.br/tematicas/historia.htm

 

 

e-Tec Brasil                    166

Contabilidade Básica

 

 

 

  • O pai da contabilidade

Título dado ao Frei italiano Luca Pacioli, que em 1494, em Veneza/Itália, publicou a obra “Summa de Aritmética, Geometria, Proportioni et Propor- cionalitá”, de onde se destaca o Tratado XI, do título IX denominado ”De computis et scripturis” (Tratado particular de conta e escrituração). Foi a primeira apresentação escrita do método das partidas dobradas.

 

O processo de registros contábeis que se consagrou por uma “equação” ou igualdade entre o débito e o crédito de contas, alega o emérito profes- sor Federigo Melis, haver surgido na Itália, acredita-se, entre os anos de 1250 e 1280.

 

Ninguém conseguiu, até os nossos dias, identificar o autor das “partidas dobradas” nem apresentar provas das aplicações destas, tal como fizeram os italianos antes da época referida (embora existam antiquíssimos docu- mentos que autorizam a crer que a intuição para o processo tenha nascido no Oriente).

 

Há mais de sete séculos, adota-se um critério que se tornou insuperável, e cuja natureza é de evidenciar “causa” e “efeito” de um ou mais fenômenos

Curiosidade

A Primeira Profissão Regulamentada no Brasil

 

A contabilidade foi a primeira profissão regulamentada no Brasil. Ela sur- giu com a criação do ensino comercial, em 1931, viabilizando os negócios e acelerando o desenvolvimento econômico. Porém, como não existia o curso superior de ciências contábeis, muitos profissionais não tinham co- nhecimentos teóricos e técnicos suficientes para detectar os problemas de uma empresa e recomendar suas soluções. Visando solucionar isto, foi criado em 1945, o curso de ciências contábeis, que disponibilizava à sociedade um profissional capaz de compreender as questões técnicas, científicas e econômicas que determinavam a resolução de tais problemas de forma mais eficaz.

 

Assim, a contabilidade passou a dar mais respaldo aos gestores e profis- sionais de cargos administrativos para proporcionar a “saúde financeira” de seus empreendimentos.

 

(Fonte: www.sesconserragaucha.com.br/curiosidades acesso em 26/12/2009)

patrimoniais. (LOPES DE SÁ, 2004)        Para saber mais sobre os primeiros registros da contabilidade, entre no site http://www.

portaldecontabilidade.com.br/ tematicas/historia.htm.

A contabilidade é uma das ciências mais antigas e nasceu da necessidade de registrar e controlar o patrimônio das pessoas.

Acesse no Youtube, o vídeo A História da Contabilidade,

feito pela Fundação Brasileira de Contabilidade: http:// www.youtube.com/ watch?v=qw5wbbPwXTg.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Aula 1 – Introdução à Contabilidade Básica                                                        167

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O 1º Congresso Brasileiro de Contabilidade, que aconteceu de 17 a 24 de agosto de 1924, aprovou como oficial, a seguinte definição para a contabi- lidade:

 

“É a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, controle e registro relativo aos atos e fatos da administração econômica”.

 

 

  • Definindo contabilidade com grandes mestres

 

 

 

 

 

 

Aula 2 – Definições de Contabilidade                                                                 169

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

 

A eficiência e exatidão dos registros contábeis são fundamentais para que a administração possa planejar suas ações.

 

A contabilidade, entre outras funções, é instrumento gerencial para a tomada de decisões. Deve estar atualizada, emitir relatórios simples, claros e objetivos para o administrador. Portanto, sem os relatórios precisos e atualizados, não há possibilidade alguma de se apresentar um planejamento sério e coerente.

 

  • A Contabilidade e suas funções

Veja a lista de funções da contabilidade:

 

  • Registrar os fatos administrativos (memória).
  • Demonstrar e controlar as mutações patrimoniais (controle).
  • Servir como elemento de prova em juízo ou
  • Fornecer elementos para que os acionistas ou sócios possam examinar as contas da diretoria e aprová-las ou não.
  • Demonstrar ao fisco o cumprimento da legislação tributária.
  • Fornecer dados para a tomada de decisões,

 

 

  • Aspectos qualitativos e quantitativos do patrimônio

Já foi possível perceber que a história da contabilidade está ligada ao con- trole do patrimônio e suas mutações. Portanto, a partir de agora, vamos conhecer requisitos fundamentais para o controle do patrimônio.

 

Lembra do relato apresentado sobre o patrimônio do personagem bíblico Jó, da primeira aula? Você saberia precisar ou estimar a riqueza deste personagem? Ou melhor, quando você diz que tem em seu patrimônio um carro, um valor para receber de um amigo e tem algumas dívidas pequenas. É possível saber o valor do seu patrimônio?

 

Pois bem, na contabilidade, qualquer registro só poderá ser feito se respeitar dois aspectos. Assim, para poder avaliar corretamente um patrimônio e suas variações é necessário que os elementos desse patrimônio apresentem:

 

 

 

e-Tec Brasil                    170

Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

  1. Aspecto qualitativo: É o nome que qualifica o patrimônio. Deve ser cla- ro o bastante para identificar o que está registrado neste Quanto mais simples e claro for o nome dado aos elementos, melhor será para identificar o que está sendo registrado na contabilidade. Exemplos: veí- culos, mercadoria para revenda, caixa (dinheiro), banco (saldo no banco), cliente (quem compra da minha empresa), fornecedor (quem vende para a minha empresa) e muitos outros.

 

  1. Aspecto quantitativo: Observa em que quantidade este elemento apa- rece, e também o seu valor monetário. Exemplos: veículos R$ 000,00; caixa R$ 110.000,00; banco R$ 18.124,16; cliente R$ 11.222,00; forne- cedor R$ 5.895,00.

 

  • Conta – É o nome técnico utilizado para registrar os elementos, levando em consideração os aspectos qualitativos e Simplificando, é como se todos os elementos dentro da contabilidade tivessem um en- dereço. Sempre que formos movimentar um elemento faremos registro neste endereço, que recebe o nome de conta, alterando o saldo deste elemento.

 

Agora, é possível que uma dúvida tenha surgido. Muito se falou so- bre o patrimônio, mas você deve estar curioso para saber quais são os elementos que compõem um patrimônio, não é verdade? Aguarde, pois veremos na próxima aula.

Atividade de aprendizagem

Com os conhecimentos adquiridos nesta aula, faça um breve levantamento do seu patrimônio. Não tenha receio, anote tudo que você acredita fazer parte.

 

 

 

 

 

 

 

Aula 2 – Definições de Contabilidade                                                                 171

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  • Patrimônio

A princípio, quando se fala em patrimônio, pensamos ser tudo o que a pessoa tem, ou seja, nas posses. Porém, com a evolução das relações comerciais, juntou-se ao patrimônio também os direitos e as obrigações das pessoas. Assim, o patrimônio é o conjunto dos bens, direitos e as obrigações.

  • Bens

São os elementos que podem ser avaliados monetariamente e podem ser destinados para uso, troca ou venda. Os bens possuem utilidade, pois são eles que satisfazem as necessidades de seus proprietários.

 

Na sequência, algumas classificações de bens importantes na contabilidade:

 

  1. Bens Permanentes – São bens que possuem vida longa, e são adqui- ridos para serem utilizados na empresa, ou seja, não são destinados à Ex: veículo, máquinas, ferramentas.

 

  1. Bens de Consumo – São adquiridos para utilização dentro da empresa, e que serão consumidos a curto prazo, geralmente dentro do próprio exercício em que foram adquiridos. Ex: material de expediente, material de

 

 

 

 

Aula 3 – Definição de patrimônio                                                                      173

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

 

  1. Bens móveis – são bens suscetíveis de remoção sem dano em seu estado fí- sico e de utilização. Ex: veículos, animais, máquinas, móveis,

 

  1. Bens imóveis – bens que não podem ser deslocados de seu lugar de origem (solo e subsolo) sem dano físico ou de utilização. São aqueles que se deslocados terão que ser total ou parcialmente Ex: casa, terreno, edifício, reflorestamento, etc.

 

  1. Bens Corpóreos (tangíveis) – sãos bens que constituem corpo físico, ou seja, possuem matéria e podem ser tocados. Ex: carros, máquinas, mercadorias, enfim a grande maioria dos

 

  1. Bens incorpóreos (intangíveis) – são bens que não constituem maté- ria, ou seja, não podem ser tocados. Mesmo assim, esses bens são pas- síveis de avaliação econômica e devem ser registrados na contabilidade por seu valor de Ex: nome comercial, benfeitoria em imóvel de terceiros, fundo de comércio, marca, patente, licença de uso de direitos autorais, licença de uso de marca, entre outros.

 

  • Direitos

São os elementos que representam os bens que estão em poder de terceiros. Geralmente aparecem acompanhados da expressão “a receber”, “a com- pensar”, a “recuperar”, “a creditar”, ou outra similar, indicando a promessa de recebimento ou que permita recuperar parte do bem transferido. Exem- plo: contribuições a receber, títulos a receber, adiantamento concedido (nes- te caso mesmo sem a expressão, trata-se de um direito, porque alguém recebeu o adiantamento e deverá devolver o valor recebido).

 

Chegou a hora de conhecer o que representam as expressões Ativo e Passivo, tão famosos dentro da contabilidade

 

Ativo – Representa os valores positivos do patrimônio (bens + direitos). É

onde estão aplicados os recursos da empresa.

 

 

 

 

 

e-Tec Brasil                    174

Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

Para ser Ativo é necessário que qualquer item preencha quatro requisitos simultaneamente:

 

  1. Constituir bem ou direito da

 

  1. Ser de propriedade, posse ou controle de longo prazo da empresa.

 

  1. Ser mensurável

 

  1. Trazer benefícios presentes ou

 

 

  • Obrigações

(Fonte: IUDÍCIBUS, 1998)

 

É a responsabilidade de pagamento por bens adquiridos ou despesas rea- lizadas. São bens de propriedade de terceiros que estão em poder da em- presa, ou são dívidas contraídas em virtude de despesas. Quando se com- pra um bem ou se contrata um serviço, tanto um quanto o outro devem ser pagos Portanto, temos aqui uma obrigação, uma dívida que poderá ser paga imediatamente ou a prazo. As obrigações na contabilidade rece- bem o nome técnico de exigível, por se exigir da empresa o pagamento das dívidas. Assim, quando uma empresa compra mercadoria a prazo, ela passa a ter a obrigação de pagar o valor da compra no prazo acordado. Uma despesa sempre vai gerar também um pagamento, portanto uma obrigação. As obrigações representam as dívidas com terceiros, ou seja, com as pessoas de fora da empresa. Geralmente aparecem acompanha- das da expressão: “a pagar”, “a recolher”, “passivos”, “a liquidar” ou outra similar. Exemplo: salários a pagar, impostos a recolher, fornecedor, entre muitas outras.

 

O Patrimônio Líquido é a diferença entre os valores positivos (bens mais di- reitos) menos os valores negativos (obrigações). Neste espaço, fica registrado o capital investido na empresa, chamado de capital social, as reservas de recursos (uma poupança com finalidade específica) e também os lucros ou prejuízos que a empresa obtém. Como este saldo mostra a participação dos sócios na empresa, o patrimônio líquido é conhecido como capital próprio (capital dos sócios). Exemplo: capital social, reserva de capital, reserva legal, prejuízos acumulados.

 

 

 

 

Aula 3 – Definição de patrimônio                                                                      175

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

 

  • Patrimônio Líquido

O PL está representado no lado do passivo, para haver o equilíbrio, aí o nome de Balanço Patrimonial. Justifica-se estar no lado do passivo também por se tratar de uma dívida da empresa com os seus sócios ou acionistas. No caso de fechamento da empresa, é o montante que deverá ser pago aos sócios.

Ativo             =              Passivo (Bens + Direitos)                          (Obrigações + PL)

Figura 3.1 – Balança do patrimônio ativo e passivo.

Fonte: www.grupokeystone.com.br

 

 

Por isso, sempre o total do ativo será exatamente igual ao total do passivo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

e-Tec Brasil                    176

Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

Representação gráfica do Patrimônio

 

ATIVO PASSIVO
Bens

+

Direitos

Obrigações (exigibilidades)
 

Patrimônio Líquido

Total do Ativo                     =                   Total do Passivo

 

Valores positivos

Aplicação dos recursos (onde foi investido o dinheiro)

=    Valores negativos (+ Patrimônio Líquido) Origem ou fonte dos recursos (onde conseguiu o dinheiro)

 

 

 

 

Atividade de Aprendizagem

  1. Classifique os elementos patrimoniais do quadro em:

 

1 Bens, Direitos ou Obrigações
2 Positivo ou Negativo
3 Ativo ou Passivo

 

 

 

 

 

 

 

 

Aula 3 – Definição de patrimônio                                                                      177

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

 

ELEMENTOS 1 2 3
 

Clientes

 

Direito

 

Positivo

 

Ativo

Caixa
Empréstimos Bancários
Financiamentos a Pagar
Empréstimos a Sócios
Empréstimos de Sócios
SIMPLES a Recolher
IPI a Recolher
Títulos a Receber
Terrenos
INSS a Pagar
Computadores
Contas a Receber
Salários a Pagar
Banco conta corrente
FGTS a Pagar
Fornecedores
Títulos a Pagar
Máquinas e Equipamentos
COFINS a Recolher
PIS a Recolher
Duplicatas a Receber
Contas a Pagar
ICMS a recuperar
Estoque de Mercadorias
Móveis e Utensílios
Aluguéis a Pagar
Comissões a Pagar
ICMS a Recolher
Duplicatas a Pagar
Encargos Sociais a Pagar
Água, Luz e Telefone a Pagar
Veículos
Provisão para Imposto de Renda a Pagar
Provisão para Contribuição Social a Pagar

Adaptado de RIBEIRO, 1997.

 

 

 

 

e-Tec Brasil                    178

Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Durante o exercício fiscal (ano) o patrimônio poderá aumentar ou diminuir, dependendo da movimentação dos elementos que compõem este patrimô- nio e também pelas atividades realizadas que poderão produzir receitas ou despesas que afetam o patrimônio positiva ou negativamente.

 

  • Elementos de Resultado

São os elementos representados pelas receitas e despesas que no final do exercício apontarão o resultado, podendo ser positivo, lucro (chamado de superávit na contabilidade pública) ou prejuízo (chamado déficit na conta- bilidade pública).

 

  • Receita

Entrada de recursos financeiros, geralmente proveniente da venda de bens ou serviços. Uma característica da receita é produzir recursos que se forem maiores que as despesas, gerarão o lucro da empresa. Exemplo: venda de bens, venda de serviços, descontos obtidos, juros recebidos, etc. Resumindo, é somente através das receitas que a empresa obtém lucro.

 

  • Despesa

Caracterizada pelo consumo de bens ou serviços, ou ainda, pela saída de recursos financeiros sem aumento do patrimônio ou aquisição de um bem para consumo rápido, geralmente durante o exercício. As despesas ocorrem a todo o momento e são comuns na empresa. Exemplos: água, luz, telefo- ne, salário do mês, depreciação (perda do valor de um bem em virtude de seu uso), propaganda e publicidade, combustível, correio, aluguel, material de expediente, material de limpeza, manutenção de imóvel, impostos sobre as vendas, descontos concedidos, comissões de funcionários, etc. Resumin- do, sempre haverá uma despesa quando for preciso desembolsar recurso financeiro, mesmo que não seja à vista, sem obtenção de um bem ou direito que aumentem os valores positivos da empresa.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Exercício Fiscal

Também intitulado ano fiscal (período de doze meses, formado por quatro trimestres). No Brasil coincide com o ano civil, ou

seja, inicia-se em 1º de janeiro e termina em 31 de dezembro,

mas em empresas estrangeiras o exercício fiscal pode variar.

Exemplo: O exercício fiscal americano tem seu início em outubro de um ano e acaba em setembro do ano seguinte.

 

 

 

 

 

Aula 4 – Elementos de resultado e sua influência no patrimônio                                       179

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

  • Resultado do Exercício

É a diferença entre as receitas e despesas. Será positivo (lucro/superávit) quando as receitas forem maiores que as despesas ou negativo (prejuízo/ déficit) quando as receitas forem menores que as despesas. O resultado do exercício deverá ser incorporado ao patrimônio, aumentando quando hou- ver lucro/superávit; diminuindo quando houver prejuízo/déficit.

 

Receitas:

Vendas de produtos, mercadorias ou serviços = aumentam o Ativo À vista        entrada de dinheiro em Caixa

A prazo      gera direitos a receber

 

Despesas:

Gastos realizados nas atividades da empresa sem aumento do ativo, Consumo de bens.

À vista     saída de dinheiro em Caixa

 

A prazo      aumento das dívidas.

 

Representação gráfica da Apuração do Resultado do Exercício

Apuração do Resultado do Exercício

Receitas (+)                     Origem de recursos para a empresa Despesas (-)                          Aplicação de recursos da empresa

= Lucro (superávit) ou Prejuízo (déficit) líquido do exercício

 

 

Balanço Patrimonial

ATIVO                                  PASSIVO

Bens + Direitos                        Obrigações +

P L ( + ) lucro ou ( – ) prejuízo

Total do Ativo                          Total do Passivo

 

 

 

 

 

e-Tec Brasil                    180

Contabilidade Básica

 

 

 

Atividade de aprendizagem

A seguir, classifique os elementos de resultado constantes no quadro em:

 

1 Positivo ou Negativo
2 Receita ou Despesa

 

 

ELEMENTOS 1 2
Aluguel Negativo Despesa
Conta de luz
Venda de mercadoria
Conta de água
Multa de trânsito
Descontos concedidos
Descontos obtidos
Salários do mês
Conta do telefone
Taxas bancárias
ISS (imposto sobre serviço de qualquer natureza)
Venda de serviço
Venda de bem do ativo
Honorário do contador
INSS
FGTS
Comissões de vendedores
Juros de empréstimo bancário
Material de expediente
Material de limpeza
Venda de bem do ativo
Propaganda e publicidade
Combustível
Lanches e refeições
Seguro
ICMS (Imposto sobre a circulação de mercadoria)

 

 

 

 

 

Aula 4 – Elementos de resultado e sua influência no patrimônio                                       181

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  • Situação líquida positiva ou superavitária

Ocorre quando o conjunto de bens e direitos é maior do que as obrigações. Neste caso, o Patrimônio líquido será positivo. É também conhecida como situação líquida ativa, pois o ativo é maior do que o passivo exigível (obriga- ções com terceiros).

 

 

Ativo > Passivo (obrigações) PL > 0

 

 

 

  • Situação líquida negativa ou deficitária

Ocorre quando o conjunto de bens e direitos é menor do que as obrigações. Neste caso o patrimônio líquido será negativo. É também conhecida como situação líquida passiva, pois o passivo (obrigações) é maior do que o ativo. Em linguagem técnica, é chamado de Passivo a Descoberto, uma vez que a empresa não consegue cobrir (honrar) as obrigações com terceiros.

 

 

Ativo < Passivo (obrigações) PL < 0

 

 

 

Aula 5 – Situações patrimoniais possíveis                                                           183

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

  • Situação líquida nula

Ocorre quando o conjunto de bens e direitos é igual às obrigações. Neste caso, o patrimônio líquido será igual a zero, ou nulo.

 

 

 

 

Ativo = Passivo (obrigações) PL = 0

 

 

O Patrimônio Líquido será registrado no lado direito quando for positivo, e no lado esquerdo quando for negativo, para que haja igualdade entre os dois lados do Balanço Patrimonial.

Atividade de Aprendizagem

  1. Encontre a Situação Líquida Patrimonial

 

 

Contas: Situação 1 Situação 2 Situação 3
Caixa 500,00 400,00 300,00
Bancos conta Movimento 800,00 300,00 700,00
Duplicatas a Receber 300,00 100,00 200,00
Impostos a Recuperar 250,00 200,00 100,00
Fornecedores 150,00 500,00 1.000,00
Empréstimo a Pagar 400,00 850,00 300,00
Situação Líquida Patrimonial

 

  1. Classifique cada conta e apure a Situação Patrimonial Líquida:

 

1 Bens, Direitos ou Obrigações
2 Positivo ou Negativo
3 Ativo ou Passivo

 

 

 

 

 

 

 

 

e-Tec Brasil                    184

Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

 

A. CONTA R$ 1 2 3
Caixa 800,00
Clientes 500,00
Fornecedores 250,00
Utensílios 300,00
Salários a pagar 220,00
Duplicatas a pagar 170,00
Situação Líquida Patrimonial =

 

 

B. CONTA R$ 1 2 3
Veículos 25.000,00
Móveis e Utensílios 5.000,00
Máquinas 2.000,00
Caixa 2.000,00
Promissórias a pagar 4.000,00
Impostos a recolher 7.000,00
Duplicatas a pagar 11.000,00
Títulos a receber 800,00
Situação Líquida Patrimonial =

 

 

C. CONTA R$ 1 2 3
Caixa 6.000,00
Clientes 1.500,00
Títulos a pagar 5.000,00
Títulos a receber 3.000,00
Alugueis a pagar 1.000,00
Impostos a recolher 4.500,00
Situação Líquida Patrimonial =

 

 

D. CONTA R$ 1 2 3
Imóveis 80.000,00
Instalações 30.000,00
Móveis e Utensílios 5.000,00
Veículos 14.000,00
Caixa 3.000,00
Bancos Conta Movimento 63.000,00
Empréstimo Bancário 50.000,00
Clientes 10.000,00
Fornecedores 30.000,00
Situação Líquida Patrimonial =

 

 

 

 

Aula 5 – Situações patrimoniais possíveis                                                           185

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  • Organização previsão legal

Nos exercícios anteriores, você precisou descobrir pelo nome, onde classi- ficar as contas, precisou também identificar se o elemento era positivo ou negativo, para então encontrar o saldo patrimonial. Tudo isso para evitar que as contas fossem lançadas de forma aleatórias na contabilidade, ou seja, para haver um ordenamento lógico das contas e padronização da apresenta- ção das demonstrações contábeis.

 

As demonstrações contábeis têm uma finalidade específica e uma norma legal orientando a organização das informações a serem dispostas no do- cumento. Isto é importantíssimo para que o profissional tenha agilidade na busca das informações que interessam a ele, facilitando a leitura e a inter- pretação, e assim evita diferenciação nas formas de apresentação, o que tornaria o documento de difícil interpretação.

 

Visando adequar a contabilidade nacional aos padrões internacionais, e também a eliminação de obstáculos que dificultavam o acesso de empre- sas brasileiras no mercado internacional, foi aprovada a Lei 11.638/07, que alterou parcialmente a Lei 6.404/76 (conhecida como a Lei das Sociedades Anônimas), aplicada igualmente às demais empresas. Algumas alterações também foram feitas pela lei 11.941/2009, seguindo a mesma tendência de padronização internacional.A Lei 6.404/76 que continua em vigor com as devidas alterações da nova Lei, na seção II que trata das demonstrações financeiras das empresas, apresenta nas disposições gerais o seguinte texto:

 

Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demons- trações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:

  • – balanço patrimonial;
  • – demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;

 

 

 

 

 

Aula 6 – Organização das contas na contabilidade                                                187

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O texto consolidado da lei 6.404/76 (original com as alterações já incorporadas no texto) está disponível no site: http://www.cnb.org.br/CNBV/ leis/lei6404_consolidada.htm.

 

 

 

 

 

 

Inciso       Subdivisão de um dispositivo legal, sob a forma de parágrafo que é complemento de outro

e que vem geralmente marcada por algarismos romanos ou arábicos.

  • – demonstração do resultado do exercício; e
  • – demonstração das origens e aplicações de
  • – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº 638, de 2007)

V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007)

  • 1º As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a in- dicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior.
  • 2º Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupa- das; os pequenos saldos poderão ser agregados, desde que indicada a sua natureza e não ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo de contas; mas é vedada a utilização de designações genéricas, como «diversas contas» ou “contas-correntes».
  • 3º As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela assembleia geral.
  • 4º As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício.

 

(Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6404consol.htm)

 

Observe no texto acima, que o inciso IV está riscado. O motivo é que a demonstração das origens e aplicações de recursos (DOAR) deixou de ser obrigatória, sendo substituída pela demonstração de fluxos de caixa (DFC).

 

  • Demonstrações financeiras
  • Balanço Patrimonial (BP): Mostra o patrimônio da empresa em uma determinada
  • Demonstração do Resultado do Exercício (DRE): Mostra se no exercício (ano) a empresa obteve lucro ou prejuízo, detalhando as receitas e despesas responsáveis por este
  • Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA):

Mostra o destino dado ao lucro da empresa no período, ou o motivo do aumento do prejuízo. Pode ser substituída, se a opção da empresa for pela elaboração da Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), uma demonstração que detalha toda a evolução do patrimônio líquido, onde o lucro ou prejuízo está inserido.

 

 

 

 

 

 

 

e-Tec Brasil                    188

Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

– Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC): Mostra as movimenta- ções ocorridas no caixa, proveniente das atividades operacionais da empresa, de financiamento e de investimento. Indica a origem e apli- cação dos recursos da empresa.

 

Atenção

Nesta disciplina, vamos tratar das duas principais demonstrações financeiras: o Balanço Patrimonial (BP) e da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).

 

  • Balanço Patrimonial (BP)

É uma demonstração estática, sintética e ordenada do patrimônio da em- presa, refletindo a posição financeira da empresa de forma quantitativa e qualitativa em determinado momento. Neste documento, os bens, direitos, obrigações e a participação dos sócios são explícitas a todos que tenham acesso a este documento.

 

Seguindo a lei 6.404/76 e suas alterações, as contas do Ativo (bens + direi- tos) seguirão a ordem decrescente de liquidez, ou seja, serão registradas primeiramente as contas que mais rapidamente se transformam em dinheiro (recurso líquido e certo para a empresa).

 

A Lei 6.404/76 estabelece a seguinte ordem na elaboração do Balanço Pa- trimonial:

 

  • Grupo de Contas

Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elemen- tos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia.

  • – ativo circulante; e (Incluído pela Lei nº 941, de 2009)
  • – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
  • 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos: I – passivo circulante; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009
  • – passivo não circulante; e (Incluído pela Lei nº 941, de 2009)
  • – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesoura- ria e prejuízos (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

 

 

 

 

Aula 6 – Organização das contas na contabilidade                                                189

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

 

  • 3º Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de compensar serão classificados separadamente.

 

Ativo

Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:

  • – no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte;
  • – no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controla- das (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia;
  • – em investimentos: as participações permanentes em outras socie- dades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da com- panhia ou da empresa;
  • – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens cor- póreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; (Redação dada pela Lei nº 638, de 2007)
  • no diferido: as despesas pré-operacionais e os gastos de re- estruturação que contribuirão, efetivamente, para o aumento do resultado de mais de um exercício social e que não configurem tão-

-somente uma redução de custos ou acréscimo na eficiência opera- cional; (Redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007) (Revogado pela Medida Provisória nº 449, de 2008) (Revogado pela Lei nº 11.941, de 2009)

  • – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa fina- lidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. (Incluído pela Lei nº 638, de 2007)

Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo.

Passivo Exigível

 

 

 

 

 

 

 

e-Tec Brasil                    190

Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

 

Art. 180. As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo não circulante, serão classificadas no pas- sivo circulante, quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo não circulante, se tiverem vencimento em prazo maior, observado o disposto no parágrafo único do art. 179 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

 

Resultados de Exercícios Futuros

Art. 181. Serão classificadas como resultados de exercício futuro as receitas de exercícios futuros, diminuídas dos custos e despesas a elas correspondentes. (Revogado pela Medida Provisória nº 449, de 2008) (Revogado pela Lei nº 11.941, de 2009)

 

Patrimônio Líquido

Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada.

Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6404consol.htm

 

Antes de falar das principais contas patrimoniais, é importante conceituar origem e aplicação de recursos.

 

  • Origem de recursos – É de onde a empresa está conseguindo o capital para investir na empresa, por isso também é conhecida como fonte de recursos e pode ser dividida em: capital próprio (CP) e capital de terceiros (CT). Nenhum recurso ingressa na empresa sem passar pelo Passivo ou Patrimônio Líquido.

 

  • Capital Próprio – É o capital dos sócios e está representada no Balanço Patrimonial pelo Patrimônio Líquido.

 

  • Capital de Terceiros – É o capital dos outros (terceiros) que estão repre- sentados no Balanço Patrimonial pelas obrigações de curto prazo (Passivo Circulante) e longo prazo (Passivo não circulante).

 

  • Aplicação de Recursos – É onde estão sendo investidos os recursos na Pode ser dividido em aplicações de curto (Ativo Circulante) e de longo prazo (Ativo não circulante).

 

Assim temos a igualdade: ATIVO = PASSIVO ou APLICAÇÃO = ORIGEM  

 

 

 

 

 

 

Aula 6 – Organização das contas na contabilidade                                                191

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

 

Anotações

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Grau de liquidez: é a possibilidade de componentes se transformarem ou se realizarem em dinheiro. Os estoques de mercadorias, por exemplo, serão transformados em dinheiro quando vendidos à vista; as duplicatas a receber, quando forem recebidas, e assim por diante. (RIBEIRO, 2004)

 

  • Classificação das contas do Ativo

As contas do ativo são classificadas em dois grandes grupos: Ativo Circulante e Ativo Não Circulante.

 

  • Ativo Circulante

São classificadas neste grupo as contas que devem circular (girar) no máximo até o próximo exercício social. Ou seja, tem uma rotação rápida e devem se transformar em dinheiro até o final do exercício subsequente.

 

Recebimento no ano Recebimento no próximo ano Recebimento após o próximo ano

Circulante – Curto Prazo                                                Não Circulante – Longo Prazo

 

 

As principais contas do Ativo Circulante são:

 

  1. Disponibilidades – Neste subgrupo são classificadas as contas que pos- suem o maior grau de liquidez dentre as demais contas do Elas representam as disponibilidades imediatas e quase imediatas. As dispo- nibilidades imediatas correspondem ao dinheiro que a entidade tem no caixa ou depositado em conta corrente bancária, pois pode lançar mão

 

 

 

 

Aula 7 – Contas do ativo (bens + direitos)                                                          193

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

 

desses valores imediatamente. Disponibilidades quase imediatas são os valores que, embora disponíveis, necessitam de alguns dias para serem resgatados ou para serem liberados, como ocorre com as aplicações de curtíssimo prazo e com os valores em trânsito (exemplo: depósitos efetu- ados a favor da empresa por meio de ordens de pagamentos que ainda não foram liberados). Exemplos: Caixa, Bancos Conta Movimento, Apli- cações financeiras de liquidez imediata. (RIBEIRO, 2004)

 

  1. Contas a Receber ou a Recuperar – A expressão “a receber” ou “a re- cuperar” deixa claro que se trata de um direito, e será classificada no ativo circulante se o recebimento ocorrer a curto As contas a receber representam, normalmente, um dos mais importantes ativos das empresas em geral. São valores a receber decorrentes de vendas a prazo de merca- dorias e serviços a clientes, ou oriundos de outras transações. Essas outras transações não representam o objeto principal da empresa, mas são nor- mais e inerentes às suas atividades. Por esse motivo, é importante a segre- gação dos valores a receber, relativos ao seu objeto principal (CLIENTES), das demais contas, que podemos denominar de Outros Créditos.

 

Se for necessário, a empresa ainda ajustará os valores a receber através de contas retificadoras, relativo a créditos incobráveis, atendendo à conven- ção do conservadorismo. Exemplos: Clientes, Duplicatas a Receber, Títu- los a Receber, Notas Promissórias a receber, (-)Duplicatas Descontadas, (-) Provisão de Perdas com Clientes, Adiantamento a Clientes, Adiantamento a Funcionários ou Fornecedores, Empréstimo a Funcionários, Impostos a Recuperar, Investimentos Temporários, Aplicação Financeira de Curto Pra- zo (cujo saque não esteja disponível no momento), Importação em anda- mento, Cauções, enfim realizáveis de curto prazo. (FIPECAFI, 1993)

 

  1. Estoques – A composição dos estoques será uma consequência do tipo da atividade da A empresa comercial terá um estoque compos- to de mercadorias, enquanto a indústria terá estoques de matéria prima, produtos em elaboração, produto acabado, material de consumo e emba- lagens. Por exemplo: uma construtora terá estoque de imóveis em cons- trução ou acabados, além de material de construção. No caso de quebra ou desvalorização habitual dos estoques, em uma indústria têxtil ou de informática, obedecendo ao conservadorismo, deverá ser feito o ajuste do valor por meio da provisão para quebra ou desvalorização, incluindo as- sim a despesa dentro do resultado do período em encerramento e respei- tando também a competência do exercício. (PEREZ JR. & BEGALLI, 1999). Exemplos: Mercadorias para revenda, produtos acabados, produtos em

 

 

 

e-Tec Brasil                    194

Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

elaboração, subprodutos, matérias primas, material secundário, material de embalagem, materiais de consumo (material de escritório, refeitório, limpeza, etc.), (-) Provisão para Ajuste a valor de mercado.

 

  1. Despesas do Exercício Seguinte – Alguns autores preferem chamar de Despesas Antecipadas, por se tratar de antecipação de pagamento de despesas, cujos serviços, produtos ou benefícios ocorrerão apenas no próximo exercício. Exemplos: prêmios de seguros, aluguel passivo a ven- cer, assinaturas e anuidades, antecipação de comissões e prêmios, juros passivos a

 

Observação – Nos casos de empréstimos efetuados com pagamentos de juros ou correção monetária prefixados, as contas representativas des- sas despesas pagas antecipadamente devem ser, para fins de Análise de Balanços, reclassificadas como redutores das respectivas contas de obri- gação no Passivo Circulante ou Passivo Exigível a Longo Prazo, conforme o caso. (RIBEIRO, 2004)

 

  • Ativo Não Circulante

São classificadas neste grupo as contas que não estão programadas para circular (girar) até o final do próximo exercício. Ou seja, tem uma rotação lenta e não fazem parte da programação financeira de recebimento para o próximo exercício.

 

As principais contas do Ativo Não Circulante são:

 

  1. Ativo Realizável a Longo Prazo – São classificadas aqui as contas que devem entrar em liquidez somente após o encerramento do próximo exercício. O realizável a longo prazo compreende teoricamente as mes- mas contas do Ativo Circulante (com exceção das disponibilidades), cujo prazo de realização seja superior a um ano ou ao ciclo operacional se esta for superior a um

 

Exemplos: Duplicatas a Receber, Clientes, Estoques, Aplicações Finan- ceiras, Cauções, (-) Provisão para Perdas com Clientes, Adiantamento ou Empréstimo a Clientes e Funcionários, enfim todos os direitos a receber após o encerramento do próximo exercício. (MATARAZZO, 1993)

 

 

 

Aula 7 – Contas do ativo (bens + direitos)                                                          195

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

  1. Investimentos – Não são destinados à manutenção da atividade opera- cional da empresa; são ativos que a empresa não tem intenção de se desfazer deles. É chamada por alguns profissionais de imobili- zação financeira. A lei das Sociedades Anônimas (S.A.) estabelece que devam ser classificadas em investimentos as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza que não se des- tinem à manutenção da atividade da empresa, e não se classifiquem no Ativo Circulante ou realizável a longo prazo. (MATARAZZO, 1993)

 

Exemplos: participação permanente em outras sociedades, obras de arte, imóveis não para uso (fruição de renda, aluguel).

 

Atenção

São comuns em investimentos os termos: coligada, controlada e relevância do investimento. Vamos, então, a estas definições, seguindo o texto da lei:

 

Art. 243. O relatório anual da administração deve relacionar os in- vestimentos da companhia em sociedades coligadas e controladas e mencionar as modificações ocorridas durante o exercício.

  • 1o São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influên- cia significativa. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
  • 2º Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos adminis- tradores.
  • 3º A companhia aberta divulgará as informações adicionais, sobre coligadas e controladas, que forem exigidas pela Comissão de Valores Mobiliários.
  • 4º Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou exerce o poder de participar nas decisões das políticas finan- ceira ou operacional da investida, sem controlá-la. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
  • 5oÉ presumida influência significativa quando a investidora for titular de 20% (vinte por cento) ou mais do capital votante da investida, sem controlá-la. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

 

(Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/L6404consol.htm)

 

 

 

 

 

 

 

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Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

  1. Imobilizado – São bens e direitos utilizados na atividade operacional da A venda de qualquer desses elementos sem a devida reposi- ção, prejudicará (ou pode até paralisar) a atividade normal da empresa. Exemplos: Podem ser tangíveis como terrenos, construções, obras em andamento, móveis e utensílios, máquinas, aparelhos e equipamentos, ferramentas, peças e conjunto de reposição, instalações, veículos, semo- ventes, direitos sobre recursos naturais, florestamento e reflorestamento, benfeitorias em propriedade de terceiros, (-) Depreciação/ Amortização/ Exaustão acumulada.

 

Observação – O que distingue o subgrupo Investimentos do subgrupo Imobilizado apesar de ambos serem aplicações de natureza permanente (sem intenção de revenda), é o fato de que a alienação dos valores do subgrupo Investimentos não prejudica o andamento normal das ativida- des. (REIS, 1993)

 

 

  1. Intangível – São os bens que não possuem matéria (corpo), portanto não podem ser tocados Um ativo satisfaz o critério de iden- tificação, em termos de definição de um ativo intangível, quando:

 

  1. for separável, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado, individualmente ou jun- to com um contrato, ativo ou passivo relacionado, independente da intenção de uso pela entidade; ou
  2. resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais, independen- temente de tais direitos serem transferíveis ou separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações.

 

Um ativo intangível deve ser reconhecido apenas se, primeiro, for provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao ativo sejam gerados em favor da entidade; e em segundo, se o custo do ativo possa ser mensurado com segurança. Exemplos: direito de uso de software, patente, direitos autorais, concessão de exploração de negócio, marca, fundo de co- mércio, entre outros.

 

(Fonte: http://www.cpc.org.br/pdf/CPC_04.pdf)

Os sites indicados aqui são fundamentais para suas pesquisas. www.crcpr.org.br, www.crcsc.org.br, www.cfc.orb.br, www.ibracon.com.br – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil www.cvm.gov.br

Comissão de Valores Mobiliários

Acesse também: www.portaldecontabilidade. com.br/tematicas/ ativosintangiveis, www.webartigos.com/ articles/10289/1/ativo- intangvel/pagina1.html, www.marion.pro.br/portal/ modules/wfsection/article. php?articleid=1, www.cesartiburcio.wordpress. com/category/lei-11638/,

Tome cuidado, sabendo que recentemente houve alterações na legislação, é

preciso certificar-se de que a fonte de pesquisa já esteja adaptada à nova legislação.

 

 

 

 

 

 

 

 

Aula 7 – Contas do ativo (bens + direitos)                                                          197

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

No passivo, são registradas as obrigações da empresa com terceiros, tecni- camente chamada de exigibilidades e também o patrimônio líquido, que é a obrigação da empresa com os seus sócios. Assim, no jargão técnico Exigí- vel Total ou Exigibilidades é a soma das obrigações da empresa, incluindo aqui as dívidas de curto e de longo prazo. Recomenda-se que a classificação siga a ordem decrescente do grau de exigibilidade.

 

Grau de exigibilidade – diz respeito à prioridade de pagamento por exi- gência de terceiros que tem direito ao recebimento.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Jargão técnico

Linguagem característica de um grupo profissional, neste caso os contabilistas.

 

 

Vai ser pago este ano Vai ser pago no próximo ano Vai ser pago após o próximo ano

Circulante – Curto Prazo                                                            Longo Prazo

 

  • Classificação das contas do Passivo

As contas do passivo são classificadas como: Passivo Circulante, Passivo Não Circulante e Patrimônio Líquido.

 

  • Passivo Circulante

São classificadas neste grupo as obrigações que devem ser pagas ou recolhi- das até o término do próximo exercício. Geralmente aparecem acompanha- das da expressão “a pagar” ou “a recolher”, e muitas vezes sendo esta a única distinção da despesa que possui o mesmo nome de conta. É de grande importância na análise das demonstrações contábeis, pois se trata de valores com grande influência no fluxo de caixa da empresa. Falta de controle nas obrigações de curto prazo podem levar a empresa à falência. Aqui, as prin- cipais contas são referentes a obrigações com fornecedores, funcionários, fiscais e trabalhistas, provisões, entre outras. Exemplo: fornecedores, dupli- catas a pagar, impostos a recolher, encargos trabalhistas a recolher, salários a pagar, empréstimos e financiamentos a pagar, adiantamento de clientes, dividendos a pagar, títulos a pagar, energia elétrica a pagar, aluguel a pagar, provisão para 13º salário, provisão para férias, provisão para Imposto de Renda, juros a pagar, dividendos a pagar, entre outras.

 

 

Aula 8 – Contas do passivo (obrigações + patrimônio líquido)                                           199

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  • Passivo Não Circulante

Passivo Exigível a Longo Prazo – São contas de obrigações e só diferem do Passivo Circulante pelo prazo de pagamento. Com o passar do tempo as contas do exigível a longo prazo passam para o passivo circulante. Isto por- que estas obrigações passam a ser exigíveis até o final do próximo exercício. Tal transição não acontecerá somente se o pagamento for feito enquanto a dívida for de longo prazo, antecipando o pagamento. Exemplo: Financia- mentos, Empréstimos, Adiantamentos, Contas a Pagar, Fornecedores, Imó- veis a Pagar, Títulos a Pagar, enfim todas as obrigações de longo prazo.

 

  • Patrimônio Líquido

É o grupo de contas que embora não seja considerado exigível, está vincu- lada ao Passivo por se tratar de uma dívida da empresa para com os seus sócios. E também para estabelecer o equilíbrio dos recursos entre o Ativo (aplicação) e o Passivo (origem).

 

O patrimônio líquido é composto por:

 

  1. Capital Social – é o recurso aplicado pelos sócios na empresa. Pode ser a título de investimento inicial, aumento de investimento ou até mesmo aplicação de lucros para aumentar o investimento na empresa, deduzin- do-se a parcela não integralizada. Segundo o Art. 7º da Lei 6.404/76, o capital social poderá ser formado com contribuições em dinheiro ou em qualquer espécie de bens suscetíveis de avaliação em O capital social pode se subdividir em:

 

  1. Capital social subscrito: é o valor que os sócios registraram como investimento no contrato social da empresa. É o compromisso assu- mido de entrega dos
  2. Capital social integralizado (realizado): é o valor já entregue pe- los sócios, em virtude do compromisso assumido no registro do capi- tal É a diferença entre o capital subscrito e o capital a realizar.
  3. Capital social a integralizar (a realizar): é o valor registrado no capital social da empresa, mas ainda não entregue pelos sócios.

 

  1. Reservas de capital – São valores emitidos pela empresa, não desti- nados a aumento do capital social e que não passaram pelo São exemplos: ágio na venda de ações, prêmio recebido na emissão de debêntures, bônus de subscrição.

 

 

 

 

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Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

  1. Reservas de lucros – São valores retidos do lucro, para uma destinação específica. Ou seja, é a parte do lucro que neste momento não será dis- tribuída aos sócios como dividendos, ficando investida na empresa. São exemplos: reserva legal, reserva para contingências, reserva de lucros a realizar, entre outras dispostas na legislação.

 

  1. Ajustes de avaliação patrimonial – São os aumentos ou reduções de valores do ativo ou passivo, em função do valor real de Há uma clara intenção de apresentação do patrimônio pelo valor justo.

 

  1. Ações em Tesouraria – Ocorre quando a empresa compra, no mercado de ações, suas próprias ações.

 

  1. Prejuízos Acumulados – É a soma dos valores negativos do resultado que são acumulados em um ou mais exercícios.

 

Veja a seguir um exemplo de Balanço Patrimonial.

 

 

Balanço Patrimonial encerrado em 31/12/2009
Empresa “Estou aprendendo Contabilidade Ltda” CNPJ 11.111.111/0001-11
ATIVO 31/12/08 31/12/09 PASSIVO 31/12/08 31/12/09
Circulante 1.427 1.630 Circulante 1.120 1.041
Disponibilidades 302 180 Fornecedores 650 721
Duplicatas a Receber 420 650 Salários a Pagar 120 150
Estoques 705 800 IR e CSLL a Pagar 150 59
Dividendos a Pagar 200 111
Não Circulante Não Circulante
Dupl. a Receber 100 80 Exigível a L. Prazo 500 381
Investimentos 80 70 Financiamentos 500 381
Imobilizado 860 700 Patrimônio Líquido 1.347 1.458
Intangível 500 400 Capital Social 1.000 1.000
Reserva Legal 347 458
Total 2.967 2.880 Total 2.967 2.880

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Aula 8 – Contas do passivo (obrigações + patrimônio líquido)                                           201

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As empresas são constituídas com uma finalidade específica, geralmente com a finalidade de lucro. Para que a finalidade se cumpra, a empresa tra- balha no ramo do seu objeto social (descrição da atividade operacional que está registrada no contrato social). É um relatório importantíssimo, e o seu estudo fornece informações úteis para a tomada de decisões. É a DRE que mostra sinteticamente como a empresa se comportou no último exercício. Para fins de análise operacional é o documento que permite a análise do su- cesso ou não, e possibilita o estabelecimento de indicadores deste resultado. Assim, para saber o que a empresa tem, consultamos o Balanço Pa- trimonial; mas para saber como a empresa trabalha (sua eficiência), analisamos a DRE.

 

  • Demonstração de Resultado do Exercício

A demonstração do resultado do exercício é um resumo ordenado das recei- tas e despesas da empresa em determinado período (12 meses). É apresenta- da de forma dedutiva (vertical), ou seja, das receitas subtraem-se às despesas e, em seguida, indica-se o resultado (lucro ou prejuízo). (IUDÍCIBUS, 1998)

 

A elaboração da DRE deve seguir o disposto na lei 6.404/76. Vejamos na íntegra o texto da lei, consolidado com as alterações:

 

 

 

Aula 9 – Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)                                                203

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

 

 

  • ARE – Apuração do Resultado do Exercício

 

Esquema de Contabilização

 

 

e-Tec Brasil                    204

Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

 

Modelo da Demonstração do Resultado do Exercício
Empresa: Estou aprendendo Contabilidade Ltda – CNPJ 11.111.111/0001-11
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) de 01/01/2009 A 31/12/2009
Receita Operacional Bruta (ROB)                                                                     R$ 100.000,00
Com Vendas                                                                                                        R$ 80.000,00
Com Serviços                                                                                                      R$ 20.000,00
( – ) Deduções da Receita                                                                                 R$ (30.000,00) Devolução de Vendas                                                                                              R$ (5.000,00) Descontos Incondicionais e Abatimentos                                                                          R$ (2.000,00)

Impostos Sobre Vendas

COFINS                                                                                                           R$ (3.000,00)

PIS s/Faturamento                                                                                                R$ (1.000,00) ICMS                                                                                                              R$ (18.000,00) ISS                                                                                                                R$ (8.000,00)

( = ) Receita Operacional Líquida (ROL)                                                             R$ 70.000,00
( – ) Custo da Mercadoria Vendida (CMV)                                                          R$ (40.000,00)
( = ) Lucro Operacional Bruto (LOB)                                                                   R$ 30.000,00
( – ) Despesas Operacionais                                                                              R$ 22.000,00
Com Vendas                                                                                                       R$ (5.000,00)
Administrativas                                                                                                R$ (15.000,00)
Financeiras                                                                                                     R$ (2.000,00)
( = ) Lucro Operacional Líquido (LOL)                                                                R$ 8.000,00
( + / – ) Outras Receitas/Despesas                                                                    R$ 2.000,00
(+) Outras Receitas                                                                                               R$ 5.000,00

(–) Outras Despesas                                                                                          R$ (3.000,00)

( = ) Lucro/Prejuízo antes do Imposto de Renda (LAIR)                                    R$ 10000,00
( – ) Provisão do IRPJ (imposto de Renda Pessoa Jurídica)                                  R$ (1500,00)
( – ) Adicional do IRPJ                                                                                        R$ (1000,00)
( – ) Provisão da CSLL (Contribuição sobre o lucro líquido)                               R$ (500,00)
( = ) Lucro Antes das Participações (LAPART)                                                    R$ 7000,00
( – ) Participações                                                                                             R$ (2407,30)
Debêntures 10%                                                                                               R$ (700,00)
Partes Beneficiárias 10%                                                                                           R$ (630,00)
Administração 10%                                                                                             R$ (567,00)
Empregados 10%                                                                                               R$ (510,30)
( = ) Lucro/Prejuízo líquido do Exercício(LLE ou PLE)                                                    R$ 4592,70
Lucro por Ação*                                                                                                   R$ 4,59

* Considerando que a empresa tem 1.000 ações.

 

 

O lucro por ação se obtém dividindo o Lucro líquido do Exercício pelo núme- ro de ações da empresa.

 

 

 

 

Aula 9 – Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)                                                205

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

ARE (Apuração do Res. Exercício)                                                                            Patrimônio Líquido

 

Anotações

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Você, agora, sabe a diferença entre Balanço Patrimonial e DRE? Ou ainda não?

 

Se a sua resposta foi que o Balanço Patrimonial mostra a situação econô- mico-financeira da empresa em um determinado período, isto é, a empresa apresenta bens, direitos, obrigações e participação dos sócios em uma data específica. E a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) preocupa-se em mostrar a eficiência da empresa em suas atividades operacionais, ou seja, a DRE mostra como a empresa obteve suas receitas, despesas e o resultado (lucro ou prejuízo) durante um ano de atividades. Esta foi a sua resposta? Parabéns!!!!!

 

  • Plano de contas

O Plano de Contas é um conjunto de contas, ordenado segundo as diretrizes legais que orientam os registros contábeis. É um instrumento de trabalho que permite identificar todas as contas que poderão ser utilizadas pela em- presa.

 

O Plano de contas pode ser comparado a uma casa. Quando estamos fazendo o projeto de uma casa, pensamos em algo que atenda as caracterís- ticas e necessidades de quem vai ocupar esta casa e fazemos as adaptações. Por que janelas na casa? É uma necessidade que a casa seja ventilada, até mesmo visando preservar a saúde de quem ocupa esta casa. Por que tantas tomadas na sala e poucas no quarto de visita? Foi uma opção do pro- prietário que precisa ser respeitada, pois a casa vai ser elaborada respeitando também o perfil deste proprietário, adaptando-se a ele.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Aula 10 – Plano de Contas                                                                         207

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

 

O plano de contas, também é elaborado respeitando a necessidade de cumprimento da legislação em vigor e as características da em- presa. Não há um número máximo ou mínimo de contas. Cada empresa deve elaborar o seu Plano de Contas com todas as contas patrimoniais e de resultado que serão utilizadas pela empresa, inclusive pelas contas em que há previsão apenas de utilização a longo prazo. Além disso, é im- portante que exista flexibilidade de forma a permitir a inclusão de contas caso seja necessário. Para que este plano de contas cumpra sua finali- dade, ele deve respeitar o porte da empresa, seu ramo de atividades, as necessidades de seus usuários que inclui as informações que deverão ser extraídas dos relatórios contábeis para os sócios, fornecedores, clientes, empregados, governo, fiscalização, entre outros possíveis usuários dos relatórios contábeis.

 

  • Estrutura básica do plano de contas

1º- Todas as contas receberão uma numeração, será o seu endereço no pla- no de contas.

 

2º- A numeração de ser separada por níveis ou grau de contas.

 

3º- A quantidade níveis dependerá da necessidade da empresa, geralmente será de 4 ou 5 níveis, sendo possível ter mais níveis.

 

Para entender melhor

Grau de contas – Você lembra as aulas de matemática, mais especificamen- te dos conjuntos?

 

 

Cada conjunto recebe um código. Os grandes grupos recebem apenas um número, são de 1º nível. Os subconjuntos são numerados de forma a iden- tificar que pertencem ao grupo maior, portanto já são de nível menor, podendo ser de 2º, 3º, 4º, 5º ou mais níveis se essa for a necessidade da empresa.

 

 

 

 

 

 

 

e-Tec Brasil                    208

Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

 

 

Aula 10 – Plano de Contas                                                                              209

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Considerações

  1. As contas de último nível, são chamadas de analíticas e somente elas recebem lançamentos na Sempre que uma conta analítica aumentar ou diminuir de valor, provocará um efeito nas contas de nível superior, aumentando ou diminuindo essas contas.

 

  1. As contas que não pertencem ao último nível, são chamadas de sintéticas ou totalizadoras, elas não recebem lançamento na contabilidade, pois ao lançar na conta de nível inferior, o saldo dessas contas serão automatica- mente

 

  1. A quantidade de número(s) em cada nível dependerá do número de con- tas que deverão ser agregadas a este nível.

 

Observe que no exemplo temos o código 1.1.1.02.001– Banco do Brasil S.A.

 

  1. Ativo
    • Circulante
      • Disponibilidades

1.1.1.2. Banco conta corrente 1.1.1.2.001 Banco do Brasil S.A.

 

Aumentando o saldo no Banco do Brasil, estará aumentando o saldo de ban- cos, das disponibilidas, do ativo circulante e logicamente de todo o Ativo. Em caso de redução, acontecerá a mesma coisa, redução em todos os níveis acima da conta.

 

Exemplo de Plano de Contas – Este modelo é apenas ilustrativo, para fins didáticos. O plano de contas abaixo possui 4 níveis e já está adaptado à nova legislação.

 

  • ATIVO
    • ATIVO CIRCULANTE
      • Caixa

1.1.1.01 Caixa Geral

 

 

 

 

 

e-Tec Brasil                    210

Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

  • Bancos C/Movimento
    • Banco Alfa
  • Contas a Receber
    • Clientes
    • Outras Contas a Receber 1.3.09(-) Duplicatas Descontadas
  • Estoques
    • Mercadorias
    • Produtos Acabados
    • Insumos
    • Outros
  • NÃO CIRCULANTE
    • Contas a Receber
      • Clientes
      • Outras Contas
    • INVESTIMENTOS
      • Participações Societárias
    • IMOBILIZADO
      • Terrenos
      • Construções e Benfeitorias
      • Máquinas e Ferramentas
      • Veículos
      • Móveis
      • (-) Depreciação Acumulada
      • (-) Amortização Acumulada
    • INTANGÍVEL
      • Marcas
      • Softwares

1.2.4.99 (-) Amortização Acumulada 2 PASSIVO

  • CIRCULANTE
    • Impostos e Contribuições a Recolher
      • Simples a Recolher
      • INSS
      • FGTS
    • Contas a Pagar
      • Fornecedores
      • Outras Contas
    • Empréstimos Bancários
      • Banco A – Operação X

 

 

 

 

 

Aula 10 – Plano de Contas                                                                         211

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

  • NÃO CIRCULANTE
    • Empréstimos Bancários

2.2.1.01 Banco A – Operação X

  • PATRIMÔNIO LÍQUIDO
    • Capital Social
      • Capital Social Subscrito
      • Capital Social a Realizar
    • Reservas
      • Reservas de Capital
      • Reservas de Lucros
    • Prejuízos Acumulados
      • Prejuízos Acumulados de Exercícios Anteriores
      • Prejuízos do Exercício Atual 3 CUSTOS E DESPESAS
    • Custos dos Produtos Vendidos
      • Custos dos Materiais
        • Custos dos Materiais Aplicados
      • Custos da Mão de Obra
        • Salários
        • Encargos Sociais
      • Custo das Mercadorias Vendidas
        • Custo das Mercadorias
          • Custo das Mercadorias Vendidas
        • Custo dos Serviços Prestados
          • Custo dos Serviços
            • Materiais Aplicados
            • Mão de Obra
            • Encargos Sociais
          • Despesas Operacionais
            • Despesas Gerais
              • Mão de Obra
              • Encargos Sociais
              • Aluguéis
            • Perdas de Capital
              • Baixa de Bens do Ativo Não Circulante
                • Custos de Alienação de Investimentos
                • Custos de Alienação do Imobilizado 4 RECEITAS

4.1 Receita Líquida

 

 

 

 

 

 

e-Tec Brasil                    212

Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

  • Receita Bruta de Vendas
    • De Mercadorias
    • De Produtos
    • De Serviços Prestados
  • Deduções da Receita Bruta
    • Devoluções
    • Serviços Cancelados
  • Outras Receitas Operacionais
    • Vendas de Ativos Não Circulantes
      • Receitas de Alienação de Investimentos
      • Receitas de Alienação do Imobilizado

Fonte: www.portaldecontabilidade.com.br/guia/planodecontas.htm, acesso em 20/01/2010

 

10.1.2 Código Reduzido ou Simplificado

É evidente que deve haver uma forma mais simples de usar o plano de con- tas do que digitar todos esses números (os 4 ou 5 níveis) e realmente existe. É o que chamamos de código de reduzido. Um código que permite acessar a conta usando um número apenas. Simplificando é como se fosse o apelido da conta.

 

Exemplo                                                   Código Reduzido

 

1.1.1.1.001 Caixa Matriz                          1

1.1.1.2.001 Banco do Brasil S.A.              121

 

Ao dizer que estou tirando dinheiro da conta 1 (sei que é a conta caixa) e estou transferindo esse dinheiro para a conta 121 (sei que este dinheiro está indo para o Banco do Brasil S.A.

 

Agora é a sua vez!

Exercício

  • Volte ao plano de contas e crie um código reduzido para cada

 

Atividade de aprendizagem

  1. Faça uma pesquisa e monte o plano de contas de uma empresa.

Em sua pesquisa sobre o plano de contas, você observará que há vários modelos e inclusive, a codificação das contas também mudam.

 

 

 

 

 

 

Aula 10 – Plano de Contas                                                                         213

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Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  • Débito e Crédito

É importante que você preste atenção agora! Vamos ver algumas regras fundamentais para o entendimento dos lançamentos contábeis. Os termos Débito e Crédito são nomes utilizados para indicar o ingresso ou saída de recursos das contas. Cada lançamento efetuado provoca modificações patri- moniais e/ou de resultado. Cada vez que um lançamento a débito ou crédito é feito, o saldo de uma conta está sendo alterada.

 

O débito corresponde à aplicação do valor, à destinação do recurso ou onde o dinheiro foi investido. E o crédito corresponde à origem do valor, à fonte do dinheiro ou de onde são conseguidos os recursos para a empresa.

 

  • Razonete

Para fins didáticos, utiliza-se o razonete para a explicação dos lançamentos na contabilidade. O Razonete é um gráfico em forma de “T” onde acima estará o nome da conta, do lado esquerdo serão feitos os lançamentos a débito, e do lado direito serão feitos os lançamentos a crédito.

 

Para ficar mais fácil a memorização, lembre que o Razonete é semelhante a uma cruz. A cruz passou a ter outro significado depois (d) de Cristo (C). Veja a representação:

 

Nome da Conta                                                  Cruz

 

Tínhamos débito                       Nos deu crédito

 

Agora ficará mais fácil lembrar o lado do débito e do crédito.

 

 

 

Aula 11 – Noções de débito e crédito                                                                215

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

 

Vamos praticar alguns exercícios com Balanços Sucessivos. Comece imagi- nando uma empresa que está iniciando suas atividades. Serão realizados os primeiros lançamentos na contabilidade; em seguida haverá demonstração dos lançamentos e, logo após, os balanços atualizados.

 

  1. Os sócios reúnem R$ 000,00 em dinheiro para investir na empresa. É o que chamamos capital social, ou seja, a origem do dinheiro veio dos sócios e este dinheiro vai entrar no caixa da empresa.

 

Graficamente ficará assim representadas as contas:

 

Caixa                                     Capital Social

 

O dinheiro aplicado (débito)                          A origem do dinheiro (crédito)

Obs.: (1)* representa o primeiro lançamento do período.

 

Se fossemos fazer um balanço da empresa, ele ficaria assim, neste primeiro momento:

O dinheiro aplicado (débito)                          A origem do dinheiro (crédito)

Total do Ativo (aplicação de recursos) = Total do Passivo (origem de recursos)

 

Após este lançamento, algumas conclusões importantíssimas podem ser tiradas:

 

  1. No lado do ativo temos a aplicação dos recursos, por isso, quando uma conta do ativo estiver aumentando de valor, ela será debitada (d).
  2. Quando ocorrer o contrário, ou seja, quando uma conta do ativo dimi- nuir, ela receberá lançamento do outro lado, ou seja, será creditada(c). Por exemplo: Saiu dinheiro do caixa para a compra de móveis, logo a conta caixa está diminuindo, e por isso o lançamento feito nesta conta foi a crédito (c).

 

 

 

 

e-Tec Brasil                    216

Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

Conta de Ativo

Débito Crédito
Aumenta Diminui

O mesmo raciocínio serve para as contas do passivo:

 

  1. No lado do passivo temos a origem de recursos, por isso, quando uma conta do passivo estiver aumentando ela será creditada (c).
  2. Quando uma conta do passivo estiver diminuindo, ela será debitada (d).

Conta de Passivo

Débito Crédito
Diminui Aumenta

 

  1. A empresa utilizou R$ 000,00 do dinheiro que estava no caixa, para comprar móveis. Como contabilizar?

 

 

Caixa

Móveis

Capital Social

 

 

Origem (crédito)                                      Aplicação (débito)

 

Obs.: (2)* Referem-se ao segundo lançamento do período.

Os registros anteriores permanecem, enquanto durar o período. Observe as alterações produzidas no balanço após este lançamento:

 

 

Balanço Patrimonial após lançamento (2)
Ativo Passivo
Circulante Disponibilidades

Caixa…………. R$ 20.000,00

 

 

 

 

 

Patrimônio Líquido

Capital Social…………. R$ 30.000,00

Não Circulante Imobilizado

Móveis…………. R$ 10.000,00

Total do Ativo R$ 30.000,00 Total do Passivo R$ 30.000,00

 

 

 

 

 

Aula 11 – Noções de débito e crédito                                                                217

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

  1. A empresa comprou do fornecedor uma mercadoria no valor de R$ 000,00 para revender a prazo.

 

Estoque Merc. Rev.                                      Fornecedor

 

 

Origem do recurso: mercadoria adquirida junto aos fornecedores (a merca- doria) para revender. Portanto, será feito o registro a crédito, na conta dos fornecedores (capital de terceiros).

 

Conta de passivo que está aumentando = crédito

 

Aplicação do recurso: A mercadoria comprada foi para o estoque da empre- sa. Portanto, a conta estoque será debitada.

 

Conta de ativo que está aumentando = débito

 

  1. A empresa resolveu pagar para o fornecedor R$ 000,00 em virtude da compra de mercadoria feita anteriormente.

 

Caixa                                                          Fornecedor

 

 

Para que fique mais fácil a sua compreensão, serão apresentados agora to- dos os lançamentos reunidos, desde o primeiro, quando a empresa foi cons- tituída.

 

 

Caixa

Móveis

Capital Social

 

 

 

Estoque de Mercadorias                         Fornecedor

 

 

 

 

 

 

 

e-Tec Brasil                    218

Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

O Balanço Patrimonial, após os quatro lançamentos ficará assim:

 

Balanço Patrimonial
Ativo Passivo
Circulante Disponibilidades

Caixa…………………. R$ 18.000,00

Estoques de Mercadorias…R$ 5.000,00

Circulante

Obrigações com Terceiros Fornecedor……………………… R$ 3.000,00

Não Circulante Imobilizado

Móveis……………….. R$ 10.000,00

 

Patrimônio Líquido

Capital Social……………… R$ 30.000,00

Total do Ativo R$ 33.000,00 Total do Passivo R$ 33.000,00

 

 

O dinheiro aplicado (débito)                            A origem do dinheiro (crédito)

Total do Ativo (aplicação de recursos) = Total do Passivo (origem de recursos)

  • Contas de resultado (receitas e despesas)

As receitas fazem ingressar recursos, portanto, são fontes ou origem a re- cursos.

 

Contas de receita = Origem de recursos = Crédito

 

As receitas sempre irão aumentar o ativo ou diminuir o passivo.

 

As despesas consomem ou fazem sair recursos da empresa, ou seja, é a apli- cação de recursos.

 

Contas de despesas = Aplicação de recursos = Débito

 

As despesas sempre irão diminuir o ativo ou aumentar o passivo.

 

Exemplos:

 

  1. Venda de mercadoria para o cliente no valor de R$ 000,00; sendo que R$ 500,00 foi pago à vista.

 

 

Venda de Mercadoria

Caixa

Cliente

 

 

 

Observação

  • A conta de venda de mercadoria (receita – origem de recursos) foi
  • A conta caixa (bem/Ativo – aplicação de recursos) foi
  • A conta cliente (direito/Ativo – aplicação de recursos) foi

 

 

Aula 11 – Noções de débito e crédito                                                                219

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

  1. A empresa recebeu a conta de energia elétrica no valor de R$ 200,00 que deverá ser paga no próximo mês, e a conta de água no valor de R$ 100,00 que deverá ser paga

 

 

Caixa

Desp. Água

Desp. Energia Elétrica

Energia Elétrica a pagar

 

 

 

Observação:

  • As contas de água e energia (despesas – aplicação de recursos) foram
  • A conta caixa (bem do ativo – diminuindo) foi debitada pelo paga-
  • A conta de energia a pagar (obrigação/passivo) foi creditada pela dívida.

 

12.1 Quadro Natureza dos Grupos de Contas

Grupos de Contas Natureza das Contas Débito (d) Crédito (c)
Patrimoniais

Ativo (Bens + Direitos) Passivo (Obrigações e PL)

 

Natureza devedora (d) Natureza credora (c)

 

Aumento Redução

 

Redução Aumento

Resultado Receita Despesa  

Natureza credora (c) Natureza devedora (d)

 

 

Aumento

 

Aumento

 

 

ATIVO

PASSIVO

RECEITA

DESPESA

 

 

Atividade de aprendizagem

Agora é a sua vez!

 

Faça os lançamentos abaixo em razonete, e monte o balanço patrimonial:

 

  1. Constituição de uma empresa com a integralização de R$ 000,00 em dinheiro.
  2. Compra de mercadoria para revenda no valor de R$ 000,00, sendo pago R$ 2.000,00 à vista, e o restante a prazo.
  3. Compra de um veículo por R$ 000,00 à vista.

 

  1. Compra a prazo de mercadoria para revenda no valor de R$ 000,00.

 

  1. Pagamento de R$ 000,00 ao fornecedor.

 

 

 

 

e-Tec Brasil                    220

Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  • São elementos essenciais do registro contábil
  1. a data da ocorrência da transação;
  2. a conta debitada;
  3. a conta creditada;
  4. o histórico da transação de forma descritiva ou por meio do uso de códi- go de histórico padronizado, quando se tratar de escrituração eletrônica, baseado em tabela auxiliar inclusa em plano de contas;
  5. o valor da transação;
  6. o número de controle para identificar os registros eletrônicos que inte- gram um mesmo lançamento contábil.

Fonte: Minuta do Manual Técnico de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – 2009.

Disponível em www.tesouro.fazenda.gov.br

 

 

  • Lançamento contábil

É a técnica utilizada para o registro de fatos administrativos, pois provocam alterações no patrimônio ou no resultado do exercício da empresa. Os lança- mentos contábeis devem seguir a legislação vigente, e podem ser realizados em livros ou em fichas de forma eletrônica ou manual

 

  • Lançamento pelo Método de Partida Simples

É o registro único ou simplificado. Acontece quando é feito, por exemplo, um registro de entrada ou de saída, no livro de inventário ou no livro caixa da empresa para obtenção do saldo final.

 

  • Lançamento pelo Método de Partidas Dobradas

É também conhecido como método da causa e efeito ou método da origem e aplicação. É o método utilizado na contabilidade para a elaboração das demonstrações contábeis.

 

 

Aula 12 – Entendendo o registro contábil                                                           221

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

 

Lembra do pai da contabilidade? O Frei Luca Pacioli foi o primeiro a apresentar o método das partidas dobradas, e por apresentar esta técnica, ficou eternizado na história da contabilidade. O método das partidas do- bradas consiste no lançamento do mesmo valor a débito e a crédito. Ou seja, para cada valor lançado a débito, obrigatoriamente a empresa fará o lançamento do mesmo valor a crédito, isto é, não existe débito sem crédito e vice-versa.

 

  • Escrituração

Escriturar é registrar. Esses registros podem ser feitos em livros próprios de forma eletrônica ou manual. Há muitos livros que poderão ser escriturados para atender a legislação vigente, por exemplo os livros de (1) registro de empregados (por exigência trabalhista), (2) entradas e saídas de mercado- rias, (3) apuração de ICMS, IPI, ISS, (4) registro de impressão de documentos fiscais e de ocorrências (por exigências fiscais), entre outros. Porém, os livros contábeis que mais se destacam são: diário, razão e caixa.

 

  • Livro Diário

Registro em ordem cronológica de data e sequencial de lançamento, de to- dos os registros efetuados na contabilidade durante o período. É um livro obrigatório para as empresas.

 

Modelo 1 (com colunas)

 

 

Livro Diário
Empresa Exemplo Ltda.

CNPJ: 01.234.567/0001-89

Data Conta a Débito Conta a Crédito Histórico Valor
12/05/2005 Caixa Capital Social Integralização do capital referente ao Sócio 1. 5.000,00
12/05/2005 Caixa Capital Social Integralização do capital referente ao Sócio 2. 1.000,00
12/05/2005 Computadores Capital Social Integralização de parte do capital com um compu- tador, modelo X, do sócio 2. 3.000,00
12/05/2005 Caixa Capital Social Integralização de parte do capital do sócio 2, com móveis para o escritório. 1.000,00

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

e-Tec Brasil                    222

Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

Modelo 2 (sem colunas)

Fonte:   www.juliobattisti.com.br/tutoriais/rodrigosfreitas/conhecendocontabilidade010.asp

 

 

  • Livro Razão

É um livro auxiliar, obrigatório pela legislação comercial. Neste livro os regis- tros são demonstrados na ordem de contas. Ou seja, utiliza-se a ordem cro- nológica de acontecimentos dentro da mesma conta. Neste livro, aparecerão todas as contas que tiveram saldo ou lançamentos no período.

 

Exemplo:

 

 

Razão Analítico
XPTO Comércio Ltda.                                                                    Data:

CNPJ: 01.342.575/0001-87                                                         Período:

Conta: Bancos Conta Movimento – Bradesco S/A
Data Histórico da Operação Débito Crédito Saldo
01.01.2008 Saldo Inicial 1.000,00 D
02.01.2008 Depósito 500,00 1.500,00 D
02.01.2008 Cheque nº 050070 200,00 1.300,00 D
Totais 500,00 200,00 1.300,00 D

Fonte: www.portaldecontabilidade.com.br

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Aula 12 – Entendendo o registro contábil                                                           223

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

Formalidades Intrínsecas aos Livros:

 

 

Intrínseco                     Que está no interior de uma coisa e lhe é próprio e essencial. Que existe por si mesmo.

Interior ou interno.

Extrínseco                      Que não pertence à essência de uma coisa (opõe-se a intrínseco).

Exterior ou externo.

  1. utilizar forma e padrão contábil;
  2. adotar idioma e moeda nacional;
  • possuir clareza e exatidão;
  1. não conter rasuras, borrões, emendas, entrelinhas ou transporte para as margens;
  2. obedecer à rigorosa ordem cronológica;
  3. guardar continuidade;
  • seguir método uniforme de escrituração – Plano de

 

Formalidades Extrínsecas aos Livros:

 

  1. encadernação;
  2. numeração sequenciada;
  • termos de abertura e encerramento;
  1. registro nos órgãos de registro de pessoas jurídica

Fonte: SCHNORR et al, 2008.

 

 

Anotações

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

e-Tec Brasil                    224

Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Durante o exercício fiscal, os administradores e funcionários da empresa, no exercício de suas funções, praticam diversas ações. Estas ações são atos dentro da organização, sendo que muitos desses atos devem ser registrados pela contabilidade, por alterarem a situação patrimonial e o resultado da empresa. Mas existem atos que não produzem alterações patrimoniais e de resultado e, portanto, não necessitam ser registrados. É o caso de decisões normais sobre a conduta dentro da organização; elaboração de manuais de procedimentos; reuniões; aplicação de advertências e até mesmo a contrata- ção ou demissão de funcionários. Observe que o ato de contratar ou demitir não gera lançamento contábil no momento, mas produzirá fatos contábeis que gerarão lançamentos futuros, quando forem realizados pagamentos a este funcionário. Outros atos geram fatos contábeis imediatamente, por al- terar a situação patrimonial e/ou de resultado e deverão ser registrados.

 

  • Classificação dos Fatos Administrativos

Os fatos administrativos são classificados como: permutivos, modificativos ou mistos.

 

  • Fatos administrativos Permutativos

São aqueles que trocam valores entre os elementos do ativo ou passivo, sem alterar o patrimônio líquido. Pode haver a troca entre elementos do ativo, entre elementos do passivo ou entre ativo e passivo.

 

Balanço Patrimonial Inicial
Ativo Passivo
Circulante Disponibilidades

Caixa…………………. R$ 18.000,00

Estoques de Mercadorias…R$ 5.000,00

 

Circulante

Obrigações   com    Terceiros Fornecedor………………………… R$ 3.000,00

Não Circulante Imobilizado

Móveis……………….. R$ 10.000,00

 

Patrimônio Líquido

Capital Social……………. R$ 30.000,00

Total do Ativo R$ 33.000,00 Total do Passivo R$ 33.000,00

 

 

 

 

Aula 13 – Atos e fatos administrativos                                                               225

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

 

Exemplo 1:

 

Durante o período houve o pagamento de R$ 2.000,00 aos fornecedores. Após este fato, o patrimônio líquido ficou inalterado, havendo apenas mudança entre elementos do ativo e passivo.

 

Ativo Passivo
Circulante Disponibilidades

Caixa…………………. R$ 16.000,00

Estoques de Mercadorias…R$ 5.000,00

 

Circulante

Obrigações com Terceiros Fornecedor………….. R$ 1.000,00

Não Circulante Imobilizado

Móveis……………….. R$ 10.000,00

 

Patrimônio Líquido

Capital Social…………. R$ 30.000,00

Total do Ativo R$ 31.000,00 Total do Passivo R$ 31.000,00

 

Aqui há um fato permutativo diminutivo (diminuiu o total do ativo/passivo).

 

Exemplo 2:

 

Houve a compra de mercadoria para revenda no valor de R$ 4.000,00 a prazo.

 

Ativo Passivo
Circulante Disponibilidades

Caixa…………………. R$ 16.000,00

Estoques de Mercadorias…R$ 9.000,00

 

Circulante

Obrigações com Terceiros Fornecedor………….. R$ 5.000,00

Não Circulante Imobilizado

Móveis……………….. R$ 10.000,00

 

Patrimônio Líquido

Capital Social…………. R$ 30.000,00

Total do Ativo R$ 35.000,00 Total do Passivo R$ 35.000,00

 

Aqui há um fato permutativo aumentativo (aumentou o total do ativo/pas- sivo)

 

Um fato permutativo sempre será aumentativo ou diminutivo? Não necessariamente. Por exemplo, quando a empresa recebe de clientes, aumenta o valor de dinheiro em caixa, mas diminui o valor a receber de clientes, sem alterar o patrimônio.

 

 

 

 

 

 

 

e-Tec Brasil                    226

Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

Podemos então concluir que quando há somente a troca entre elementos do ativo, ou somente entre elementos do passivo, não há alteração do total do ativo ou passivo. Quando há a troca entre elementos do ativo e passivo, haverá alteração no total do ativo e passivo.

 

  • Fatos administrativos Modificativos

São aqueles que provocam modificações no Patrimônio Líquido. Geral- mente, as alterações que provocam no patrimônio líquido vem do lucro ou do prejuízo. Portanto, na maioria das vezes, os fatos modificativos envolvem contas patrimoniais e também de resultado.

 

Vamos supor que a empresa acima, no período tenha despesas administrati- vas no valor de R$ 1.000,00, que foram pagas à vista.

 

 

Conta Patrimonial

 

CAIXA

SI

Conta de Resultado Despesas Administrativas

 

 

 

 

Observação

O resultado do exercício foi negativo (prejuízo), pelo motivo das despesas serem maiores que as receitas no período, e isso alterou o patrimônio da empresa.

 

Ativo Passivo
Circulante Disponibilidades

Caixa…………………. R$ 15.000,00

Estoques de Mercadorias…R$ 9.000,00

Circulante

Obrigações com Terceiros Fornecedor……………………… , R$ 5.000,00

Não Circulante Imobilizado

Móveis……………….. R$ 10.000,00

Patrimônio Líquido

Capital Social…………. R$ 30.000,00

Prejuízo do Exercício….. (R$ 1.000,00)

Total do Ativo R$ 34.000,00 Total do Passivo R$ 34.000,00

 

 

É possível um fato modificativo sem envolver contas de resultado? Sim, é possível. Veja um exemplo: Com base no balanço patrimonial acima, registre o aumento do capital social em R$ 5.000,00 em dinheiro.

 

 

 

 

 

 

 

Aula 13 – Atos e fatos administrativos                                                               227

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

 

 

 

CAIXA

SI

Contas Patrimoniais

Capital Social

 

 

 

 

Ativo Passivo
Circulante Circulante
Disponibilidades Obrigações com Terceiros
Caixa…………………. R$ 20.000,00 Fornecedor…………… R$ 5.000,00
Estoques de Mercadorias…R$ 9.000,00
Não Circulante Patrimônio Líquido
Imobilizado Capital Social…………. R$ 35.000,00
Móveis……………….. R$ 10.000,00 Prejuízo do Exercício…… R$ (1.000,00)
Total do Ativo                           R$ 39.000,00 Total do Passivo                         R$ 39.000,00

 

 

 

Anotações

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

e-Tec Brasil                    228

Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A partir de agora, vamos começar a fazer lançamentos contábeis e efetuar apuração do Balanço Patrimonial e Apuração do Resultado do Exercício.

 

  • Contabilizando
    1. No dia 15/12, foi constituída a empresa “EaD Com. Alimentos Ltda” com a integralização em dinheiro de R$ 000,00 de capital social.
    2. No dia 17/12, a empresa comprou R$ 000,00 de mercadoria para revenda, pagando 50% à vista.
    3. No dia 20/12, a empresa fez uma venda de mercadoria no valor de R$ 000,00, recebendo R$ 3.000,00 à vista.
    4. No dia 30/12, a empresa apurou despesas que serão pagas somen- te no próximo mês: água – R$ 110,00; luz – R$ 220,00 e telefone R$ 85,00;
    5. No dia 31/12, foi feita a contagem de estoque e o saldo final encon- trado foi de R$ 400,00.

 

Contas Patrimoniais

 

          CONTAS DO ATIVO                                     CONTAS DO PASSIVO                   

 

CAIXA

CAPITAL SOCIAL

FORNECEDOR

 

 

 

 

ESTOQUE DE MERCADORIA

ÁGUA A PAGAR

ENERGIA ELÉTRICA A PAGAR

 

 

 

 

CLIENTE

TELEFONE A PAGAR

LUCRO DO EXERCÍCIO

 

 

 

 

 

 

 

Aula 14 – Exercício de contabilização – I                                                            229

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

 

Contas de Resultado

 

                 RECEITAS                                                    DESPESAS    

 

 

VENDA DE MERCADORIA

ÁGUA

ENERGIA ELÉTRICA

 

 

 

 

TELEFONE                                        CMV

 

 

 

 

Observe que no item 5 do exercício, temos uma valiosa informação, o saldo final de estoque de é de R$ 400,00. Esta informação é importantíssima, pois através dela é possível saber quanto custou a mercadoria que foi vendida.

 

  • Sistema de controle de estoque

Há dois sistemas para cálculo do saldo de estoque e do custo da mercadoria vendida.

 

O primeiro sistema é do controle permanente de estoque. Sempre que uma mercadoria entra no estoque ou é vendida e sai do estoque, o registro é feito no mesmo momento. Por isso o nome de controle permanente do estoque.

 

O segundo sistema, foi o apresentado no exercício e que vamos utilizar para saber quanto custou a mercadoria vendida. É quando a empresa faz a conta- gem de estoque no final do período, por isso o nome de controle periódico de estoque.

 

A fórmula que permite fazer o cálculo do CMV é a seguinte:

 

CMV = 0 (sem saldo de estoque) + R$ 4.000,00 (compras) – R$ 400,00 (saldo final)

* CMV = R$ 3.600,00

 

 

 

 

 

e-Tec Brasil                    230

Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

** Apuração do Resultado do Exercício (ARE)

 

Nesta etapa, devemos calcular se no período, a empresa teve lucro ou pre- juízo.

 

DESPESAS RECEITAS
3.600,00 6.000,00
110,00
220,00
85,00
4.015,00 6.000,00

 

ARE

 

 

CMV

água energia telefone

 

 

 

 

 

 

 

 

1.985,00

Receita

 

 

 

Observação

Esta diferença é o Lucro (receita > soma das despesas)

 

Após a apuração do resultado do exercício, todas as contas de Resultado (despesa e receita) devem ser zeradas. Começando um novo exercício, as contas de resultado sempre iniciarão sem saldo anterior.

 

Finalmente, agora sim o Balanço Patrimonial pode ser elaborado.

 

Vamos recaptular as etapas percorridas?

 

  1. Lançamentos em
  2. Apuração do Custo da Mercadoria Vendida (CMV).
  3. Apuração do Resultado do Exercício (ARE).
  4. Elaboração do Balanço

 

Balanço Patrimonial
Ativo Passivo
Circulante Disponibilidades

Caixa…………………. R$ 41.000,00

Valores a Receber Clientes………………………. R$ 3.000,00

Estoques

Mercadorias……………… R$ 400,00

Circulante

Obrigações com Terceiros Fornecedores………………………….. R$ 2.000,00

Água a Pagar…………….. R$ 110,00

Energia a Pagar……………. R$ 220,00

Telefefones a Pagar…………. R$ 85,00

 

Patrimônio Líquido

Capital Social……………….. R$40.000,00

Lucro Líquido do Exercício..R$ 1.985,00

Total do Ativo                      R$ 44.400,00 Total do Passivo                           R$ 44.400,00

 

 

 

 

 

 

Aula 14 – Exercício de contabilização – I                                                            231

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

 

Agora vamos fazer um exercício em que a empresa apresenta prejuízo.

 

Baseando-se no balanço anterior, faça os seguintes lançamentos contábeis:

 

  1. Compra de R$ 200,00 de mercadoria para revenda, pagando 20% à vista.
  2. Venda de mercadoria no valor de R$ 200,00, recebendo R$ 1.100,00 à vista. Obs. – A mercadoria vendida custou R$ 3.000,00 para a empresa.
  3. Pagamento de água, luz e telefone do exercício
  4. Despesas apuradas no período: salário (R$ 200,00), luz (R$ 160,00), água (R$110,00) e telefone (R$ 130,00).

 

Faça os lançamentos em razonetes, apuração do custo da mercadoria vendi- da, apuração do resultado do exercício e o balanço patrimonial.

 

Contas Patrimoniais

 

          CONTAS DO ATIVO                                     CONTAS DO PASSIVO                                  

 

CAIXA

CAPITAL SOCIAL

FORNECEDOR

 

 

 

ESTOQUE DE MERCADORIA

ÁGUA A PAGAR

ENERGIA ELÉTRICA A PAGAR

 

CLIENTE

TELEFONE A PAGAR

SALÁRIOS A PAGAR

 

RESERVA DE LUCRO           LUCRO DO EXERCÍCIO

 

PREJUÍZO DO EXERCÍCIO

 

 

e-Tec Brasil                    232

Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

 

Contas de Resultado

 

                 RECEITAS                                                    DESPESAS                           

 

 

VENDA DE MERCADORIA

ÁGUA

ENERGIA ELÉTRICA

 

 

TELEFONE                             CMV

 

SALÁRIOS

 

 

* Observe que o valor do custo da mercadoria vendida foi informado como observação no item 2.

 

Nesta etapa, devemos calcular se no período a empresa teve lucro ou pre- juízo.

 

DESPESAS RECEITAS
3.000,00 4.200,00
110,00
160,00
130,00
1.200,00
4.600,00 4.200,00

 

ARE

 

 

CMV

água energia telefone salários

 

 

 

 

 

 

 

 

400,00

Receita

 

 

Esta diferença é o prejuízo (receita < despesas)

 

Balanço Patrimonial
Ativo Passivo
Circulante Disponível

Caixa…………………. 40.045,00

 

Valores         a         receber Clientes…………………………. 6.100,00

Estoques                     Mercadorias…………………………. 5.600,00

Circulante

Obrigações   com   Terceiros Fornecedores……………………………….. 8.560,00

Água a Pagar…………………… 110,00

Energia a Pagar………………….. 160,00

Telefones a Pagar………………… 130,00

Salário a Pagar…………………. 1.200,00

Patrimônio Líquido

Capital Social…………………. 40.000,00

Reservas Lucros…………………. 1.985,00

Prejuízo do Exercício……………… (400,00)

Total do Ativo…………………. 51.745,00 Total do Passivo…………………… 51.745,00

 

 

 

Aula 14 – Exercício de contabilização – I                                                            233

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

15.1 Fatos administrativos para contabilização

  1. No dia 07/12, foi constituída a empresa “Vou fechar o balanço Ltda” com a integralização em dinheiro de R$ 000,00 de capital social.

 

  1. No dia 11/12, a empresa comprou R$ 000,00 de mercadoria para re- venda, pagando 20% à vista.

 

  1. No dia 19/12 a empresa fez uma venda de mercadoria no valor de R$ 000,00, recebendo R$ 1.500,00 à vista.

 

  1. No dia 31/12, a empresa apurou as seguintes despesas que serão pagas somente no próximo mês: água (R$ 80,00), luz (R$ 60,00) e telefone (R$ 50,00).

 

  1. No dia 31/12, foi feita a contagem de estoque, e o saldo final encon- trado foi de R$ 000,00.

 

Faça os lançamentos em razonetes, a apuração do custo das mercadorias vendidas e do resultado do exercício, e finalmente elabore o Balanço Patrimonial.

 

Caso tenha dúvida…

Tente fazer o lançamento observando o exercício anterior, que é bem semelhante. Se ainda assim não conseguir entender, consulte o exer- cício resolvido. Mas para o próximo não terá ajuda. Portanto é impor- tante aprender. Você também poderá ligar na tutoria para tirar as suas dúvidas.

 

 

 

 

 

 

 

 

Aula 15 – Exercício de contabilização – II                                                           235

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

 

Contas Patrimoniais

 

          CONTAS DO ATIVO                                     CONTAS DO PASSIVO                                  

 

CAIXA

CAPITAL SOCIAL

FORNECEDOR

 

 

 

 

ESTOQUE DE MERCADORIA

ÁGUA A PAGAR

ENERGIA ELÉTRICA A PAGAR

 

 

 

 

CLIENTE

TELEFONE A PAGAR

LUCRO DO EXERCÍCIO

 

 

 

Contas de Resultado

 

                 RECEITAS                                                    DESPESAS    

 

 

VENDA DE MERCADORIA

ÁGUA

ENERGIA ELÉTRICA

 

 

TELEFONE                                        CMV

 

 

 

*CMV = Ei + C – EF

CMV = 0 + 8.000,00 – 3.000,00

CMV = 5.000,00

 

** Apuração do Resultado do Exercício (ARE)

 

DESPESAS RECEITAS
5.000,00 7.000,00
80,00
60,00
50,00
5.190,00 7.000,00

 

ARE

 

 

CMV

água energia telefone

 

 

 

 

 

 

1.810,00

Receita

 

 

Esta diferença é o lucro (receitas > soma das despesas)

 

 

 

 

 

e-Tec Brasil                    236

Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

 

Observação

Após a apuração do resultado do exercício, todas as contas de Resultado (despesa e receita) devem ser zeradas. Começando um novo exercício, as contas de resultado sempre iniciarão sem saldo anterior.

 

Balanço Patrimonial da empresa “Vou Fechar o balanço Ltda”, encerrado em 31/12/2009.
Ativo Passivo
Circulante Disponível

Caixa……………………….. 29.900,00

Valores             a             receber Clientes………………………………. 5.500,00

Estoques

Mercadorias…………………. 3.000,00

Circulante

Obrigações     com      Terc. Fornecedores……………………………… 6.400,00

Água a Pagar………………… 80,00

Luz a Pagar…………………… 60,00

Telefone a Pagar………………. 50,00

 

 

 

Patrimônio Líquido

Capital Social…………….. 30.000,00

Lucro do Exercício…………. 1.810,00

 

Total do Ativo…………………… 38.400,00

 

Total do Passivo………………….. 38.400,00

 

Agora é a sua vez e sem ajuda!!!!

 

Faça os lançamentos em razonetes, apuração do CMV, apuração do resulta- do do exercício e o balanço patrimonial.

 

Exercício de Contabilização 1

 

  1. Constituir uma empresa com capital social de R$ 000,00 em di- nheiro.
  2. Compra de mercadoria para revenda por R$ 000,00, pagando R$ 2.000,00 à vista.
  3. Venda de mercadoria no valor de R$ 000,00, recebendo R$ 3.000,00 à vista.
  4. Despesas do mês: a) Água R$ 40,00 b) Luz R$ 50,00 c) Material de Expediente R$ 80,00; d) Salário R$ 000,00
  5. O Estoque final apurado no final do período foi de R$ 000,00.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Aula 15 – Exercício de contabilização – II                                                           237

e-Tec Brasil

 

 

 

 

Exercício de Contabilização 2

Com base no balanço do exercício anterior, faça os seguintes lançamentos:

 

  1. Compra de mercadoria para revenda por R$ 000,00, pagando R$ 2.000,00 à vista.
  2. Venda de mercadoria no valor de R$ 000,00, recebendo R$ 1.500,00 à vista.
  3. Pagamento de água, luz, material de expediente e salário do período anterior;
  4. Despesas do mês: a) Água R$ 70,00 b) Luz R$ 40,00 c) Material de Expediente R$ 20,00; d) Salário R$ 000,00
  5. O Estoque final apurado no final do período foi de R$ 000,00.

 

A resolução estará no AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem, mas somente recorra a ele após esgotar todas as outras formas de ajuda.

Anotações

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

e-Tec Brasil                    238

Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

16.1 Balancete de verificação

É uma planilha onde são feitos todos os lançamentos a débito e crédito, para então fazer a verificação se os totais lançados a débito e crédito são iguais. É a regra da partida dobrada, onde não pode haver lançamento a débito sem crédito correspondente e vice-versa. Assim, sempre deverá ser igual o valor lançado a débito e o valor lançado a crédito no saldo final.

 

Após fazer os lançamentos nos razonetes, deve-se apurar o saldo final da contas e fazer a verificação para saber se os lançamentos estão corretos. Uma forma de fazer esta verificação é através do Balancete de Verificação.

 

Atenção

O balancete apenas confrontará os lançamentos feitos a débito e os lan- çamentos feitos a crédito. Ele não conseguirá detectar se houve fraude ou omissão de lançamentos.

 

Exemplo de Balancete de Verificação – baseado no balanço abaixo:

 

 

Ativo Passivo
Circulante Disponível

Caixa…………………….. 29.900,00

Valores           a           receber Clientes……………………………. 5.500,00

Estoques                          Mercadorias……………………………. 3.000,00

Circulante

Obrigações      com       Terc. Fornecedores……………………………….. 6.400,00

Água a Pagar…………………. 80,00

Luz a Pagar…………………….. 60,00

Telefone a Pagar……………….. 50,00

 

 

 

Patrimônio Líquido

Capital Social………………. 30.000,00

Lucro do Exercício…………… 1.810,00

Total do Ativo                          38.400,00 Total do Passivo                                    38.400,00

 

 

 

 

 

 

 

 

Aula 16 – Balancete de verificação                                                                   239

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

 

Durante o exercício, ocorreram os seguintes fatos administrativos:

 

  1. Compra de mercadoria para revenda à vista por R$ 000,00.
  2. Pagamento de R$ 000,00 ao fornecedor.
  3. Venda de mercadoria á vista por R$ 2.000,00, o custo da mercadoria vendida foi de R$ 000,00.

 

          CONTAS DO ATIVO                                     CONTAS DO PASSIVO                                  

 

CAIXA

CAPITAL SOCIAL

FORNECEDOR

 

 

(SI) 29.900,00 10.000,00 (1) 30.000,00 (SI) (2) 2.000,00 6.400,00 (SI)
(3) 2.000,00 2.000,00 (2)

 

 

ESTOQUE DE MERCADORIA

ÁGUA A PAGAR

ENERGIA ELÉTRICA A PAGAR

 

 

 

CLIENTE

TELEFONE A PAGAR

LUCRO DO EXERCÍCIO

 

 

                 RECEITAS                                    DESPESAS     

 

VENDA DE MERCADORIA                                  CMV

 

 

 

BALANCETE DE VÁRIAS COLUNAS – MODELO

 

 

Empresa                                                                                                                                     “Balancete de Verificação em                                    /                                    /                                   
 

CONTAS

BALANCETE ANTERIOR MOVIMENTO DO PERÍODO BALANCETE ATUAL
SALDOS DÉBITO CRÉDITO SALDOS ATUAIS
Devedores Credores Devedores Credores
Caixa 29.900,00 2.000,00 12.000,00 19.900,00
Clientes 5.500,00 5.500,00
Estoques 3.000,00 10.000,00 1.000,00 12.000,00
Fornecedor 6.400,00 4.400,00
Água a Pagar 80,00 2.000,00 80,00
Energia a Pagar 60,00 60,00
Telefone a Pagar 50,00 50,00
Reserva de Lucros 1.810,00 1.810,00
Capital Social 30.000,00 30.000,00
Venda de Mercad. 2.000,00 2.000,00
CMV 1.000,00 1.000,00
Total 38.400,00 38.400,00 15.000,00 15.000,00 38.400,00 38.400,00

 

 

 

 

 

e-Tec Brasil                    240

Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

 

 

CMV

 

 

 

ARE DESPESAS            RECEITAS

 

 

 

 

 

1.000,00 2.000,00
1.000,00 2.000,00

 

Receita

 

 

Lucro        1.000,00

 

 

Balanço Patrimonial da empresa                       em      /     /       
Ativo Passivo
Circulante Disponível

Caixa………………………. 19.900,00

Valores             a             receber Clientes………………………………. 5.500,00

Estoques                              Mercadorias……………………………… 12.000,00

Circulante

Obrigações       com       Terc. Fornecedores……………………………….. 4.400,00

Água a Pagar…………………….. 80,00

Energia a Pagar……………………. 60,00

Telefone a Pagar…………………… 50,00

 

Patrimônio Líquido

Capital Social…………………. 30.000,00

Reserva de Lucro……………….. 1.810,00

Lucro do Exercício……………… 1.000,00

Total do Ativo                                 37.400,00 Total do Passivo                             37.400,00

 

Atividades de aprendizagem

  1. A empresa “Contabilidade é Moleza Ltda” apresentou os seguintes sal- dos em Novembro/2009. Pede-se a Elaboração do Balancete de Verifica- ção e do Balanço

 

Conta Saldo
Banco Conta Corrente 166.200,00
Caixa 59.200,00
Capital Social 100.000,00
Clientes 22.000,00
COFINS a Recolher 8.000,00
CSSL a Recolher 2.800,00
Duplicatas a Pagar 3.000,00
Empréstimos a Pagar 25.000,00
Financiamento a Pagar 200.000,00
Fornecedores 240.000,00
Imóveis 500.000,00
IRPJ a Pagar 9.000,00
Reservas de Lucros 182.600,00
Mercadorias 35.000,00
Móveis e Utensílios 8.000,00
PIS a Recolher 2.000,00
Salários a Pagar 40.000,00
Veículos 22.000,00

 

 

 

 

Aula 16 – Balancete de verificação                                                                   241

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

 

  1. Com base no balanço produzido no exercício anterior, faça os lançamen- tos que ocorreram durante o mês de dezembro de 2009, cujas movimen- tações são as seguintes:

 

a)     02/12   Compra de mercadorias: R$ 40.000,00 à vista, e R$ 60.000,00 a prazo
b)     03/12   Pagamento de empréstimos: R$ 5.000,00 com cheque
c)     06/12  Pagamento total de Salários com cheque
d)     07/12  Pagamento total do COFINS e do PIS com cheque
e)     10/12   Venda de mercadorias: 40.000,00 à vista, e 10.000,00 a prazo
f)      12/12   Recebimento de clientes: R$ 22.000,00
g)     16/12  Pagamento total do IRPJ e do CSSL
h)     18/12  Compra de material de limpeza: R$ 200,00 com cheque
i)      21/12  Venda de mercadorias: R$ 40.000,00 à vista, via banco
j)      25/12      Venda de mercadorias: R$ 20.000,00 à vista e R$ 10.000,00 a prazo
k)     26/12   Compra de mercadorias: R$ 15.000,00 à vista
l)      28/12   Pagamento a fornecedores: R$ 20.000,00

 

Pede-se:

 

  • Efetue os lançamentos acima em razonetes;

 

  • Faça a apuração do custo da mercadoria vendida (CMV), sabendo que o estoque final foi de R$ 000,00;
  • O Balancete de Verificação;

 

  • A apuração do resultado do exercício;

 

  • O Balanço

 

ROTEIRO PARA APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (ARE)

 

√ Elaboração do Balancete de Verificação, extraindo-se os saldos dos razonetes;

√ Transferir saldos das contas de despesas para a conta Resultado do Exercício (ARE);

√ Transferir saldos das contas de receitas para a conta Resultado do Exercício (ARE);

√ Verificar que todas as contas de receita e despesa estejam zeradas (transferidas para o ARE);

√ Apurar o saldo da conta resultado do exercício;

√ Transferir o saldo da conta resultado do exercício para a conta patri- monial Lucros ou Prejuízos Acumulados.

 

 

 

 

e-Tec Brasil                    242

Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  • Competência
  1. Regime universalmente adotado;

 

  1. Critério aceito e recomendado pelo Imposto de

 

  • Receitas – São contabilizadas no período em que foram geradas (à vista ou a prazo);
  • Despesas – são contabilizadas no período em que foram consumi- das, independentemente do pagamento ter sido realizado ou não.

 

Toda despesa gerada no período (mesmo que ainda não tenha sido paga) será subtraída do total da receita, também gerada no mesmo período (mes- mo que ainda não tenha sido recebida).

 

  • Regime de caixa

Quando a contabilização é feita somente no momento em que há o ingresso ou saída de dinheiro no caixa.

 

  • Receitas – É contabilizada no momento do recebimento do dinheiro;
  • Despesas – É contabilizada no momento do

 

Regimes de apuração do resultado

Exemplo de Regime de Caixa e Competência:

 

A empresa Contabilidade é Moleza Ltda vendeu R$ 25.000,00 e só recebeu R$ 15.000,00 (o restante receberá no futuro); teve como despesa no período R$ 10.000,00 e pagou até o último dia do ano R$ 8.000,00.

 

 

 

 

Aula 17 – Regimes de apuração do resultado                                                      243

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

 

A.R.E. COMPETÊNCIA CAIXA
Receitas 25.000,00 15.000,00
Despesas (10.000,00) (8.000,00)
Resultado 15.000,00 7.000,00

 

 

A empresa Aprendi a Contabilizar Ltda inicia suas atividades em fevereiro de 2008, com um capital de R$ 20.000,00; sendo que R$ 10.000,00 vai para o caixa, R$ 5.000,00 é investido em móveis e utensílios, e R$ 5.000,00 foi utilizado na aquisição de mercadorias para revenda.

 

No mês de março de 2008 a empresa vendeu todo seu estoque de merca- doria pelo valor de R$ 10.000,00, recebendo 40% do valor à vista, e pagou uma despesa de R$ 5.000,00. Comprou mercadoria para revenda para repor o estoque no valor de R$ 6.500,00 que pagou 50% à vista e o restante para 30 dias.

 

Com base nestes dados, monte o Balanço Patrimonial e apure o lucro pelo regime de competência e pelo regime de caixa.

 

Balanço Patrimonial Demonstração do Lucro pelo regime de Competência e Caixa.

 

A.R.E. COMPETÊNCIA CAIXA
Receita
(-) Custo
(-) Despesa
Resultado

 

Uma empresa vendeu por R$ 2.000,00, recebendo 50% à vista e teve custos e despesas de R$ 600,00, pagando metade à vista. O lucro apurado pelo regime de competência e pelo regime de caixa será respectivamente:

 

  1. R$ 1.400,00 e R$ 1.400,00
  2. R$ 1.400,00 e R$ 700,00
  3. R$ 2.000,00 e R$ 600,00
  4. R$ 2.000,00 e R$ 700,00
  5. R$ 2.000,00 e R$ 1.400,00.

 

 

 

 

 

 

 

e-Tec Brasil                    244

Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

 

 

Exemplos:

 

  1. Recebimento de R$ 000,00, do cliente com 4% de juros.

 

  • Débito na conta caixa ou Banco R$ 040,00
  • Crédito na conta cliente R$ 000,00
  • Crédito em juros ativos de R$ 40,00 (receita)

 

  1. Pagamento a fornecedor de R$ 000,00, com 3% de juros.

 

  • Débito na conta Fornecedor R$ 000,00
  • Débito na conta juros passivos R$ 30,00
  • Crédito na conta caixa ou Banco R$ 030,00

 

Exemplos:

 

  1. Recebimento do cliente o valor de R$ 000,00, com 3% de descontos.

 

  • Débito na conta Caixa ou Banco R$ 700,00.
  • Débito na conta desconto concedido (despesa) R$ 300,00.
  • Crédito na conta cliente R$ 000,00.

 

  1. Pagamento a fornecedor de R$ 000,00, com 5% de desconto.

 

  • Débito na conta fornecedor R$ 000,00.
  • Crédito na conta desconto Obtido (receita) R$ 500,00.
  • Crédito na conta Caixa ou Banco R$ 500,00.

 

 

 

 

 

 

 

Aula 17 – Regimes de apuração do resultado                                                      245

e-Tec Brasil

 

 

 

Atividades de aprendizagem

  1. Faça os lançamentos abaixo:

 

  1. Abertura de uma empresa com capital social em dinheiro: R$ 000,00
  2. Compra de um automóvel no valor de R$ 30.000,00, com entrada de R$ 000,00 e saldo financiado
  3. Compra de material de expediente, à vista no valor de R$ 800,00
  4. Depósito no Banco do Brasil em conta corrente: R$ 000,00
  5. Compra de mercadoria para revenda no valor de R$ 2.000,00, por pagar à vista recebeu um desconto de R$ 100,00.
  6. Venda de Mercadoria no valor de R$ 000,00, recebendo: R$ 1.000,00 à vista, e juros de R$ 200,00.
  7. Pagamento de aluguel do mês no valor de R$ 500,00, mais juros de R$ 50,00
  8. Venda de mercadoria no valor de R$ 000,00, como o cliente pagou à vista, recebeu um desconto de R$ 200,00.

 

Pede-se:

√ Contabilização dos fatos em razonetes

√ Balancete de Verificação

√ Apuração do resultado do exercício

√ Balanço Patrimonial

 

  1. As contas a seguir e seus respectivos saldos em 30-11-X2 pertencem à contabilidade de uma empresa comercial:

 

Contas Saldos – R$ Saldos Devedores Saldos Credores
Caixa 45.000,00
Móveis e Utensílios 180.000,00
Imóveis 290.000,00
Duplicatas a pagar 92.000,00
Despesas de Salários 40.000,00
Estoque de Mercadorias 56.000,00
Imposto a pagar 29.000, 00
Despesa de Aluguel 24.000,00
Despesas de Juros 5.000,00
Vendas de Mercadorias 330.000,00
Duplicatas a receber 120.000,00
Descontos obtidos 9.000,00
Capital Social 300.000,00
Totais

 

 

 

e-Tec Brasil                    246

Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

Durante o mês de dezembro de X2, ocorreram as seguintes operações:

 

  1. Foi aberta uma conta corrente no Banco Itaú A., tendo sido depositada a importância de R$ 24.000,00

 

  1. Pagamento em cheque de uma duplicata no valor de R$ 000,00, sen- do que a empresa obteve um desconto de 5%

 

  1. Vendas a prazo de mercadorias no valor de R$ 000,00 tendo sido emiti- das duas duplicatas com vencimentos para 30 e 60 dias da data da venda

 

  1. Recebimento em cheque de uma duplicata no valor de R$ 000,00 mais 3% de juros, cobrados em virtude de atraso no pagamento

 

  1. O estoque final de mercadorias, apurado mediante levantamento físico realizado no dia 31-12-X2, totalizou R$ 000,00.

 

Pede-se:

√ Distribuir os saldos das contas anteriores em Balancete de Verificação 30-11-X2

√ Transcrever nos razonetes todos os saldos existentes em 30-11-X2

√ Registrar nos razonetes todas as operações ocorridas em dezembro/X2

√ Elaborar um Balancete de Verificação em dezembro/X2

√ Apuração do resultado do exercício

√ O Balanço Patrimonial.

 

 

 

Anotações

(Fonte: Clóvis Luís Padoveze – Livro Manual de Contabilidade Básica – 2008.)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Aula 17 – Regimes de apuração do resultado                                                      247

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A contabilidade, como já vimos, é o registro sistematizado que visa manter o controle do patrimônio. E para que seja executada uniformemente e exista uma padronização, é importante observar algumas regras que deverão ser seguidas por todos no momento da realização dos registros contábeis. As principais regras que orientam o trabalho são conhecidas como os princípios fundamentais da contabilidade.

 

 

18.1 Os Princípios Fundamentais da Contabilidade – Resolução n. 750/93

Veja na íntegra a Resolução que foi aprovada pelo Conselho Federal de Con- tabilidade:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Aula 18 – Os princípios fundamentais da contabilidade                                                  249

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

e-Tec Brasil                    250

Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

O PRINCÍPIO DA ENTIDADE

 

Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finali- dade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Pa- trimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.

 

Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recípro- ca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autô- nomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.

 

O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE

 

Art. 5º A CONTINUIDADE ou não da ENTIDADE, bem como sua vida defi- nida ou provável, devem ser consideradas quando da classificação e ava- liação das mutações patrimoniais, quantitativas e qualitativas.

 

  • 1º A CONTINUIDADE influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos passivos, especialmente quando a extinção da ENTIDADE tem prazo determinado, previsto ou previsível.

 

  • 2º A observância do Princípio da CONTINUIDADE é indispensável à cor- reta aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA, por efeito de se relacionar diretamente à quantificação dos componentes patrimoniais e à formação do resultado, e de constituir dado importante para aferir a capacidade futura de geração de resultado.

 

O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE

 

Art. 6º O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, à tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas mu- tações, determinando que este seja feito de imediato e com a extensão correta, independentemente das causas que as originaram.

 

 

 

 

 

 

Aula 18 – Os princípios fundamentais da contabilidade                                                  251

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

Parágrafo único – Como resultado da observância do Princípio da OPORTUNIDADE

  • – desde que tecnicamente estimável, o registro das variações patrimo- niais deve ser feito mesmo na hipótese de somente existir razoável certeza de sua ocorrência;

 

  • – o registro compreende os elementos quantitativos e qualitativos, con- templando os aspectos físicos e monetários;

 

  • – o registro deve ensejar o reconhecimento universal das variações ocor- ridas no patrimônio da ENTIDADE, em um período de tempo deter- minado, base necessária para gerar informações úteis ao processo decisório da gestão.

 

O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL

 

Art. 7º Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valo- res originais das transações com o mundo exterior, expressos a valor pre- sente na moeda do País, que serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem agregações ou decomposições no interior da ENTIDADE.

 

Parágrafo único – Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta:

 

  • – a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores de entrada, considerando-se como tais os resultantes do con- senso com os agentes externos ou da imposição destes;

 

  • – uma vez integrado no patrimônio, o bem, direito ou obrigação não poderão ter alterados seus valores intrínsecos, admitindo-se, tão-so- mente, sua decomposição em elementos e/ou sua agregação, parcial ou integral, a outros elementos patrimoniais;

 

  • – o valor original será mantido enquanto o componente permanecer como parte do patrimônio, inclusive quando da saída deste;

 

 

 

 

 

 

 

e-Tec Brasil                    252

Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

  • – os Princípios da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA e do REGISTRO PELO VA-

LOR ORIGINAL são compatíveis entre si e complementares, dado que o primeiro apenas atualiza e mantém atualizado o valor de entrada;

 

  • – o uso da moeda do País na tradução do valor dos componentes pa- trimoniais constitui imperativo de homogeneização quantitativa dos

 

O PRINCÍPIO DA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA

 

Art. 8º Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis através do ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais.

 

Parágrafo único – São resultantes da adoção do Princípio da ATUALIZA- ÇÃO MONETÁRIA:

 

  • – a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa unidade constante em termos do poder aquisitivo;

 

  • – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das tran- sações originais (art. 7º), é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim de que permaneçam substantivamente cor- retos os valores dos componentes patrimoniais e, por consequência, o do patrimônio líquido;

 

  • – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas, tão-

-somente, o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação de indexadores, ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período.

 

O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA

 

Art. 9º As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do re- sultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento.

 

 

 

 

 

 

 

Aula 18 – Os princípios fundamentais da contabilidade                                                  253

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

  • 1º O Princípio da COMPETÊNCIA determina quando as alterações no ativo ou no passivo resultam em aumento ou diminuição no patrimônio líquido, estabelecendo diretrizes para classificação das mutações patrimo- niais, resultantes da observância do Princípio da OPORTUNIDADE.

 

  • 2º O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando corre- latas, é consequência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração.

 

  • 3º As receitas consideram-se realizadas:

 

  • – nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela investidura na propriedade de bens anteriormente pertencentes à ENTIDADE, quer pela fruição de serviços por esta prestados;

 

  • – quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior;

 

  • – pela geração natural de novos ativos independentemente da interven- ção de terceiros;

 

  • – no recebimento efetivo de doações e subvenções.

 

  • 4º Consideram-se incorridas as despesas:

 

  • – quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de sua propriedade para terceiro;

 

  • – pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo; III – pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo. O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA

Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

 

 

 

 

e-Tec Brasil                    254

Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

 

 

Com relação à atualização monetária, pela estabilidade monetária ocorrida após a implantação do Plano Real,

 

 

 

 

Aula 18 – Os princípios fundamentais da contabilidade                                                  255

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

Considerando que a aplicação do Princípio, não está atrelada a qualquer parâmetro em termos de nível inflacionário;

 

Considerando que os padrões internacionais de Contabilidade somente requerem a atualização monetária quando a taxa acumulada de inflação no triênio se aproxima ou exceda a 100%;

 

Considerando que a partir da implantação do Plano Real a economia e a moeda brasileira vem apresentando estabilidade;

 

Resolve:

 

Art. 1º A aplicação do “Princípio da Atualização Monetária” é compulsó- ria quando a inflação acumulada no triênio for de 100% ou mais.

 

Parágrafo único. A inflação acumulada será calculada com base no Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM), apurado mensalmente pela Funda- ção Getúlio Vargas, por sua aceitação geral e reconhecimento por orga- nismos nacionais e internacionais.

 

Art. 2º A aplicação compulsória do “Princípio da Atualização Monetária” deverá ser amplamente divulgada nas notas explicativas às demonstrações contábeis.

 

Art. 3º Quando a taxa inflacionária acumulada no triênio for inferior a 100%, a aplicação do Princípio da Atualização Monetária somente po- derá ocorrer em demonstrações contábeis de natureza complementar às demonstrações de natureza corrente, derivadas da escrituração contábil regular.

 

  • 1º No caso da existência das ditas demonstrações complementares, a atualização deverá ser evidenciada nas respectivas notas explicativas, in- cluindo a indicação da taxa inflacionária empregada.

 

 

 

 

 

Além dos princípios fundamentais da contabilidade, é importante conhecer toda a legislação relativa ao exercício da profissão. Acesse aos sites:

www.cfc.org.br www.crcpr.org.br

  • 2º A Atualização Monetária, neste caso, não originará nenhum registro contábil.

 

Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

 

Fonte: www.cfc.org.br

 

 

 

 

 

e-Tec Brasil                    256

Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A folha de pagamento é um documento de emissão obrigatória para efeito de fiscalização trabalhista e previdenciária. A empresa é obrigada a preparar a folha de pagamento da remuneração paga, devida ou creditada, a todos os empregados que estão a serviço dela.

 

Requisitos mínimos que devem constar em folha de pagamento: nome dos empregados; cargo ou função; valor bruto dos salários; valor dos descon- tos; valor líquido a pagar.

 

O contracheque ou holerite é apenas um resumo entregue ao empregado do que

está registrado na folha de pagamento.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

19.1 Cálculo da Folha de Pagamento

Para qualquer cálculo, é necessário saber o valor do salário que será pago ao empregado e também conhecer a legislação trabalhista (quanto deverá ser descontado de INSS, quanto a empresa pagará de FGTS, se haverá desconto de imposto de renda, se o empregado tem o direito de receber o salário fa- mília, entre outras questões).

 

 

 

 

Aula 19 – Folha de Pagamento                                                                              257

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

 

Tabela de desconto de INSS

Tabela de contribuição mensal – A Portaria Interministerial MPS/MF (Ministé- rio da Previdência e Ministério da Fazenda) nº 350, de 30 de dezembro de 2009, fixou o salário mínimo em R$ 510,00 e apresentou a tabela de des- conto de INSS a partir de 01/01/2010.

 

Tabela de contribuição dos segurados empregado, empregado domés- tico e trabalhador avulso, para pagamento de remuneração a partir de 01/01/2010.
Salário de contribuição (R$) Alíquota para fins de recolhimento ao INSS (%)
até R$ 1.024,97 8,00
de R$ 1.024,98 a R$ 1.708,27 9,00
de R$ 1.708,28 até R$ 3.416,54 11,00

Teto de contribuição = R$ 375,82. Fonte: www.mpas.gov.br

 

 

Salário-Família

Exceto aos domésticos, o salário família é um benefício pago aos segurados empregados e aos trabalhadores avulsos que percebem salário mensal de até R$ 798,30, para auxiliar no sustento dos filhos de até 14 anos de idade ou in- válidos de qualquer idade. (Observação: Os enteados e os tutelados são equi- parados aos filhos, desde que não possuam bens suficientes para o próprio sustento, devendo a dependência econômica de ambos ser comprovada).

 

 

e-Tec Brasil                    258

Contabilidade Básica

 

 

 

 

FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.

As empresas devem depositar 8% dos rendimentos em uma conta vinculada do empregado, junto à Caixa Econômica Federal.

 

IRRF – Imposto de Renda Retido na Fonte para 2010

 

Tabela Progressiva Mensal

(Redação dada pela Lei nº 11.945, de 4 de junho de 2009)

Base de Cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a Deduzir do IR (R$)
Até 1.499,15
De 1.499,16 até 2.246,75 7,5 112,43
De 2.246,76 até 2.995,70 15 280,94
De 2.995,71 até 3.743,19 22,5 505,62
Acima de 3.743,19 27,5 692,78

Dedução por dependente: R$ 150,69 (cento e cinquenta reais e sessenta e nove centavos) Fonte: www.receita.fazenda.gov.br

 

O mais importante será compreender os aspectos da contabilização da folha de pagamento. O profissional deve separar os gastos que são de respon- sabilidade da empresa, os encargos que são descontados do trabalhador e os repassados ao governo. Os gastos de responsabilidade da empresa são despesas que geram obrigação. Os encargos repassados ao governo são descontados dos empregados e, portanto não são gastos, simplesmente é repasse de recursos, sob responsabilidade da empresa.

Anotações

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Aula 19 – Folha de Pagamento                                                                              259

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  • Dados para o cálculo da folha de pagamento

Exemplo de cálculo:

 

José da Silva         Salário de R$ 1.000,00 Antonio da Silva         Salário de R$ 2.500,00

Observação: Eles não têm nenhum adicional. Portanto este salário será à base de cálculo para o INSS e o IRRF.

 

Desconto de INSS

Seguir a tabela de desconto já apresentada (ver no texto) José da Silva = R$ 1.000,00 x 8,0 % = R$ 80,00.

Antonio da Silva = R$ 2.500,00 x 11 % = R$ 275,00.

 

Desconto de IRRF

A base de cálculo sujeita à incidência mensal do imposto de renda na fonte é determinada mediante a dedução das seguintes parcelas do rendimento tributável:

 

  1. As importâncias pagas em dinheiro a título de pensão alimentícia em face das normas do Direito de Família, quando em cumprimento de de- cisão judicial ou acordo homologado judicialmente, inclusive a prestação de alimentos

 

  1. O valor de R$ 150,69 (cento e vinte e seis reais e trinta e seis centavos) por

 

 

 

 

 

 

Aula 20 – Contabilização da folha de pagamento                                                 261

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

 

  1. As contribuições para a Previdência Social da União, dos Estados, do Dis- trito Federal e dos Municípios.

 

Assim, o salário de R$ 1.000,00 do Sr. José da Silva não atinge para pa- gamento do imposto (que é de R$1.499,15). Portanto, ele está isento do recolhimento.

 

Já o Sr. Antonio da Silva tem o salário de R$ 2.500,00. Mas pode deduzir o va- lor que pagou de INSS, então a base de cálculo do imposto será: R$ 2.500,00 (-) R$ 275,00 = R$ 2.225,00. Para calcular o valor a recolher é necessário utilizar a tabela de recolhimento mensal do imposto. Assim, R$ 2.225,00 está enquadrado na alíquota de 7,5%. R$ 2.225,00 x 7,5% = R$ 166,88 (-) R$ 112,47 de parcela a deduzir = R$ 54,41. Valor do IRRF a recolher.

 

Valores na Folha de Pagamento
Nome Salário INSS IRRF Liquido a Receber
José da Silva R$ 1.000,00 R$ (80,00) Isento R$ 920,00
Antonio da Silva R$ 2.500,00 R$ (275,00) R$ (54,41) R$ 2.170,59
TOTAL R$ 3.500,00 R$ (355,00) R$ (54,41) R$ 3.090,59

 

  • Encargos da Empresa

Valor a Recolher ao INSS (parte da empresa)

26,8% – Há uma tabela própria, este é apenas um exemplo. Assim, R$ 3.500,00 x 26,8% = R$ 938,00.

Não há recolhimento da parte da empresa se ela for enquadrada no regime de tributação do Simples Nacional. Este é um benefício fiscal para as mi- croempresas e empresas de pequeno porte enquadradas neste regime de tributação.

 

Valor a Recolher de FGTS

8,0 % – Assim, R$ 3.500,00 x 8,0%= R$ 280,00.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

e-Tec Brasil                    262

Contabilidade Básica

 

 

 

  • Contabilização

Na folha de pagamento há dois tipos de contas: as despesas e as obrigações. Começamos com a contabilização da folha de pagamento, relembrando que as despesas são sempre lançadas no lado esquerdo (débito), e as obrigações, no lado direito (crédito).

 

 

Os razonetes, onde aparece a expressão a Pagar ou a Recolher, são obriga- ções (dívidas) da empresa, e são lançadas no Balanço Patrimonial, no lado do Passivo.

 

Os razonetes da despesa são lançados na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) porque elas diminuem o valor do lucro da empresa.

 

  • Tabela de Incidências

A tabela de incidência apresenta algumas situações e orienta para os cálcu- los dos valores a recolher de FTGS, INSS e IRRF. Sempre que houver dúvida, deverá ser consultada a legislação em vigor para que o cálculo seja realizado corretamente.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Aula 20 – Contabilização da folha de pagamento                                                 263

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

 

EVENTO INSS FGTS IRRF
Abono Pecuniário de Férias – limite legal NÃO NÃO NÃO
Adiantamento 13º Salário NÃO SIM NÃO
Adicional de 1/3 das Férias Gozadas SIM SIM SIM
Adicional de 1/3 do Abono Pecuniário de Férias- limite legal NÃO NÃO SIM
Adicional de 1/3 sobre Férias Indenizadas – rescisão NÃO NÃO SIM
Adicional de Insalubridade SIM SIM SIM
Adicional de Periculosidade SIM SIM SIM
Adicional Noturno SIM SIM SIM
Aviso Prévio Indenizado SIM SIM NÃO
Aviso Prévio Trabalhado SIM SIM SIM
Comissão SIM SIM SIM
Décimo Terceiro Salário – 13º – 1ª Parcela NÃO SIM NÃO
Décimo Terceiro Salário – 13º – 2ª Parcela SIM SIM SIM
Décimo Terceiro Salário – 13º – Rescisão SIM SIM SIM
Décimo Terceiro Salário – 13º Indenizado – Rescisão 1/12 avos em razão do aviso prévio – parcela indenizada NÃO SIM SIM
DSR – Descanso Semanal Remunerado SIM SIM SIM
Faltas Dias DEDUZ DEDUZ DEDUZ
Faltas Horas DEDUZ DEDUZ DEDUZ
Férias Gozadas SIM SIM SIM
Férias Proporcionais Indenizadas – rescisão NÃO NÃO SIM
Férias Vencidas Indenizadas – rescisão NÃO NÃO SIM
Horas Extras SIM SIM SIM
Indenização do Artigo 479 da CLT NÃO NÃO NÃO
Multa por Atraso no Pagamento NÃO NÃO NÃO
Salário SIM SIM SIM
Salário Família NÃO NÃO NÃO

Fonte: www.professortrabalhista.adv.br/tabela_de_incidência.htm

 

 

Para que você entenda melhor a aplicação da tabela de incidência, vamos imaginar a situação do empregado abaixo:

 

Celso Santos Silva

 

  • Salário R$ 650,00 (incide INSS, FGTS – ver tabela de incidência)
  • Salário-família R$ 19,19 (não incide INSS, FGTS – ver tabela de incidência)
  • Horas extras R$ 120,00 (incide INSS, FGTS – ver tabela de incidência)
  • Desconto de falta R$ (20,00) (deduz para cálculo INSS, FGTS – ver tabela)

 

 

 

 

 

 

 

e-Tec Brasil                    264

Contabilidade Básica

 

 

 

 

Base de cálculo do INSS

R$ 650,00 (salário) + R$ 120,00 (horas extras) – R$ 20,00 (desconto de falta)

 

R$ 750,00 x 8% = R$ 60,00, mais os encargos da empresa (conforme tabela própria)

 

Base de cálculo do FGTS

R$ 650,00 (salário) + R$ 120,00 (horas extras) – R$ 20,00 (desconto de falta) R$ 750,00 x 8% = R$ 60,00

Cálculo de uma folha de pagamento:

 

Nome Salário Hora extra Salário-família Dependente para IRRF Desconto de falta
André R$ 1.800,00 R$ 200,00 1 filho 2 pessoas R$ 100,00
Paulo R$ 3.220,00 3 filhos 3 pessoas R$ 320,00
Lucas R$ 520,00 R$ 40,00 2 filhos 3 pessoas R$ 30,00
Ivo R$ 620,00 R$ 100,00 3 filhos 4 pessoas R$ 20,00

 

Cálculos individuais

 

 

 

 

 

 

 

 

Aula 20 – Contabilização da folha de pagamento                                                 265

e-Tec Brasil

 

Ivo Salário R$ 620,00
Hora extra R$ 100,00
Desconto de falta R$ 20,00
Total R$ 700,00

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

 

Folha de Pagamento

 

 

 

Nome

Salário (1) Hora extra (2) Salário-família (3) INSS (4) IRRF (5) Desconto de falta (6) Líquido a Receber
André R$ 1.800,00 R$ 200,00 R$ 209,00 R$ 100,00 R$ 1.691,00
Paulo R$ 3.220,00 R$ 319,00 R$ 47,24 R$ 320,00 R$ 2.533,76
Lucas R$ 520,00 R$ 40,00 R$ 54,48 R$ 46,40 R$ 30,00 R$ 538,08
Ivo R$ 620,00 R$ 100,00 R$ 57,57 R$ 56,00 R$ 20,00 R$ 701,57
Total R$ 6.160,00 R$ 340,00 R$ 112,05 R$ 630,40 R$ 47,24 R$ 470,00 R$ 5.464,41

 

 

 

(4) 630,40 6.160,00 (1) (3) 112,05 630,40 (4)
(5) 47,24 340,00 (2) 1.616,04 (7)
(6) 470,00 112,05 (3)
T 1147,64 6.612,05 T

5.464,41

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

De acordo com o enquadramento, cada empresa possui uma porcentagem de encargos com relação ao INSS. Para o exemplo posto aqui, considera-se 26,8%.

 

  • Desconto de vale-transporte

O vale-transporte foi instituído pela lei federal 7.418/1985, e é obrigatório para as empresas.

 

Veja alguns pontos interessantes da lei que instituiu o vale-transporte.

 

 

 

 

 

Aula 20 – Contabilização da folha de pagamento                                                 267

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

 

Art. 1º – Fica instituído o Vale-Transporte, que o empregador, pessoa física ou

 

  • 1º – Equiparam-se ao trabalhador referido no caput deste artigo, para os benefícios

 

  • 2º – A concessão do Vale-Transporte cessará caso a convenção cole- tiva ou o

 

Art. 2º – O Vale-Transporte destina-se à sua utilização no sistema de transporte coletivo público, urbano, Intermunicipal ou interestadual com características semelhantes

 

Art. 3º – O Vale-Transporte, concedido nas condições e limites defini- dos, nesta Lei, no que se refere à contribuição do empregador:

 

  1. não tem natureza salarial, nem se incorpora à remuneração para quaisquer efeitos;
  2. não constitui base de incidência de contribuição previdência ou de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço;
  3. não se configura como rendimento tributável do

Art. 4º – Sem prejuízo da dedução como despesa operacional, a pessoa jurídica

(…)

((Fonte: www.planalto.gov.br/ccivil/leis/L7418.htm)

 

Do total de gasto com vale-transporte, uma parte será paga pela empre- sa e outra pelos trabalhadores (limite máximo de 6% do salário básico).

 

Cálculo do vale-transporte (VT)
 

Nome

 

Salário Básico (SB)

Gasto com VT no mês Máximo a desconta 6% (S.B.) Descontar empregado Despesa para a empresa
Eva R$ 800,00 R$ 114,00 R$ 48,00 R$ 48,00 R$ 66,00
Eli* R$ 1.500,00 R$ 85,00 R$ 90,00 R$ 85,00
Iara R$ 950,00 R$ 88,00 R$ 57,00 R$ 57,00 R$ 31,00
Total R$ 287,00 R$ 190,00 R$ 97,00

*Observe que para o funcionário Eli, a única vantagem foi receber o vale-transporte antecipadamente, mas ele deverá reem- bolsar o total gasto, não havendo despesa para a empresa. Neste caso, é possível que o funcionário faça uma declaração mencionando não ter interesse na aquisição dos vales. Para todos os demais funcionários é vantagem o recebimento. Eles pagarão apenas parte do gasto com os vales, o restante do valor será custeado pela empresa, tornando-se despesa operacional.

 

 

 

 

 

 

e-Tec Brasil                    268

Contabilidade Básica

 

 

 

 

  • Contabilizando o vale-transporte

 

 

 

 

 

 

 

Solicitação de vale-transporte

O trabalhador, somente ele, poderá informar se tem ou não interesse em receber os vales, através de declaração. Se não for interessante para ele este recebimento (que poderá ter desconto de até 6% do salário básico) deverá preencher uma declaração, semelhante a que está abaixo:

 

 

 

 

 

 

 

Aula 20 – Contabilização da folha de pagamento                                                 269

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

Atividade de aprendizagem

Agora é a sua vez!!!

Faça o cálculo da folha de pagamento e contabilização, conforme abaixo:

 

 

Nome Salário Hora extra Valor do VT concedido* Salário-

-família

Dependente para IRRF Desconto de falta
A R$ 1.000,00 R$ 300,00 R$ 85,00 2 filhos 3 pessoas R$ 120,00
B R$ 4.100,00 1 filho 2 pessoas R$ 220,00
C R$ 700,00 R$ – R$ 90,00 2 filhos 3 pessoas R$ 30,00
D R$ 650,00 R$ 100,00 R$ 70,00 3 filhos 4 pessoas

*Este foi o valor total de vales entregue ao empregado. Você deverá calcular a parte que é descontada em folha do empregado e quanto será despesa para a empresa.

*Considere como encargos da empresa com o INSS, o percentual de 26.8%.

 

A solução está no AVA ambiente virtual de aprendizagem. Faça e confira!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

e-Tec Brasil                    270

Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ÁVILA, Carlos Alberto de. Gestão contábil para contadores e não contadores. Curitiba: Ibpex, 2006.

 

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Princípios fundamentais e normas brasileiras de contabilidade. Brasília: CFC, 2003.

 

FRANCO, Hilário. Estrutura, análise e interpretação de balanços: de acordo com a nova Lei das S.A., Lei n° 6.404, de 15-12-1976. 15. ed. São Paulo: Atlas, 1992.

 

FIPECAFI. Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações: aplicável também às demais sociedades. 3. ed. São Paulo : Atlas, 1993.

 

IUDÍCIBUS, Sérgio de. Análise de Balanços. 7. ed. São Paulo : Atlas, 1998. MATARAZZO, Dante C. Análise Financeira de Balanços. 2. ed. São Paulo : Atlas, 1993.

PADOVEZE, Clóvis Luís. Manual de contabilidade básica: contabilidade introdutória e intermediária. 6 Ed. São Paulo : Atlas, 2008.

 

PEREZ JR, José Hernandez & BEGALLI, GlaucosAntonio. Elaboração das Demonstrações Contábeis. 2. ed. São Paulo : Atlas, 1999.

 

REIS, Arnaldo Carlos de Rezende. Análise de Balanços. São Paulo: Saraiva, 1993. RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Básica Fácil. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 1997.

RIBEIRO, Osni Moura. Estrutura e Análise de Balanços Fácil. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2004.

 

SÁ, Antonio Lopes de. História Geral e das Doutrinas da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 1997.

 

SÁ, Antonio Lopes de. Luca Pacioli – Um mestre do renascimento. 2ª Ed., Brasília: Fundação Brasileira de Contabilidade, 2004. Disponível em www.fbc.org.br/pdf/ lucapacioli.pdf, acesso em 21/08/2010.

 

SCHNORR, Paulo Walter, Et al. Escrituração contábil simplificada para micro e pequena empresa. Brasília: Conselho Federal de Contabilidade, 2008. Disponível em www.cfc.org.br/uparq/Livro_Escrituracao_contabil.pdf, acesso em 26/12/2009.

 

SILVA, Agnaldo. Apostila Introdução à Contabilidade. Disponível em www. facape.br/agnaldo/2602_Introducao_a_Contabilidade.pdf, acesso em 12/01/2010.

 

 

 

 

 

Referências

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e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

 

 

Sites

 

www.cfc.org.br, acesso em 12/01/2010. www.cnb.org.br/CNBV/leis/lei6404_consolidada.htm, acesso em 12/01/2010. www.cpc.org.br/pdf/CPC_04.pdf, acesso em 12/01/2010.

www.juliobattisti.com.br/tutoriais/rodrigosfreitas/conhecendocontabilidade010.asp, acesso em 12/01/2010.

www.mpas.gov.br, acesso em 12/01/2010 www.people.virginia.edu, acesso em 12/01/2010.

www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/L6404consol.htm, acesso em 12/01/2010. www.planalto.gov.br/ccivil/leis/L7418.htm, acesso em 12/01/2010. www.portaldacontabilidade.com.br/tematicas/historia.htm, acesso em 12/01/2010. www.portaldecontabilidade.com.br/guia/planodecontas.htm, acesso em 20/01/2010. www.portaldecontabilidade.com.br/obrigacoes/livrorazao.htm, acesso em 20/01/2010. www.professortrabalhista.adv.br/tabela_de_incidência.htm, acesso em 12/01/2010 www.receita.fazenda.gov.br, acesso em 12/01/2010 www.sesconserragaucha.com.br/curiosidades acesso em 26/12/2009.

www.sesconserragaucha.com.br/curiosidades/piadas.asp acesso em 26/12/2009, acesso em 12/01/2010.

www.tesouro.fazenda.gov.br, Minuta do Manual Técnico de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, 2009, acesso em 26/12/2009.

www.youtube.com/watch?v=qw5wbbPwXTg, História da Contabilidade, acesso em 12/01/2010.

Referência das figuras

 

Figura 1.2 – Retrato de Frei Luca Pacioli, obra de Jacopo De Barbari, 1495. Fonte: http://tipografos.net/historia/lucapacioli.jpg

 

Figura 1.1 – Leonardo Fibonacci.

Fonte: www.alltomvetenskap.se

 

Figura 3.1 – Balança do patrimônio ativo e passivo. Fonte: www.grupokeystone.com.br

 

12.1 Quadro Natureza dos Grupos de Contas.

Fonte: Minuta do Manual Técnico de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – 2009.

 

Figura 19.1 – Herman Hollerith Fonte: www.people.virginia.edu.

 

Figura 19.2 – Cartão perfurado. Fonte: www.people.virginia.edu.

 

 

 

 

 

 

 

 

e-Tec Brasil                    272

Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  1. Na contabilidade, a análise interna é realizada por quais usuários?

 

  1. Bancos e Investidores

 

  1. Empregados

 

  1. Governo

 

  1. Concorrentes

 

  1. Comunidade

 

  1. A contabilidade surgiu com qual finalidade principal de:

 

  1. Controlar as posses e riquezas do ser humano, ou seja, seu patrimônio.

 

  1. Para organizar a documentação que começou a surgir após a descoberta da
  2. Para estabelecer regras de registro

 

  1. Auxiliar a administração e produzir relatórios

 

  1. Para retratar a importância do capitalismo no mundo

 

  1. Assinale a alternativa que não é considerada função da

 

  1. Registrar os fatos

 

  1. Demonstrar ao fisco o cumprimento da legislação tributária.

 

  1. Demonstrar e controlar as mutações

 

  1. Fornecer dados para a tomada de decisões.

 

  1. Planejamento, controle e execução dos bens da

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

273              e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

 

  1. Assinale a alternativa que retrata o aspecto qualitativo dentro da conta-

 

  1. O nome técnico que reflete a quantidade do elemento que representa e seu valor monetário.
  2. O nome técnico que identifica a qualidade do bem que está

 

  1. O nome técnico que identifica o tempo de vida útil do bem

 

  1. O nome técnico que especifica o estado de conservação do bem.

 

  1. Nenhuma das alternativas

 

  1. Assinale a opção que retrata o aspecto quantitativo dentro da conta-

 

  1. O nome técnico que reflete a quantidade do elemento que representa e seu valor monetário.
  2. O nome técnico que identifica a qualidade do bem que está

 

  1. O nome técnico que identifica o tempo de vida útil do bem

 

  1. O nome técnico que especifica o estado de conservação do bem.

 

  1. Nenhuma das alternativas

 

  1. Assinale a alternativa que explica o que vem a ser patrimônio de uma pessoa física ou jurídica.

 

  1. É o conjunto de bens e

 

  1. É o conjunto de bens, direitos e obrigações.

 

  1. É o conjunto de bens tangíveis e intangíveis.

 

  1. É o conjunto de bens e obrigações.

 

  1. É o conjunto de todos os bens, independente de sua classificação.

 

  1. Para classificar um elemento como Ativo na contabilidade ele precisa preencher alguns requisitos. Assinale a alternativa que não é um desses requisitos:

 

 

 

 

 

 

e-Tec Brasil                    274

Contabilidade Básica

 

 

 

 

  1. Ser mensurável

 

  1. Trazer benefícios presentes ou

 

  1. Ser de natureza durável.

 

  1. Ser de propriedade, posse ou controle de longo prazo da empresa.

 

  1. Constituir bem ou direito da

 

  1. As obrigações na contabilidade também são conhecidas como:

 

 

  1. Créditos.

 

 

  1. Exigível.

 

  1. Débitos.

 

  1. O patrimônio líquido é representado no lado do Passivo, com qual fina- lidade?

 

  1. Para que os sócios saibam onde está o registro de seus valores na empresa,

 

  1. Para demonstrar a origem de todos os recursos da

 

  1. Para haver o equilíbrio no balanço

 

  1. Para distinguir dos outros elementos do patrimônio.

 

  1. Nenhuma das alternativas

 

  1. Assinale a alternativa correta com relação a origem de recursos:

 

  1. Representa o local onde os recursos da empresa estão investidos

 

  1. Representa onde a empresa conseguiu os recursos, ou a fonte de recursos

 

  1. Está representada no lado do Ativo da empresa

 

  1. É onde a empresa está empregando seus recursos

 

  1. É composto unicamente pelo capital

 

 

 

 

 

 

Atividades autoinstrutivas                                                                              275

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

  1. Qual alternativa é composta apenas por direitos da empresa?

 

  1. Fornecedores, duplicatas a receber e títulos a

 

  1. Clientes, ICMS a recuperar e empréstimo a sócios.

 

  1. Valores a receber, empréstimo a pagar e FGTS a

 

  1. Empréstimo de sócio, contas a receber e IPI a

 

  1. Nenhuma das

 

  1. Com relação ao Balanço Patrimonial é correto afirmar:

 

  1. O lado do ativo é o lado dos elementos negativos.

 

  1. O lado do passivo é o lado dos elementos

 

  1. O total do ativo é igual ao total do

 

  1. Os bens e direitos estão representados no lado do

 

  1. As obrigações e Patrimônio Líquido estão registrados no lado do

 

  1. As contas de resultado são compostas por:

 

  1. Receitas e

 

  1. Bens e

 

  1. Obrigações e o patrimônio líquido.

 

  1. Resultado do exercício.

 

  1. Lucros ou prejuízos.

 

  1. Assinale a alternativa que apresenta somente elementos de

 

  1. Juros ativos, venda de serviços e desconto

 

  1. Venda de mercadoria, juros passivos e depreciação.

 

  1. Descontos concedidos, venda de

 

  1. Aluguéis ativos, duplicadas a receber e venda de serviços.

 

  1. Nenhuma das

 

 

 

 

e-Tec Brasil                    276

Contabilidade Básica

 

 

 

 

 

  1. Na apuração do resultado do exercício, quando as despesas são maiores do que a receita, a empresa tem:

 

  1. Reserva de lucro

 

  1. Lucro do exercício

 

  1. Prejuízo acumulado

 

  1. Prejuízo do exercício

 

 

  1. O que é situação patrimonial líquida superavitária?

 

  1. É aquela que ocorre quando o conjunto de bens e direitos é menor do que as obrigações.
  2. É aquela que ocorre quando o conjunto de bens e direitos é igual às obri- gações.
  3. É aquela que ocorre quando o conjunto de bens e direitos é maior do que as obrigações.
  4. É também conhecida como situação líquida

 

  1. Nenhuma das

 

  1. Analisando as contas abaixo, responda:

 

Veículos R$ 5.000,00
Móveis R$ 5.000,00
Máquinas R$ 2.000,00
Caixa R$ 3.000,00
Fornecedores R$ 4.000,00
Impostos a Recuperar R$ 300,00
Duplicatas a Pagar R$ 11.000,00
Empréstimo a Pagar R$ 800,00
  1. A situação líquida patrimonial é positiva ou superavitária

 

  1. A situação líquida patrimonial é negativa ou deficitária

 

  1. A situação líquida patrimonial é nula

 

  1. A situação líquida patrimonial não é possível apurar

 

  1. Nenhuma das alternativas

 

 

 

 

Atividades autoinstrutivas                                                                              277

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

  1. Qual das demonstrações abaixo não é obrigatória de acordo com a lei 404/76, alterada pela lei 11.638/07.

 

  1. Balanço

 

  1. Demonstração do Fluxo de

 

  1. Demonstração do Resultado do Exercício.

 

  1. Demonstração das Origens e Aplicações de

 

  1. Demonstração de Lucros ou Prejuízos

 

  1. O que mostra o Balanço Patrimonial?

 

  1. Mostra se no exercício (ano) a empresa obteve lucro ou prejuízo, deta- lhando as receitas e despesas responsáveis por este
  2. Mostra o destino dado ao lucro da empresa no período, ou o motivo do aumento do prejuízo.
  3. Mostra as movimentações ocorridas no caixa, proveniente das atividades operacionais da empresa, de financiamento e de investimento. Indica também a origem e aplicação dos recursos da
  4. Mostra o patrimônio da empresa numa determinada

 

  1. Mostra o número de contas movimentadas durante o exercício social.

 

  1. Atualmente o Passivo é composto por quais contas? Leve em considera- ção a Lei 404/76 e as alterações da lei 11.941/09.

 

  1. Circulante, Exigível a Longo Prazo e Patrimônio Líquido.

 

  1. Circulante, Não Circulante e Patrimônio Líquido.

 

  1. Exigível a Curto Prazo, Exigível a Longo Prazo e Patrimônio Líquido.

 

  1. Obrigações e Patrimônio Líquido.

 

  1. Origem de recursos de terceiros e origem de recursos próprios.

 

  1. O que diferencia um direito ou uma obrigação de curto prazo, de um direito ou obrigação de longo prazo?

 

  1. O tempo de recebimento ou pagamento, sendo considerado de curto prazo o que for recebido ou pago dentro do exercício

 

 

 

e-Tec Brasil                    278

Contabilidade Básica

 

 

 

 

  1. O tempo de recebimento ou pagamento, sendo considerado de curto prazo o que deverá ser recebido ou pago até o final do exercício subse- quente
  2. O número de parcelas negociadas com o cliente ou fornecedor, serão de curto prazo as primeiras 12
  3. A quantidade de negociações realizadas com o cliente ou fornecedor será de curto prazo aquele que tiver negociado poucas vezes com a em- presa
  4. O tempo em que o fornecedor ou cliente está cadastrado na empresa será considerado de curto prazo (o fornecedor ou cliente) aquele que tiver cadastro com menos de um

 

  1. O que são bens intangíveis para a contabilidade?

 

  1. Os bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da compa- nhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decor- rentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses
  2. As participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa.
  3. Os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manu- tenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio
  4. As disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício

 

  1. Os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou

 

  1. O passível exigível é composto por:

 

  1. Passivo circulante

 

  1. Passivo circulante e passível não circulante

 

  1. Passivo circulante, passível não circulante e patrimônio líquido

 

  1. Exigível a curto prazo

 

  1. Capital social, reservas e lucro ou prejuízo do exercício.

 

 

 

Atividades autoinstrutivas                                                                              279

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

  1. O que é grau de liquidez na contabilidade?

 

  1. É a possibilidade de componentes se transformarem ou se realizarem
  2. É o respeito à prioridade de pagamento por exigência de terceiros que tem direito ao
  3. E a disponibilidade que pode ser imediata ou quase

 

  1. É o valor a receber de curto

 

  1. É o conjunto de bens líquidos dentro do

 

  1. Qual das contas abaixo não faz parte do grupo Estoques?

 

  1. Matéria-prima.

 

  1. Produtos em Elaboração.

 

 

  1. Produtos

 

  1. Material de

 

  1. Qual dos subgrupos abaixo, não pertence ao grupo Patrimônio Líquido?

 

  1. Capital

 

  1. Reservas de

 

  1. Ações em

 

  1. Prejuízos

 

  1. Exigível a longo

 

  1. Assinale a alternativa incorreta que discrimina a demonstração do re- sultado do exercício:

 

  1. As despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das recei- tas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas
  2. A receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro

 

 

 

e-Tec Brasil                    280

Contabilidade Básica

 

 

 

 

  1. A receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abati- mentos e os
  2. O valor a receber de clientes e os valores a pagar para fornecedores no período do exercício social
  3. O lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital

 

  1. O que diferencia o Balanço Patrimonial da Demonstração do Resultado do Exercício?

 

  1. No balanço são classificadas as contas de resultado, e na DRE as contas
  2. O balanço mostra a situação econômico-financeira da empresa em um determinado período, e a DRE mostra a eficiência da empresa em suas atividades
  3. No balanço estão os valores positivos, e na DRE estão os valores negati- vos da
  4. Não há relação entre o Balanço e a DRE. As contas são independentes e os valores das contas de uma demonstração não interferem na da
  5. Nenhuma das alternativas está

 

  1. Assinale a alternativa incorreta com relação ao plano de

 

  1. É um conjunto de contas, ordenado segundo as diretrizes legais que orientam os registros contábeis.
  2. É um instrumento de trabalho que permite identificar todas as contas que poderão ser utilizadas pela
  3. Não necessita de flexibilização, uma vez que é possível trabalhar com um modelo, aplicável às empresas com características semelhantes, onde já estarão contempladas todas as contas que a empresa poderá
  4. É elaborado respeitando a necessidade de cumprimento da legislação em vigor e as características da
  5. Não há um número máximo ou mínimo de

 

 

 

 

Atividades autoinstrutivas                                                                              281

e-Tec Brasil

 

 

 

 

 

  1. Conforme o esquema de contabilização aprendido, quando uma conta de ativo está aumentando deve-se fazer um lançamento na conta:

 

  1. A crédito no ativo, pois o ativo aumentando, aumenta o crédito.

 

  1. A débito no ativo, pois aumenta o ativo e a natureza da conta do ativo é
  2. A crédito no passivo, pois aumentando o ativo deve aumentar o passivo para haver igualdade no balanço
  3. A débito no passivo, pois para aumentar o ativo, foi necessário constituir um débito com
  4. Nenhuma das

 

  1. Qual dos elementos abaixo não é obrigatório no registro contábil?

 

  1. O valor da transação.

 

  1. A data da ocorrência da transação.

 

  1. A conta de ser

 

  1. A conta a ser

 

  1. O número de registros anteriores no período.

 

  1. Qual das alternativas apresenta uma formalidade extrínseca dos livros contábeis?

 

  1. Adotar idioma e moeda

 

  1. Possuir clareza e exatidão.

 

  1. Seguir método uniforme de escrituração.

 

  1. Termos de abertura e

 

  1. Utilizar forma e padrão contábil.

 

  1. Com relação aos atos e fatos administrativos, assinale a alternativa

correta:

 

  1. Fatos administrativos modificativos – São aqueles que trocam valores en- tre os elementos do ativo ou passivo, sem alterar o patrimônio líquido.

 

 

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Contabilidade Básica

 

 

 

 

  1. Fatos administrativos permutativos – São aqueles que provocam modifi- cações no Patrimônio Líquido.
  2. Todos os atos administrativos produzem alterações no patrimônio ou no resultado, devendo ser registrados na
  3. Nos fatos permutativos pode haver troca entre os elementos do ativo, passivo e de
  4. Nos fatos modificativos envolvem na maioria das vezes, contas patrimo- niais e de resultado, por modificar o patrimônio líquido.

 

  1. A Conta Custo da Mercadoria Vendida é uma conta de despesa, que vai diminuir o resultado da empresa, por isso é registrada do lado do débi- A contrapartida, ou seja, o lançamento a crédito do CMV deverá ser feito em qual conta?

 

 

 

 

 

  1. Lucro ou Prejuízo

 

  1. Uma conta de receita sempre vai gerar:

 

  1. A saída de dinheiro ou uma dívida.

 

  1. Dinheiro ou um

 

  1. Um custo

 

  1. Um

 

  1. Nenhuma das

 

  1. Balancete de Verificação é:

 

  1. Um balanço patrimonial feito exclusivamente para verificação dos valores lançados.
  2. É uma planilha em que se faz todos os lançamentos a débito e crédito.

 

  1. É o instrumento utilizado para detectar se houve fraude ou omissão de lançamentos.

 

 

 

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  1. É um pequeno balanço utilizado para verificar os saldos das contas antes da realização dos ajustes necessários.
  2. É o documento que substitui o Balanço Patrimonial para fins de auditoria e perícia

 

  1. Qual das alternativas não faz parte do roteiro para elaboração da Apu- ração do Resultado do Exercício?

 

  1. Fazer a apuração dos impostos a recolher ou

 

  1. Elaboração do Balancete de Verificação, extraindo-se os saldos dos razo-
  2. Transferir saldos das contas de despesas e receitas para a conta Resultado do Exercício.
  3. Apurar o saldo da conta resultado do exercício.

 

  1. Transferir o saldo da conta resultado do exercício para a conta patrimo- nial Lucros ou Prejuízos

 

  1. Com relação ao regime de Caixa e de Competência é correto afirmar:

 

  1. No regime de caixa as receitas e despesas são contabilizadas no período em que foram
  2. No regime de competência, as receitas e despesa são contabilizadas no momento da movimentação
  3. Segundo os princípios fundamentais da contabilidade, deve-se usar prin- cipalmente o regime de
  4. O regime de competência não é aceito e recomendado pela legislação do Imposto de
  5. Nenhuma das

 

  1. Assinale a alternativa que retrata o princípio fundamental da Opor-

 

  1. O patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprie- tários, no caso de sociedade ou instituição.
  2. A vida da empresa deve ser considerada quando da classificação e avalia- ção das mutações patrimoniais, quantitativas e

 

 

 

 

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  1. A tempestividade e a integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, determinam que este seja feito de imediato e com a extensão correta, independentemente das causas que as
  2. Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores origi- nais das transações com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do País, que serão mantidos na avaliação das variações patrimo- niais posteriores, inclusive quando configurarem agregações ou decom- posições no interior da
  3. As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se cor- relacionarem, independentemente de recebimento ou

 

  1. A Resolução 900/2001 do CFC, que trata da atualização monetária, apresenta algumas Assinale a alternativa que apresenta uma re- gra que não está na resolução citada:

 

  1. A aplicação do “Princípio da Atualização Monetária” é compulsória quando a inflação acumulada no triênio for de 100% ou
  2. A moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não re- presenta unidade constante em termos do poder
  3. A aplicação compulsória do “Princípio da Atualização Monetária” deverá ser amplamente divulgada nas notas explicativas às demonstrações con- tábeis.
  4. Quando a taxa inflacionária acumulada no triênio for inferior a 100%, a aplicação do Princípio da Atualização Monetária somente poderá ocorrer em demonstrações contábeis de natureza complementar às demonstra- ções de natureza corrente, derivadas da escrituração contábil
  5. A inflação acumulada será calculada com base no Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM), apurado mensalmente pela Fundação Getúlio Var- gas, por sua aceitação geral e reconhecimento por organismos nacionais e

 

  1. Assinale a alternativa que não considera ser requisito mínimo da folha de pagamento:

 

  1. Cargo ou Função.

 

  1. Número do CPF dos

 

 

 

 

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  1. Nome dos

 

  1. Valor bruto dos salários.

 

  1. Valor dos

 

  1. Segundo a tabela de incidências, qual remuneração não é tributada para fins de cálculo do INSS?

 

  1. Adicional de

 

  1. Adicional

 

  1. 1ª parcela do 13º salário.

 

  1. Horas

 

  1. Descanso semanal

 

  1. Qual das alternativas não é uma dedução para a base de cálculo do imposto de renda, na folha de pagamento?

 

  1. As importâncias pagas em dinheiro a título de pensão alimentícia em face das normas do Direito de Família, quando em cumprimento de de- cisão judicial ou acordo homologado judicialmente, inclusive a prestação de alimentos
  2. O valor de R$ 150,69 (cento e vinte e seis reais e trinta e seis centavos) por
  3. As contribuições para a Previdência Social da União, dos Estados, do Dis- trito Federal e dos Municípios.
  4. O desconto de

 

  1. O desconto por ocasião de vales no mês.

 

  1. Com relação ao vale-transporte, assinale a alternativa incorreta:

 

  1. Não tem natureza salarial, nem se incorpora à remuneração para quais- quer
  2. Não constitui base de incidência de contribuição previdenciária ou de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.
  3. Não se configura como rendimento tributável do

 

 

 

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  1. O empregador restitui 6% (seis por cento) do salário básico do trabalha- dor, independente do custo com os vales
  2. Foi instituído pela lei federal 418/1985, é obrigatório para as empresas.

 

  1. Despesas do Exercício Seguinte, é um subgrupo de qual grupo?

 

  1. Ativo Circulante

 

  1. Ativo Não Circulante

 

  1. Passivo Circulante

 

  1. Passivo Não Circulante

 

 

  1. O Exigível a Longo Prazo difere das demais obrigações da empresa, em quê?

 

  1. Em nada, com o passar do tempo as contas do exigível a longo prazo passam para o passivo
  2. No prazo de

 

  1. Apenas na nomenclatura das contas, que são diferentes para não con- fundir com as demais obrigações.
  2. Apenas no valor, pois as dívidas de longo prazo têm valores mais

 

  1. Nenhuma das

 

  1. Assinale a alternativa que identifica as contas que são classificadas nas reservas de

 

  1. As que apresentam os aumentos ou reduções de valores do ativo ou pas- sivo, em função do valor real de
  2. As que apresentam valores emitidos pela empresa, não destinados a au- mento do capital social e que não passaram pelo
  3. As referentes à compra no mercado de ações de suas próprias ações.

 

  1. As contas referentes a valores retidos do lucro, para uma destinação es- pecífica.
  2. As contas que refletem a soma dos valores negativos do resultado que são acumulados em um ou mais exercícios.

 

 

 

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  1. O pai da contabilidade é:

 

  1. Antonio Lopes de Sá.
  2. Carlos Alberto de Ávila.
  3. Ciro Bächtold.
  4. Francesco
  5. Luca

 

  1. A evolução da contabilidade passou por algumas fases. Com base nesta afirmativa, assinale a alternativa cuja fase não foi retratada no material de
  2. Contabilidade do mundo
  3. Contabilidade do mundo científico.
  4. Contabilidade do mundo contemporâneo.
  5. Contabilidade do mundo
  6. Contabilidade do mundo

 

  1. Levando em consideração os lançamentos abaixo, assinale a alternativa que apresenta o resultado do exercício encontrado no período:
  2. Constituição de uma empresa com capital social de R$ 000,00 em dinheiro.
  3. Compra de mercadoria para revenda por R$ 7.000,00 pagando R$ 000,00 à vista.
  • Venda de mercadoria no valor de R$ 8.000,00, recebendo R$ 3.000,00 à
  1. Despesas do mês: Água R$ 50,00 b) Luz R$ 70,00 c) Material Expediente R$ 40,00 d) Salário R$ 500,00 e) O Estoque final apurado no final do período foi de R$ 2.000,00.
    1. Lucro de R$ 340,00.
    2. Prejuízo de R$ 340,00.
    3. Lucro de R$ 000,00.
    4. Prejuízo de R$ 000,00.
    5. Nenhuma das

 

 

 

 

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Ciro Bachtold

 

É mestrando em Gestão Urbana (PUC/PR); especialista em Administração Pú- blica pelo Complexo de Ensino Superior do Brasil (UNIBRASIL); pós-graduado em Contabilidade e Finanças pela Universidade Federal do Paraná (UFPR); bacharel em Ciências Contábeis pela Faculdade Católica de Administração e Economia (UNIFAE); técnico em Administração de Empresas pelo Colégio Estadual Campos Sales.

 

Atuou 18 anos como servidor público municipal em Campina Grande do Sul/ PR, ocupando cargos de secretário municipal, diretor de tributação, conta- dor, fiscal de tributos, oficial, assistente e auxiliar de administração.

 

Atualmente é (1) diretor do campus avançado do Instituto Federal do Paraná em Campo Largo/PR. (2) professor de Contabilidade do IFPR; representante do IFPR no conselho superior; (4) coordenador do curso superior de tecnolo- gia em Gestão Pública e do curso de especialização em Gestão Pública, e (5) vice-coordenador do curso técnico em Contabilidade, no ensino presencial.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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