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Atualidades do Mercado Financeiro

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Atualidades do Mercado Financeiro– Edital BB (2021)

 

1 – Os bancos na Era Digital: atualidade, tendências e desafios.
2 – Internet Banking.
3 – Mobile Banking.
4 – Open Banking.
5 – Novos Modelos de negócios.
6 – Fintechs, startups e big techs.
7 – Sistemas de bancos-sombra (Shadow banking).
8 – Funções da moeda.
9 – O dinheiro na era digital: blockchain, bitcoin e demais criptomoedas.
10 – Marketplace.
11 – Correspondentes bancários.
12 – Arranjos de pagamentos.
13 – Sistemas de pagamentos instantâneos (PIX).
14 – Segmentação e interações digitais.
15 – Transformação digital no Sistema Financeiro.

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1945

Criação da Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC)

1962

Início da era da automação bancária no Brasil, com a aquisição dos primeiros computadores pelos bancos

1964

Lei 4.595/64 estabelece novas regras para o mercado bancário, criando o Conselho Monetário Nacional (CMN) e

o Banco Central do Brasil (BACEN)

1967

Fundação da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN)

 

 

 

 

 

 

 

 

1983

Criação da Compensação Nacional e instalação do primeiro caixa eletrônico e da primeira Unidade de Resposta Audível (URA) do Brasil.

1979

O Banco Central e a ANDIMA criam o Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC), substituindo títulos físicos por lançamentos eletrônicos.

1975

A padronização chega aos boletos de cobrança, aumentando a eficiência do processamento e permitindo pagamento em qualquer agência bancária.

1971

A FEBRABAN cria o Centro Nacional de Automação Bancária (CNAB), para apoiar os esforços tecnológicos do setor.

 

 

 

 

 

1988

CMN altera a regulamentação do setor bancário, permitindo a operação de bancos Múltiplos.

1992

Surgimento do Débito Automático para algumas contas (água, luz, gás e telefone) e o sistema de pagamentos de aposentados e pensionistas por meio de cartão magnético.

1994

Itamar lança o Plano Real.

Bancos ajustam-se à estabilidade da moeda. O Bacen passa a enquadrar os bancos brasileiros nas regras da Basileia.

1996

Lançamento do primeiro serviço de Internet Banking do Brasil. Criação do COPOM.

 

 

 

2002

O SPB entra em operação, processando inicialmente TEDs com limite mínimo de R$ 5 milhões.

2001

Criação do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e da Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP).

2000

Lançamento do primeiro serviço de mobile banking do Brasil.

1999

Criação da Figura de correspondente bancário e da Cédula de Crédito Bancário (CCB).

 

 

 

2009

Implantação do Débito Direto Autorizado (DDA), sistema eletrônico que utiliza

2010

Quebra da exclusividade das bandeiras de cartão de crédito.

2011

A compensação por imagem substitui em todo o território nacional a compensação

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Pagamento via NFC – Near Field Communication – pagamento por aproximação, que dependendo do valor da compra nem precisa de senha.

2013

A Lei 12.865/13 democratizou o acesso dos brasileiros a diversos serviços, viabilizando a inclusão financeira no país.

Mesmo sem conta corrente, pessoas podem fazer pagamentos e transferências por meio de outras empresas, fazendo uso dos seus telefones celulares.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2020

Lançamento oficial do PIX – pagamento instantâneo – com funcionamento 24 horas por dia e sete dias por semana.

2021

Open Banking. É um conjunto de regras sobre o uso e compartilhamento de dados e informações financeiras entre instituições.

Outras inovações Inteligência artificial, bigdata, a internet das coisas, computação em nuvens, robótica, cibersegurança, biometria,

Webchat, chatbot (BIA), startups, fintechs, bitgtechs, innovation labs, coworking etc.

 

 

A Era Digital afeta:

 

  • Modo de viver
  • Cultura
  • Sociedade
  • Modo de Interagir

 

 

Consumidor Digital: Papel Central na Era da Informação, obtendo o poder em suas próprias mãos.

 

Canais Tradicionais:

 

  1. agências bancárias com ponto fixo e de livre acesso dos clientes e usuários;
  2. máquinas de autoatendimento (ATM – Automated Teller Machine);
  3. centrais de atendimento telefônico (contact centers); e
  4. correspondentes bancários (empresas terceirizadas, vinculadas ao comércio que por meio de convênio, prestam serviços bancários).

 

Canais Digitais:

 

  1. smartphones ou tablets, nominados de mobile banking;
  2. computador pessoal, nominado de internet banking;
  3. POS (Points of Sale) estão distribuídos nos mais diversos negócios e são popularmente chamados de “maquininha” de débito e crédito.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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O que é o Open Banking?

 

É um conceito que prevê a abertura de informações financeiras de um cliente a outros prestadores de serviço autorizados por ele. Sua

premissa básica é a de que os dados pertencem aos clientes, e não às instituições financeiras.

 

É considerado uma Tecnologia disruptiva?

 

Sim. Tecnologia disruptiva ou inovação disruptiva é um termo que descreve a inovação tecnológica, produto, ou serviço, com características

“disruptivas”, que provocam uma ruptura com os padrões, modelos ou tecnologias já estabelecidos no mercado.

 

Como é o Escopo do Open Banking no Brasil?

 

  • Informações de produtos e serviços das instituições reguladas;
  • Dados cadastrais e transacionais dos clientes (conta, crédito e investimentos);
  • Serviços de pagamentos (pagamentos instantâneos, TED/DOC e boletos).

 

Vantagens:

 

  • Instituições passam a ter maior capacidade de análise;
  • Possibilidade de parcerias com diferentes empresas, como as fintechs;
  • Novos modelos de negócios;
  • Aprimoramento do relacionamento com investidores;
  • Desenvolvimento de produtos de forma mais ágil e adequados às demandas dos

 

 

Fases Descrição do Serviço
 

1ª FASE: 01/fevereiro

 

Compartilhamento de produtos, serviços e taxas entre as instituições financeiras.

 

2ª FASE: 13/agosto

 

Instituições Financeiras passam a compartilhar dados cadastrais de clientes.

 

3ª FASE: 29/outubro

Início dos serviços de transação de pagamento e compartilhamento do histórico de

informações financeiras dos clientes.

 

4ª FASE: 15/dezembro

Possibilidade de compartilhar dados referentes a operações de câmbio, serviços de credenciamento, constas de depósito a prazo e outros produtos de investimentos, seguros, previdência aberta etc.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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ASSINATURA

O principal objetivo é obter ganhos recorrentes. Propõe-se ao cliente um módulo de plano no qual ele se compromete a pagar mensalidades,

ou no pagamento de uma única parcela. Exemplos: Netflix, Amazon e Globoplay.

 

MARKETPLACE

Venda de produtos online (e-commerce). É um modelo de negócio pelo qual uma empresa de reputação cede espaço para outros comerciantes venderem seus produtos em seu site. É como se uma grande loja alugasse espaços dentro de seu salão, e em contrapartida, os locatários seguem um padrão de atendimento e repassar um percentual do que é vendido. A principal vantagem para o pequeno comerciante é alcançar uma enorme quantidade de consumidores. A desvantagem é conseguir propagar a sua própria marca. Exemplos: Mercado Livre e Lojas Americanas.

 

FRANQUIA

Consiste na relação de franqueador e franqueado, sendo que o primeiro cede o direito do uso de sua marca, como também toda orientação para implantação da empresa. O franqueado se compromete a pagar um valor fixo, que será estipulado no contrato. Contudo, não deve caracterizar vínculo empregatício.

 

ECONOMIA COLABORATIVA

Caracterizada pelo compartilhamento de objetos e serviços. Ceder um espaço na casa, ou um dos assentos do carro, são algumas das formas

de como funciona a economia de rede (outra denominação). Exemplos: Airbnb, Uber e Coworking.

 

MODELO CENTRALIZADO

Até a década de 90, a fórmula do sucesso das empresas eram os modelos centralizados. As empresas com esse modelo eram sinônimo de prosperidade. As empresas centralizadas são caracterizadas pelos grandes conglomerados. Neles, o poder é absolutamente centralizado, todo o direcionamento estratégico e tático é determinado pelos poucos membros da direção. Travados pelas diretrizes, pelo orçamento, pela alocação de recursos e pela cultura, tudo acontece conforme o plano definido pelo topo da pirâmide.

 

 

MODELO DISTRIBUIDO

Com o início da digitalização do mundo nos anos 2000, as empresas perceberam a necessidade de ter maior agilidade no processo de decisão e maior velocidade de resposta e adaptação. Diversas empresas começaram a distribuir seus negócios em unidades menores, com maior autonomia e de certa forma independentes. Formados por empresas independentes, atuando em posicionamentos diferentes e com alguma coordenação estratégica central, mas com baixíssima sinergia entre elas.

 

 

 

MODELO COMPARTILHADO

Um bom exemplo desse modelo é o Google. Formado por empresas independentes e especializadas e com alta sinergia, o negócio do Google de Busca conversa e interage com o seu negócio de Mapas, que interage com seu negócio de Vídeo, etc.

 

MODELO FREEMIUM

Freemium é um modelo de negócio baseado na criação e disponibilização de um produto ou serviço gratuito, porém, conforme o usuário avança em sua jornada de consumo ou o objeto da relação não supre mais a demanda adequadamente, a empresa disponibiliza uma opção paga que conta com funcionalidades extras ou recursos mais avançados. O principal objetivo foi mostrar, aos poucos, os benefícios de contar com a opção paga para conquistar os clientes em longo prazo, ou seja, qualquer pessoa que se interessasse poderia usar o produto ou serviço sem gastar um único centavo, entretanto, apenas quem assinasse algum plano pago teria acesso completo aos recursos mais avançados do objeto da relação. Ex: Spotify e Dropbox.

 

MODELO ON DEMAND

Esse modelo de negócio é muito comum de ser adotado entre software houses, que se dedica a desenvolver soluções de acordo com a demanda dos clientes. É um produto personalizado. O objetivo é permitir que os compradores montem o seu próprio produto ou pacote de serviços, cabendo à empresa achar a solução adequada para o problema com um preço justo. Exemplo de empresas que cresceram exponencialmente com esse modelo são a Oracle e a SAP

MODELO DE ECOSSISTEMA

Os ecossistemas são formados por diversas empresas absolutamente independentes e especializadas nas suas atividades. Dispõem de fortes lideranças, com ampla autonomia para liderar seus negócios. A fortaleza do modelo vem através de um agente central coordenando estrategicamente esse ecossistema e da forte interconexão e sinergia dessas empresas. Na verdade, o principal diferencial competitivo delas é exatamente a união e combinação de competências. Isso gera um alto poder de inovação e disrupção nos setores em que atuam. São organizações sem fronteiras, que buscam ativamente atuar em diversos segmentos da economia para combinar competências nunca antes combinadas, gerando assim a inovação.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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  • Usam tecnologia de forma INTENSIVA;
  • Oferecem produtos na área de serviços financeiros de forma inovadora;
  • Focada na experiência e necessidade do usuário.
  • São tecnologias

 

  • Marco Regulatório dos Pagamentos Eletrônicos (Lei 865/13)

 

 

 

Fintechs são organizações em formato de startups empresas emergentes que tem como objetivo principal desenvolver ou aprimorar um modelo de negócio: escalável, disruptivo e repetível – no mercado financeiro. As fintechs, na medida em que inovam os serviços financeiros, promovem um abalo no domínio das grandes corporações financeiras, que são obrigadas a reagir com novas soluções de serviços, ou, também, adquirir as fintechs concorrentes ou buscar parcerias com elas.

 

As Bigtechs como Facebook, Amazon, Google, entre outras, dominam grande conjunto de informações e dados dos clientes no mundo contemporâneo. Por exemplo, o WhatsApp, do Facebook, abarca sob seu domínio 120 milhões de usuários no País.

 

Investimento próprio (Bootstrapping):

 

Investimento do próprio empreendedor na sua ideia. Nesse tipo de financiamento, o empreendedor tira dinheiro da poupança, usa seus recursos próprios ou faz empréstimos pessoais para lançar o seu negócio. Além da verba financeira, uma das formas de bootstrapping mais comum é a em que o(s) empreendedor(es) investem o tempo e o(s) conhecimento(s) que eles possuem para tracionar o negócio e tentar obter o capital necessário a partir de editais, investidores ou naturalmente pelas vendas da empresa.

 

Investimento Anjo:

 

É o investimento efetuado por pessoas físicas com seu capital próprio* em empresas nascentes com alto potencial de crescimento apresentando as seguintes características:

.

  • É efetuado por profissionais (empresários, executivos e profissionais liberais) experientes, que agregam valor para o empreendedor com seus conhecimentos

(know-how), experiência e rede de relacionamentos além dos recursos financeiros, por isto é conhecido como smart-money.

  • Tem normalmente uma participação minoritária no negócio.
  • Não tem posição executiva na empresa, mas apoiam o empreendedor, atuando como um mentor/conselheiro.

 

O Investimento com recursos de terceiros é chamado “gestão de recursos”. É efetivado por fundos de investimento e similares, sendo uma modalidade importante e complementar a de Investimento-Anjo, normalmente aplicado em aportes subsequentes.

 

  • O Investidor-Anjo é normalmente um (ex-)empresário/empreendedor ou executivo que trilhou uma carreira de sucesso, acumulando recursos suficientes

para alocar uma parte para investir em novas empresas, bem como aplicar sua experiência apoiando a empresa.

  • O investimento-anjo não é uma atividade filantrópica e/ou com fins puramente sociais. O Investidor-Anjo tem como objetivo aplicar em negócios com alto potencial de retorno, que consequentemente terão um grande impacto positivo para a sociedade através da geração de oportunidades de trabalho e de

 

 

  • promover a inclusão financeira;
  • desenvolvimento local ou regional e a democratização dos serviços;
  • descentralização dos serviços;
  • fornecimento de educação financeira; e
  • da criação de alternativas ao capitalismo financeiro, entre

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Sistema bancário paralelo ou Bancos-sombra (Shadow banking) é um sistema financeiro informal, não regulamentado que fornece uma importante fonte de crédito para aqueles que não têm acesso ao financiamento regular, ou que não se qualificam para empréstimos em bancos regulares.

 

Bancos-sombra    são    definidos   como    intermediários                              financeiros          que       realizam                              funções               de         banco                              “sem acesso

à liquidez do banco central ou garantias de crédito do setor público.“

 

Este mercado também prospera no ambiente financeiro de baixas taxas de juros nos grandes países industrializados, que

leva os investidores a buscar rendimentos mais elevados.

intermediários não-regulamentados que podem fazer parte do shadow banking estão os:

 

  • Bancos de investimento;
  • Fundos de hedge;
  • Operações com derivativos e títulos securitizados;
  • Fundos do mercado monetário;
  • Companhias de seguros;
  • Fundos de capital privado;
  • Fundos de direitos creditórios;
  • Factorings e fomentadoras mercantis;
  • Empréstimos descentralizados (peer-to-peer lending).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Críticas e riscos envolvidos no shadow banking

 

O setor bancário paralelo desempenha um papel crítico ao atender crescente demanda por crédito no mercado global. Porém, embora muitos argumentam que a atuação desse sistema bancário paralelo pode aumentar a eficiência econômica, sua operação gera preocupações quanto ao risco sistêmico de sistema financeiro.

 

Muitos acreditam, por exemplo, que o shadow banking foi o principal responsável pela crise de 2008 – a maior recessão econômica desde a Grande Depressão dos anos 1930.

 

Isso se deve porque, na véspera da crise de 2008, o sistema financeiro paralelo nos Estados Unidos tinha crescido aproximadamente o mesmo tamanho do sistema bancário tradicional do país. Por   isso,   quando   os   junk bonds imobiliários criados pelo shadow banking começaram a derreter, os investidores correram para tentar resgatar seu capital.

 

Mas como todas essas operações estavam completamente alavancadas (ou seja, sem nenhum lastro ou garantia real), não haviam fundos para honrar nenhum compromisso. Logo, esse problema se alastrou por todo o mercado financeiro, desencadeando todo o restante da crise e afetando profundamente a economia mundial.

 

 

Regulação e limitações propostas ao shadow banking

 

Após a crise de 2008, as autoridades do mundo inteiro se empenharam para aprovar uma série de medidas que regulasse e limitasse a operação do shadow banking. Porém, apesar das reformas, principalmente aquelas aprovadas pelo Congresso americano, essas instituições ainda não estão sujeitas aos mesmos regulamentos que os bancos depositários tradicionais.

 

Isso significa que o shadow banking ainda permanece ativo e altamente alavancado, com uma alta proporção de dívida em relação aos seus ativos de garantia. Por isso, muitos acreditam que o esse sistema ainda pode estar expondo os mercados financeiros de todo mundo a um risco sistêmico excessivo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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A moeda é um objeto que desempenha três funções:

 

Meio de Troca

É consequência natural da evolução econômica e social a passagem das trocas diretas para as indiretas. Escolhe-se uma mercadoria de aceitação geral que passa a ser utilizada para liquidar as transações realizadas. Essa mercadoria transforma-se em moeda, isto é, no ativo que pode ser usado nas transações econômicas. A introdução de um intermediário nas trocas permite sua dissociação em duas operações: uma venda, em que se entrega a mercadoria contra o recebimento da moeda, e uma compra, em que se entrega moeda para o recebimento de uma mercadoria. Com isso, elimina-se a necessidade da dupla coincidência de desejos da troca direta.

 

Unidade de conta

A moeda desempenha a função de denominador comum de valor ou unidade de conta, isso é, fornece o padrão para que as demais mercadorias expressem seus valores. Ela desempenha a função de ser a expressão geral do valor, isto é, fornece o “referencial” para que as demais mercadorias cotem seus valores.

 

Reserva de Valor

Essa terceira função é uma necessidade decorrente de sua primeira função – meio de troca. A separação entre os atos de compra e de venda em termos individuais permite a separação temporal, isto é, o indivíduo ao vender não precisa comprar imediatamente outra mercadoria. Para que o indivíduo possa escolher o momento de realizar (utilizar) o poder de compra adquirido ao vender sua mercadoria, este deve manter seu valor ao longo do tempo, isto é, a moeda deve, ao menos durante certo intervalo de tempo, ser reserva de valor. Como a moeda é reserva de valor e unidade de contam, abrimos, inclusive, a possibilidade de que as transações não sejam liquidadas imediatamente contra a entrega da moeda; a mercadoria pode circular com uma promessa futura de pagamento. Esta possibilidade de diferir o pagamento, a liquidação no tempo, é a origem do sistema de crédito.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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As primeiras experiências de uma moeda digital surgiram no final da década de 1980.

 

  • Ecash: primeira tentativa de criação de um dinheiro digital, criada em 1983 pelo criptógrafo americano David Chaum. É reconhecido como o projeto que deu as bases para o

 

  • DigiCash: foi lançado em 1989. Centralizado, usou um sistema de chaves criptografadas com algumas semelhanças ao sistema usado pelo bitcoin

 

  • Hashcash: de 1997, foi inicialmente concebido como uma forma de limitar o recebimento de spam, forçando o remetente a resolver um enigma computacional. A ideia não foi para a frente, nem como um mecanismo de proteção a spam nem como instrumento financeiro. Porém, serviu de base para a lógica de Prova de Trabalho – Proof of Work (POW) – na mineração do Bitcoin: para criarem novos Bitcoins, os mineradores precisam resolver

 

  • B-money: de 1998, explorava uma forma de criar uma moeda anônima, dentro de um sistema distribuído, no qual o dinheiro era criado

pela resolução de enigmas similares ao proposto pelo Hashcash.

 

  • BitGold: também de 1998, desenhou um algoritmo baseado em resolução de enigmas (POW) que ajudou a criar o modelo de consenso existente na blockchain do Bitcoin, em que os usuários da rede precisam aprovar as transações.

 

  • PayPal: de 1998, é um primeiro caso de disrupção do meio de pagamento mundial. O PayPal, em si, não é uma moeda, mas foi a primeira plataforma a possibilitar transações financeiras ao redor do mundo em qualquer moeda.

 

  • Proofs of Work reusáveis (RPOW): de 2004, foi uma tentativa de transformar Proofs of Work em tokens intercambiáveis. O criador dessa ideia, Hal Finney, foi o primeiro usuário conhecido a receber um

 

Um artigo publicado no dia 18 de agosto de 2008 por Satoshi Nakamoto intitulado: “Bitcoin: A Peer-to-Peer Electronic Cash

System [Bitcoin: um sistema de dinheiro eletrônico peer-to-peer], criou as bases para o surgimento do Bitcoin, uma moeda:

 

  1. Digital;
  2. Neutra;
  3. Independente;
  4. Criptografada – garante a privacidade, elemento fundamental para que o dinheiro seja livre de verdade;
  5. Baseada na tecnologia conhecida como

 

Como funciona o Blockchain?

 

A blockchain é uma espécie de “livro-razão”: ela registra todos os movimentos da transação, como a quantia, quem enviou, quem recebeu e o lugar onde fica registrada a movimentação dentro deste livro. Quando uma transação ocorre em uma blockchain, ela é agrupada em um “bloco” criptografado com outras transações que ocorreram no mesmo período de tempo – cada bloco contém uma espécie de carimbo com a data e o horário da transação. O bloco é então transmitido para a rede. A rede blockchain é composta por nós (nodes), que são participantes que validam e retransmitem informações de transação. Essa participação é voluntária e o benefício é o de garantir a integridade da rede. É a mesma lógica do Torrent, programa usado para baixar filmes, músicas e jogos. Quando uma pessoa baixa um arquivo, você “puxa” o arquivo de outra pessoa (outro nó da rede). Depois de baixado, você também se torna apto a compartilhar e distribuir o arquivo, tornando-se também, um novo nó.

 

 

 

Rede centralizada                                                                                     Rede distribuída

 

 

Ela permite retirar os intermediários da transação sem comprometer a confiança e a segurança entre as partes interessadas. A blockchain não vale somente para dinheiro – transações financeiras ou monetárias – mas também com documentos variados, como contratos, dados médicos, registros pessoais, identificações ou qualquer outro tipo de informação que necessite ser armazenada com segurança.

 

Você pode transformar seu documento de papel em um arquivo digital – chamado de token. A partir do momento que você tiver o token “em mãos”, você poderá enviá-lo para determinado estabelecimento autenticar e dar prosseguimento à sua documentação. O Token não é uma cópia do documento, ele é o documento em si.

 

O quê é um Token?

 

Tokenização: um token é a representação digital de algo, pode ser a própria criptomoeda ou um documento – tem sido um movimento

importante dos bancos tradicionais, que conseguem criar ativos globalmente negociáveis.

 

Quais as principais características de uma Blockchain?

 

  • Mais que 50% dos participantes precisam concordar e sincronizar a cadeia de blocos para que as informação armazenadas sejam validadas;
  • Praticamente impossível alterar a informação gravada;
  • Cada novo bloco faz referência ao anterior, e, a cada nova entrada de ados, o último elo é
  • Utiliza criptografia em todas suas ligações, o que assegura que informações sigilosas possam ser armazenadas sem que nenhum ponto da

rede tenha acesso ao conteúdo, que só se torna visível para quem possui a devida autorização.

 

Como a informação é guardada?

 

A mesma informação é processada e armazenada em inúmeros computadores ao redor do mundo. E para alterar qualquer informação armazenada, seria necessário alterar e sincronizar a informação entre todos os pontos da rede. O sistema de consenso é o que garante a segurança da rede e a imutabilidade das informações.

 

Qual a vantagem da tecnologia do Blockchain?

 

  • Quando se trata do dinheiro, o blockchain permite que haja transferência internacionais em cerca de duas horas;
  • Agilidade na prestação de serviços e oferta de produtos;
  • Produtos mais baratos e menos burocráticos.

 

O que é Bitcoin?

 

O Bitcoin foi a primeira criptomoeda do mundo. Criado em 2008, por um usuário ou grupo de usuários de forma anônima e voluntária que atende sob o pseudônimo de Satoshi Nakamoto, mas que entrou em funcionamento somente em 03 de janeiro de 2009.

 

Cada usuário do sistema do Bitcoin possui um par de chaves criptografadas pública e privada. As chaves públicas servem como endereço da conta. A chave privada dá acesso à moeda. A maior parte das carteiras, tanto de aplicativos quanto em carteiras físicas, convertem a chave privada em uma sequência de doze a 24 palavras que funcionam como um backup. São as chamadas “palavras-semente”. Se você perder o código, perdeu o Bitcoin.

 

Ex: se eu quiser enviar Bitcoin para um terceiro, eu irei enviar para a chave pública desse terceiro. Mas para o terceiro receber os meus Bitcoins, ele precisará usar sua chave privada.

 

As transações são validadas e adicionadas à blockchain através de um processo chamado “mineração”, que também é o método pelo qual novos bitcoins são criados. O limite de Bitcoins é de cerca de 21 milhões. Até 2019, 18 milhões já foram emitidos.

 

 

Como se compra bitcoin?

 

Você pode aceitar Bitcoins como forma de pagamento por produtos ou serviços, ou então compra-lo em corretoras (exchanges) usando moedas correntes nacionais, ou também usando outras moedas digitais, como o Ether (ETH) e Litecoin (LTC), etc. Uma terceira forma seria através da mineração.

 

Observações:

 

  • Não deixe seu bitcoin na corretora, pois estas empresas não são custodiantes nem são responsáveis caso venham a ser
  • Depois de adquirir seus Bitcoins, faça o saque para sua carteira e guarde-os em segurança na sua
  • Pagamentos com Bitcoin são irreversíveis.
  • Bitcoin é “semianônimo”: o valor das transações feitas são públicas, porém a identidade do usuário é

 

O que é uma carteira ou Wallet?

 

Pode ser um aplicativo de celular, um pedaço de papel, um programa no computador ou até um hardware, semelhante a um pen-drive.

 

Carteiras On-line. Possuem acesso à internet pelo dispositivo onde estão instaladas e são mais práticas para quem quer movimentar e usar suas criptomoedas com mais frequência. Geralmente são aplicativos no celular ou programas no computador e são mais aconselháveis para a manutenção de saldos menores. Também possuem backup das chaves privadas.

 

 

 

 

 

 

 

CRIPTOMOEDAS CAPITALIZAÇÃO DE MERCADO
1.        Bitcoin (BTC)

2.        Ethereum (ETH)

3.        Cardano (ADA)

4.        Binance Coin (BNB)

5.        Tether (USDT)

6.        XRP (XRP)

7.        Dogecoin (DOGE)

8.        USD Coin (USDC)

9.        Polkadot (DOT)

10.   Solana (SOL)

11.   Uniswap (UNI)

12.   Binance USD (BUSD)

13.   Bitcoin Cash (BCH)

14.   Litecoin (LTC)

15.   Chainlink (Link

$875,392,147,463

$362,807,887,160

$81,038,081,195

$80,153,841,373

$65,527,814,747

$50,010,272,677

$34,779,795,704

$26,987,838,370

$23,456,632,952

$22,086,290,124

$15,515,459,597

$12,178,456,152

$11,488,511,450

$11,160,742,541

$10,856,651,277

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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De acordo com Vazquez (2018), os correspondentes bancários consistem em parcerias estabelecidas entre as Instituições Financeiras e empresas do setor do comércio, sobretudo varejista, assim como dos Correios, lotéricas, cartórios etc. Estas empresas comercializam produtos e serviços bancários e execução operações transacionais, sem a intermediação direta de um trabalhador bancário. Esse fenômeno, segunda a autora, já está consolidado no país e apresentou significativo crescimento desde o ano 2000. A definição de correspondentes bancários segundo resoluções do CMN (Conselho Monetário Nacional) é a atividade de execução de serviços acessórios às atividades dos bancos, por meio de empresas não-bancárias que são empregadas para este fim.

 

Vantagem:

  • O Banco consegue tirar os “não-clientes” das agências que avolumam filas dos caixas;
  • Inclusão financeira (argumento dos bancos);
  • Aumenta a capacidade de alcance dos

 

Desvantagem:

  • O correspondente bancário não possui as mesmas condições de trabalho de um bancário;
  • Não possui a mesma remuneração.

 

Estabeleceu:

 

  1. maior flexibilidade no rol dos serviços;
  2. autorização para a realização de atividades de câmbio de até U$$ 3 mil ou valor equivalente em outras moedas;
  3. contratação de instituição cujo controle societário fosse exercido pela instituição contratante (ou seja, a própria instituição contratante é seu correspondente

bancário).

 

De tal resolução, tem-se, no seu art. 8º a configuração atual dos correspondentes:

 

“Art. 8º    O contrato de correspondente pode ter por objeto as seguintes atividades de atendimento, visando ao fornecimento de produtos e serviços de

responsabilidade da instituição contratante a seus clientes e usuários”:

 

  1. recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósitos à vista, a prazo e de poupança mantidas pela instituição contratante;
  2. realização de     recebimentos,     pagamentos e transferências                        eletrônicas                     visando   à   movimentação          de                        contas   de depósitos   de                        titularidade                     de

clientes mantidas pela instituição contratante;

  • recebimentos e    pagamentos    de    qualquer        natureza,                                  e    outras                atividades               decorrentes                                  da  execução          de    contratos       e                                  convênios                de prestação de serviços mantidos pela instituição contratante com terceiros;
  1. execução ativa e passiva de ordens de pagamento cursadas por intermédio da instituição contratante por solicitação de clientes e usuários;
  2. recepção e encaminhamento de propostas referentes a operações de crédito e de arrendamento mercantil de concessão da instituição contratante;
  3. recebimentos e pagamentos relacionados a letras de câmbio de aceite da instituição contratante;
  • execução de    serviços    de    cobrança extrajudicial, relativa a créditos de titularidade da instituição contratante ou                     de seus clientes; (Revogado pela

Resolução nº 3.959, de 31/3/2011.)

  • recepção e encaminhamento de propostas de fornecimento de cartões de crédito de responsabilidade da instituição contratante; e
  1. realização de operações de câmbio de responsabilidade da instituição contratante, observado o disposto no 9º.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Arranjos de pagamentos são um conjunto de procedimentos e regras que determina como uma transação de pagamento eletrônico ou transferência deve acontecer, seja em moeda nacional ou estrangeira.

 

Essas regras são determinadas pelas empresas responsáveis por esses arranjos que, por sua vez, são definidas pelo Banco Central por meio de seus normativos e nomeadas como Instituidores de Arranjo de Pagamento.

 

Objetivo: conectar todas as partes envolvidas no processo de pagamento (emissor do instrumento de pagamento, credenciadora, subcredenciadora, estabelecimento comercial e cliente) e tornar as ações mais viáveis, práticas e acessíveis para o público.

 

Arranjos de pagamentos fechado: nem todo arranjo de pagamento está sujeito à regulação do Banco Central, como é o caso dos cartões Private Label, que são emitidos por grandes varejistas e só podem ser utilizados nos estabelecimentos comerciais emitentes ou nos seus parceiros conveniados. Também não são sujeitos à supervisão do BC os arranjos para pagamento de serviços públicos (como provisão de água, energia elétrica e gás) ou carregamento de cartões pré-pagos de bilhete de transporte, cartões de vale-refeição e vale-alimentação.

 

Arranjos de pagamentos abertos: são aqueles sob a supervisão do Banco Central, e um exemplo é quando um cartão de crédito é emitido por um banco e ele pode ser amplamente utilizado em qualquer estabelecimento, desde que a sua bandeira não apresente restrições. E para uma instituição ser considerada integrante de um arranjo de pagamento, deve ter as suas atividades previamente definidas pelo regulamento do arranjo do qual farão parte

 

 

 

 

Brasileiro (SPB), nos termos desta Lei, considera-se:

 

  • – arranjo de pagamento – conjunto de regras e procedimentos que disciplina a prestação de determinado serviço de pagamento ao público aceito

por mais de um recebedor, mediante acesso direto pelos usuários finais, pagadores e recebedores;

 

  • – instituidor de arranjo de pagamento – pessoa jurídica responsável pelo arranjo de pagamento e, quando for o caso, pelo uso da marca associada

ao arranjo de pagamento;

 

  • – instituição de pagamento – pessoa jurídica que, aderindo a um ou mais arranjos de pagamento, tenha como atividade principal ou acessória, alternativa ou cumulativamente:

 

  1. disponibilizar serviço de aporte ou saque de recursos mantidos em conta de pagamento;
  2. executar ou facilitar a instrução de pagamento relacionada a determinado serviço de pagamento, inclusive transferência originada de ou destinada a conta de pagamento;
  3. gerir conta de pagamento;
  4. emitir instrumento de pagamento;
  5. credenciar a aceitação de instrumento de pagamento;
  6. executar remessa de fundos;
  7. converter moeda física ou escritural em moeda eletrônica, ou vice-versa, credenciar a aceitação ou gerir o uso de moeda eletrônica; e
  8. outras atividades relacionadas à prestação de serviço de pagamento, designadas pelo Banco Central do Brasil;

 

  • – conta de pagamento – conta de registro detida em nome de usuário final de serviços de pagamento utilizada para a execução de

transações de pagamento;

 

  • – instrumento de pagamento – dispositivo ou conjunto de procedimentos acordado entre o usuário final e seu prestador de serviço de pagamento

utilizado para iniciar uma transação de pagamento; e

 

  • – moeda eletrônica – recursos armazenados em dispositivo ou sistema eletrônico que permitem ao usuário final efetuar transação de pagamento.

 

 

Art. 9º Compete ao Banco Central do Brasil, conforme diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional:

 

  • – disciplinar os arranjos de pagamento;

 

  • disciplinar a constituição, o funcionamento e a fiscalização das instituições de pagamento, bem como a descontinuidade na prestação de seus serviços;

 

  • limitar o objeto social de instituições de pagamento;

 

  • – autorizar a instituição de arranjos de pagamento no País;

 

  • autorizar constituição, funcionamento, transferência de controle, fusão, cisão e incorporação de instituição de pagamento, inclusive quando envolver participação de pessoa física ou jurídica não residente;

 

  • estabelecer condições e autorizar a posse e o exercício de cargos em órgãos estatutários e contratuais em instituição de pagamento;

 

  • exercer vigilância sobre os arranjos de pagamento e aplicar as sanções cabíveis;

 

  • supervisionar as instituições de pagamento e aplicar as sanções cabíveis;

 

  • adotar medidas preventivas, com o objetivo de assegurar solidez, eficiência e regular funcionamento dos arranjos de pagamento e

das instituições de pagamento, podendo, inclusive:

 

  1. estabelecer limites operacionais mínimos;
  2. fixar regras de operação, de gerenciamento de riscos, de controles internos e de governança, inclusive quanto ao controle

societário e aos mecanismos para assegurar a autonomia deliberativa dos órgãos de direção e de controle; e

  1. limitar ou suspender a venda de produtos, a prestação de serviços de pagamento e a utilização de modalidades operacionais; X – adotar medidas para promover competição, inclusão financeira e transparência na prestação de serviços de pagamentos;
  • cancelar, de ofício ou a pedido, as autorizações de que tratam os incisos IV, V e VI do caput ;

 

  • coordenar e controlar os arranjos de pagamento e as atividades das instituições de pagamento;

 

  • disciplinar a cobrança de tarifas, comissões e qualquer outra forma de remuneração referentes a serviços de pagamento, inclusive

entre integrantes do mesmo arranjo de pagamento; e

 

  • dispor sobre as formas de aplicação dos recursos registrados em conta de

 

Art. 12. Os recursos mantidos em contas de pagamento:

 

  • constituem patrimônio separado, que não se confunde com o da instituição de pagamento;

 

  • não respondem direta ou indiretamente por nenhuma obrigação da instituição de pagamento nem podem ser objeto de arresto, sequestro, busca e apreensão ou qualquer outro ato de constrição judicial em função de débitos de responsabilidade da instituição de pagamento;

 

  • não compõem o ativo da instituição de pagamento, para efeito de falência ou liquidação judicial ou

extrajudicial; e

 

  • não podem ser dados em garantia de débitos assumidos pela instituição de

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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O nome “Pix” não é nenhuma sigla, mas um termo, escolhido pelo Banco Central, que remete a conceitos como tecnologia, transação e pixel. O Pix é um novo meio de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central, que se utiliza da tecnologia blockchain e vai representar uma opção ao lado de TED, DOC e cartões para que pessoas e empresas façam transferências de valores, realizem ou recebam pagamentos.

 

Com o Pix, as pessoas físicas e jurídicas poderão, segundo anunciam as empresas do setor financeiro na mídia, realizar essas transações em

menos de 10 segundos, usando apenas aplicativos de celular.

 

Apesar de criado pelo Banco Central, serão as instituições financeiras (bancos tradicionais, bancos digitais, fintechs, cooperativas de crédito e afins) que irão oferecer este serviço.

 

Gratuito para pessoas físicas, inclusive MEIs (microempreendedores individuais). Por sua vez, entre as instituições e atores mais

impactados estão: bancos, bandeiras de cartão, adquirentes, empresas, estabelecimentos comerciais, consumidores, fintechs, startups.

 

Para usar o serviço, o cliente deverá ter uma conta corrente, conta poupança ou uma carteira digital de uma instituição financeira com cadastro no Pix. A opção estará dentro do aplicativo bancário e no internet banking do cliente, assim como já estão outras funcionalidades, como DOC e TED.

 

Para aderir ao Pix, o cliente deverá criar a “chave Pix”. Para isso, a pessoa deverá usar os canais de atendimento do banco ou instituição

financeira onde tem conta.

 

 

Limite de valor nas transações

 

Não há limite mínimo para pagamentos ou transferências via Pix. Isso quer dizer que você pode fazer transações a partir de R$0,01. Em geral, também não há limite máximo de valores. Entretanto, as instituições que ofertam o Pix poderão estabelecer limites máximos de valor baseados em critérios de mitigação de riscos de fraude e de critérios de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo. Os usuários podem solicitar ajustes nos limites estabelecidos, devendo a instituição acatar imediatamente a solicitação caso o pedido seja para redução de valor.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Segmentação é um termo genérico para designar a divisão de algo em partes separadas ou segmentos. A segmentação é usualmente utilizada para:

 

  • Conhecer melhor cada grupo de consumidor;
  • Aumentar a eficácia das ações de atração, conversão e fidelização de clientes;
  • Identificar necessidades específicas de cada grupo;
  • Desenvolver abordagem de vendas mais acertada e que contorne as objeções comuns a cada grupo de consumidores;

 

Quais são os tipos de segmentação?

 

Marketing one-to-one

 

O marketing cara a cara é aquele voltado para as preferências e os interesses dos consumidores. O objetivo é criar uma

campanha personalizada, que atenda a um grupo específico de pessoas.

 

Marketing concentrado ou de nichos

 

A diferença é que o foco é uma fatia de um grupo. Em outras palavras, você tem uma persona e direciona suas estratégias para ela, de acordo com seus interesses e dores. Alguns fatores mostram por que vale a pena pensar no marketing concentrado:

 

  • o nicho aumenta suas chances de relevância, porque os concorrentes não têm interesse nele;
  • as estratégias são mais bem direcionadas para uma persona, em vez de diferentes Isso porque os grupos têm

características diversas;

  • a marca faz uma divulgação melhor da campanha, assim como um bom planejamento e uma boa distribuição, a partir

das informações sobre as personas;

  • as ações são mais baratas e oferecem melhor retorno do investimento, pois são direcionadas;
  • os clientes se sentem mais satisfeitos e têm mais potencial de fidelização;
  • as parcerias estratégicas são mais precisas e fáceis de serem

 

 

Marketing de massa

 

Essa estratégia era mais usada antigamente, quando as empresas queriam alcançar todo mundo — literalmente, qualquer pessoa. A ideia era “atirar para todos os lados”, sem fazer uma segmentação apropriada.

 

Marketing segmentado

 

Os clientes, aqui, são vistos a partir de grupos diversos. Os subconjuntos avaliam aspectos únicos, que vão além de questões geográficas e demográficas, por exemplo. O que consideram? Comportamentos, necessidades e motivações. Assim, em vez de enviar um e-mail marketing único para uma base de 5 mil pessoas, você divide esses indivíduos em grupos e cria diversas mensagens, com o objetivo de aumentar a conversão.

 

Segmentação demográfica

 

É o tipo de segmentação em marketing digital mais básico que existe. Leva em consideração dados como:

 

  • faixa etária;
  • sexo;
  • poder aquisitivo;
  • localização geográfica;
  • estado civil;
  • nacionalidade;
  • religião;
  • entre

 

Ao segmentar demograficamente um determinado público, você tem grandes grupos com características semelhantes, o que ainda não é o ideal para travar uma conversa personalizada. Afinal, você não consegue identificar, com detalhes, o comportamento dessas pessoas.

 

Segmentação socioeconômica

 

É um modelo em que você identifica dados complementares à segmentação demográfica e melhora sua capacidade de compreensão sobre o público que pretende atingir. São levantados dados como:

 

  • escolaridade;
  • profissão;
  • renda;
  • classe social;
  • posse de bens;
  • entre

 

Segmentação geográfica

Busca compreender as características da população de determinada localidade. Apesar de a localização de moradia do consumidor figurar na segmentação demográfica, também podemos fazer apenas a geográfica.

 

Segmentação psicográfica

Aprofunda o conhecimento sobre o consumidor e busca identificar características mais subjetivas, como personalidade, estilo de vida e classe social.

 

Segmentação comportamental

 

É uma das maiores aliadas no marketing digital. Isso porque, atualmente, temos diversas ferramentas que permitem monitorar e analisar o comportamento dos internautas. Esse tipo de segmentação serve para que você ofereça produtos, serviços e também uma comunicação personalizada, alinhada às atitudes tomadas pelo consumidor. Assim, se um e-commerce sabe que um consumidor busca um tênis para corrida, é possível utilizar essa informação para realizar promoções direcionadas, enviar e-mail marketing personalizado e até investir em ações pontuais para converter a venda.

Quais são as macros segmentações? Mobile

O propósito é trabalhar o site, o blog e as landing pages de forma responsiva. Nesse caso, a divisão é feita pelas pessoas que acessam as

páginas pelo celular. Assim, você oferece o conteúdo no formato mais adequado.

 

Quiz

A ideia é dividir as pessoas que gostam de conteúdos interativos e/ou lúdicos. Incentiva a competitividade, o humor e outras características desse público.

 

Áudio

O foco são as pessoas que gostam de texto, mas têm pouco tempo para ler. Para alcançar esse público, basta oferecer uma plataforma de áudio aliada ao conteúdo.

 

Quais pontos considerar ao fazer a segmentação?

 

  • homogeneidade dos grupos;
  • mensurabilidade dos dados estatísticos do segmento;
  • acessibilidade, para otimizar as melhores estratégias;
  • substancialidade, para ter uma dimensão que permita explorar ações e alcançar ganhos;
  • Gênero;
  • Receita mensal;
  • Grupo de idade;
  • Estilo de

O quê é o Remarketing?

 

refere-se à segmentação comportamental baseada no comportamento de navegação dos usuários que visitaram seu site anteriormente, ou seja, essa segmentação permite atingir a pessoa certa, na hora certa e com a mensagem certa, de forma eficiente e em larga escala. Para isso, basta que os usuários sejam marcados com um “cookie”, arquivo criado por um site quando o internauta o visita e, assim, controlar o histórico de visualização do consumidor. Com isso, o anunciante vai manter o registro, permitindo apresentar um banner para este consumidor quando ele acessar os sites que contenham uma mídia comprada por esta empresa.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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